Pais e alunos se reuniram na tarde desta sexta-feira, 23, na sede do Programa Abrindo Caminhos, da Assembleia Legislativa de Roraima, para participar da palestra ‘o impacto das Mídias Sociais na vida da criança e do adolescente’, ministrada pelo professor de informática Marilson Gomes e pela psicóloga Lauany Leal. Mais de 70 pessoas, entre pais e alunos, compareceram ao evento, que foi realizado na sede da instituição, localizada na avenida São Sebastião, nº 883, no bairro Cambará.
A ideia da palestra, conforme a coordenadora do Abrindo Caminhos, Viviane Lima, é a de tornar os pais mais participativos da vida dos filhos, mostrando o perigo do uso excessivo e descontrolado das mídias sociais tanto para a saúde quanto para a segurança pessoal de crianças e adolescentes. “Nessa primeira semana do retorno às aulas fizemos um cronograma de palestras, e essa última traz esse assunto bem relevante. A nossa intenção, e isso já estamos fazendo desde o ano passado, é deixar os pais mais próximos do programa, sendo mais participativos. Os pais têm que saber onde estão deixando os filhos, e o que nós estamos oferecendo as essas crianças. A palestra é uma forma de criar a interação entre o pai, servidores e alunos, para que o trabalho seja ainda mais produtivo”, explicou Viviane.
A psicóloga Launy Leal, disse que este tema foi escolhido porque os impactos das mídias sociais são inúmeros na vida das pessoas. “Principalmente para o nosso público, que é de 5 a 17 anos, até porque na atualidade têm acontecido muitas coisas que poderiam ser evitadas se a criança fosse melhor orientada. Hoje em dia, muitas pais usam a Internet como forma até de ‘calar a boca’ da criança, e muito cedo assistem desenhos no celular, onde não tem um tamanho adequado para a vista, não é usada a coordenação motora fina e isso tudo, com o passar do tempo, na fase da adolescência, que entra na escola, como é necessária a psicomotricidade, que faz parte da construção do intelecto de cada um. Nessa palestra orientamos os pais a liberarem, mas de forma moderada”, afirmou.
Ela chamou a atenção para o perigo de quem está por trás da máquina. “Pode ser uma pessoa que está utilizando de uma personalidade que não é a dela, um ator, que vai seduzir essa criança, que obviamente, está correndo risco de vida. Então, é preciso sensibilizá-la para ter cuidado, até porque a criança não tem a parte superior do cérebro totalmente formada, portanto sem a capacidade de enxergar a maldade no ser humano”, alertou.
O professor de informática Marilson Gomes chamou a atenção para as estratégias que tiram o foco da criança da Internet. “Hoje em dia os pais não têm mais a preocupação de brincar com as crianças. Pelo contrário, muitos pais querem se livrar da criança e dão um tablete ou celular para deixá-los quietos. Orientamos a ensinar o convívio social, o contato com outras crianças, mostrando outras brincadeiras, levando-os para uma praça para incentivar algumas habilidades como as brincadeiras de pula-corda, bambolê, bandeirinha. Isso vai fazer com que a criança passe a gostar de outras atividades e na companhia dos pais, o que é muito importante”, recomendou.
A dona de casa Gardene Santos da Silva, 25 anos, é mãe de três filhos. A mais velha tem cinco anos e adora acessar um celular. “Criança que não é acompanhada pelos pais vê programas que não são educativos, por isso é importante essa palestra para orientar. Controlo o que a minha filha vai assistir. Apesar de saber mexer no celular, coloquei uma senha para eu ter maior controle”, contou.
O professor Paulo Lucena, 37 anos, avaliou a palestra como de extrema importância para alertar os pais. “Trazer uma palestra com esse tema ajuda os pais a perceberem que é preciso ter certo controle sobre o que a criança está acessando nas redes sociais. Não se pode deixar a criança livre, por conta das ameaças que o mundo virtual oportuniza. Alguns pais não conhecem as redes sociais. Quando ele passa a compreender esse perigo, com certeza poderá limitar alguns problemas. Essa palestra tem cunho social, mas também a de evitar que alguns crimes possam vir a ocorrer”, ressaltou.
Por Marilena Freitas
SupCom/ALE-RR