Com a proposta de conscientizar a sociedade sobre a importância do cumprimento das leis que protegem as pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou autismo, o deputado Jorge Everton (MDB) usou a tribuna nesta terça-feira, 03 de abril na Assembleia Legislativa de Roraima, para fazer referência ao Dia Internacional de Conscientização sobre o Autismo, lembrado em 02 de abril. O parlamentar disse que é preciso entender que não se trata de uma doença, mas uma condição que reúne comportamentos diferentes.
Segundo Jorge Everton, é necessária informação sobre as causas e algumas limitações de desenvolvimento, principalmente no que diz respeito ao comportamento e interação social. “A pessoa com espectro autista pode conseguir ter uma vida normal e compartilhada, mas para isso é necessário um diagnóstico precoce e terapias comportamentais”, comentou.
Para um bom desenvolvimento na área de educação, as pessoas com autismo, conforme o deputado precisam de adaptações e acompanhamento especializado por parte do corpo docente e demais funcionários das escolas, sejam públicas ou privadas. “É Necessário adaptações no material escolar, assim como é fundamental a presença de profissionais qualificados e preparados, mas sem esquecer-se da estrutura física adequada para um bom desenvolvimento e atendimento dessas pessoas”, ressaltou Jorge Everton.
O parlamentar afirmou que já existem algumas leis que deveriam auxiliar, mas ainda necessitam de ajustes para que sejam executadas de maneira correta. “Como exemplo, eu cito o direito do atendimento prioritário, que às vezes só é possível se o familiar estiver de posse de um laudo detalhado”, disse Jorge Everton, ao ressaltar que protocolou na Assembleia, no dia 06 de março, projeto de lei que possibilitará a identificação das pessoas com autismo por meio de uma carteira. “Será a carteira de identificação do autista para que os familiares tenham em mãos a prova de que esta pessoa precisa de atendimento preferencial”, reforçou.
O deputado Valdenir Ferreira (PV) contribuiu com a fala de Jorge Everton, dizendo que no mundo são mais de 70 milhões de pessoas com autismo e no Brasil já são mais de 1 milhão. “Essas pessoas precisam de mais atenção. É necessário respeitar as leis que já existem e que todos sejam inseridos de fato na sociedade e até no mercado de trabalho”, colaborou.
Everton finalizou dizendo que espera mais apoio por parte dos governantes, no sentido de que as pessoas que possuem autismo possam ter mais acesso a saúde, educação e segurança. “É fundamental que as pessoas que atuam nestas áreas recebam capacitação continuada, para que saibam auxiliar da melhor maneira possível e que as leis sejam cumpridas e garantam a real inclusão”, concluiu.
Autismo – Deficiências sociais e de comunicação, interesses restritos, fixos e intensos, fobias, além de comportamentos repetitivos e agressivos são sintomas de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Os sinais começam nos primeiros meses de vida, quando crianças não mantêm contato visual efetivo e não olham quando são chamadas, criam um mundo só seu.
Por Tarsira Rodrigues
SupCom/ALE-RR