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ARTES MARCIAIS PARA AUTISTAS
Conceitos e práticas aliadas ao esporte são temas abordados por convidados do workshop do Teamarr, da ALE-RR

Os professores Felipe Nilo e Raphael Martins, convidados a ministrarem palestras e oficinas no workshop “Autismo sob a ótica das artes marciais”, que ocorre nesta segunda-feira (27), na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), prepararam um material especial adaptado para o público com TEA – Transtorno do Espectro Autista, e familiares.

Raphael Martins é especialista em Educação Especial e Inclusiva e em Psicologia da Educação, educador físico, psicomotricista e coordenador do Grupo de Pesquisa em Psicomotricidade e Aprendizagem Motora (Gepam). Em sua palestra “O olhar das artes marciais da psicomotricidade no autismo”, ele detalha a psicomotricidade e a neurodiversidade de quem possui autismo.

“Eu vou dar os conceitos e os autores que são referência em relação à psicomotricidade e a sua importância para o desenvolvimento motor, entre outros. A partir disso, vamos entender sobre a relevância do corpo para o desenvolvimento e a intervenção terapêutica de cada indivíduo. Então, vou falar na teoria, mas também na prática, por meio de dinâmicas, atividades, brincadeiras e jogos com materiais reciclados e de fácil acesso, para fazer um trabalho de maneira concisa, além da diferença real na vida de cada profissional e aluno”, informou o psicopedagogo.

Já Felipe Nilo é idealizador do espaço que leva seu nome, um centro de artes marciais inclusivas para pessoas com autismo. Ele também oferta treinamentos, cursos, seminários e mentorias para todo o Brasil e até fora do país. Nilo enfatiza que as artes marciais, quando trabalhadas da maneira correta, funcionam como uma terapia para os autistas.

“Esse treinamento tem como principal objetivo quebrar paradigma e barreiras de quem tem receio em colocar a criança em um esporte de luta, por achar que pode se tornar uma pessoa agressiva ou agredir alguém”, disse, frisando que o foco é usar a filosofia do esporte com as técnicas das artes marciais e poder extinguir comportamentos disruptivos.

Segundo a presidente do Teamarr, deputada Angela Águida Portella (PP), os profissionais que irão ministrar as palestras e oficinas irão explorar a questão do autismo e a adaptação da condição para as artes marciais, além dos benefícios para quem as praticam.

“A intenção é demonstrar ao público em geral que as artes marciais trazem muitos benefícios quando praticado por autistas, inclusive alguns são atletas de alto rendimento e em condições de participar de eventos e competições nacionais e internacionais. Os professores vão falar de vários casos e disseminar para os participantes as melhorias dessas atividades”, disse.

 

As inscrições para o workshop seguem até esta segunda-feira e podem ser feitas pelo link https://www.spealerr.com/seminarioteamarr. O evento ocorre nesta mesma data e em dois horários: às 8h, no Plenário Deputada Noêmia Bastos Amazonas, e a partir das 13h45, no Plenarinho Valério Caldas de Magalhães. Além de gratuito, ofertará certificado ao final. Podem participar profissionais de educação física, artes marciais e demais interessados na temática.

Confira a programação do workshop:

Manhã
8h: Abertura oficial do evento

8h15: Aonde você quer chegar? (Do alto rendimento ao autismo) – Felipe Nilo;

8h45: Compreendendo o autismo – Felipe Nilo;

9h45: Psicomotricidade e a neurodiversidade – Raphael Martins;

10h45: A importância das artes marciais para o tratamento do autismo – Felipe Nilo;

11h45: Almoço.

Tarde
13h45: Estruturas psicomotoras e desenvolvimento motor – Raphael Martins;

14h45: A dimensão do professor que deseja trabalhar com o autismo – Felipe Nilo;

15h20: Práticas psicomotoras – Raphael Martins;

16h20: Efeitos colaterais das punições nas artes marciais – Felipe Nilo;

16h40: Adaptar não precisa ser difícil – Felipe Nilo;

17h: Encerramento.

Noite

19h30: Dinâmica dos sentidos: um olhar para a neurodiversidade – Raphael Martins;

20h15: Do alto rendimento ao autismo (A importância das artes marciais para o TEA),

Agressividade, artes marciais e o autismo; Lidando com crises e birras no tatame,
e Conversando com seus alunos sobre o autismo;

21h: Encerramento.

Texto: Suzanne Oliveira

Fotos: Alfredo Maia/ Marley Lima/ arquivo pessoal

SupCom ALE-RR

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