Dia de Observação das Aves é celebrado nesta quinta-feira – Eduardo Andrade/SupCom ALE-RR
Há três anos, 25 de abril é destinado a comemorar o Dia Estadual de Observação das Aves em Roraima. A proposta foi instituída pela Lei nº 1.588/2021, de autoria da ex-deputada Lenir Rodrigues, com o objetivo de incentivar o turismo ecológico no Estado e atrair visitantes à procura de aventura.
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Localizado no extremo Norte do Brasil, Roraima tem se destacado no ramo por ter regiões que habitam espécies únicas. Um relatório do Governo de Roraima, para implementação do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE), identificou mais de 730 espécies de aves no Estado.
O advogado Ronilson Cavalcante é expert no assunto. O interesse pela vida selvagem surgiu na infância, mas, em 2017, nasceu a vontade de fotografar as aves. Dois anos depois, em 2019, ele e um amigo fundaram o Clube de Observação de Aves de Roraima (COA-RR), com o intuito de reunir pessoas que tenham em comum a paixão por registrar os animais. O catálogo de Ronilson conta com mais de 800 registros.
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“A importância disso é conhecer novos tipos para proteger. Acaba sendo uma ciência cidadã, porque observar aves ajuda a identificar aquela espécie e a preservá-la. Você olha o nosso lavrado e só vê caimbezeiros, mas o Caimbé é a árvore da vida, já que várias aves se alimentam dele”, explicou Cavalcante, que preside o clube.
Ele destaca que a atividade é uma forma de desenvolvimento sustentável, visto que os turistas levam do Estado apenas fotos e aquecem o mercado local, como o ramo hoteleiro e de transporte.
“É um turismo sustentável. Os visitantes vêm, alugam carros, reservam quartos em pousadas, contratam guias, que cobram a diária, e ficam em Roraima cerca de uma semana”, acrescentou, ao enfatizar que qualquer pessoa pode contemplar as aves e se interessar pela atividade.
Observador por convite
O servidor público Dieny Portinanni também integra o clube de observação. Ele conta que o convite partiu de Ronilson, que percebeu nele o dom para a prática.
“Demorei um pouco para adquirir a câmera fotográfica, mas eu já fazia fotos com o celular. Depois que eu comprei a câmera, comecei a acompanhar o Ronilson nas expedições e foi amor à primeira vista. Hoje eu ando na mata e consigo identificar uma ave só pelo som dela, e sei que não é só mais um pássaro. É prazeroso. A gente consegue olhar a natureza com um ar diferente”, expressou.
O servidor salientou que não é guia, porém ajuda pessoas interessadas na observação, dentro das possibilidades de dias e horários.
“A pessoa nos procura pelo Wikiaves ou pelo nosso Instagram e a gente acaba ajudando, acompanhando aquela pessoa no final de semana, nas regiões que conhecemos. Não sou guia, sou apenas um amador dentro do conhecimento científico, e sigo me aperfeiçoando diariamente, dando um suporte para essas pessoas e fazendo com que se sintam abraçadas”, declarou.
Texto: Suzanne Oliveira
Fotos: Eduardo Andrade
SupCom ALE-RR