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Palestras ajudam a identificar crimes contra crianças e adolescentes

Foto: SupCom ALERR

A 21ª escola da rede estadual de ensino a receber o projeto Educar é Prevenir, da Assembleia Legislativa de Roraima, foi a Olavo Brasil Filho, no bairro Jóquei Clube. Durante toda a semana, a equipe pedagógica e de apoio, professores e alunos receberam uma capacitação sobre temas como tráfico humano, exploração e abuso sexual.

Nesta sexta-feira (15), os alunos conheceram de perto um pouco sobre o trabalho da Rede de Enfrentamento a Violência e Proteção à Criança e ao Adolescente, formado por órgãos públicos, de Segurança Pública e movimentos sociais. Na ocasião, cerca de 370 estudantes participaram de uma Roda de Conversa com representantes da Rede de Enfrentamento, entre eles o Conselho Tutelar, Creas (Centro de Referência Especializado em Assistência Social), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Grupo Reflexivo Reconstruir.

O projeto Educar é Prevenir é realizado há quase um ano pelo Núcleo de Promoção, Prevenção e Atendimento às Vítimas de Tráfico de Pessoas, da Procuradoria Especial da Mulher. A coordenadora do projeto, Elizabete Brito, diz que a intenção é informar a comunidade escolar sobre os perigos do tráfico humano e as diversas finalidades deste crime, presente no Estado, principalmente pela localização geográfica estratégica entre dois países, Guiana e Venezuela, além da divisa com o Amazonas.

Quando a equipe do Núcleo chega à escola, informações pertinentes sobre tráfico humano, formas destes crimes e os perfis dos criminosos são apresentadas as pessoas, bem como as formas de prevenir e proteger as crianças e adolescentes nas instituições de ensino.

“Se tratando de adolescente, temos que prestar atenção no comportamento dele, se ele está muito retraído, se ele está muito quieto no canto da sala sem falar com ninguém, ou se ele está chamando muito atenção. São comportamentos exagerados, diferenciados do que ele tinha antes”, exemplificou Elizabete quanto às condutas a serem levadas observadas.

PREVENÇÃO – Para prevenção, Elizabete que pais, gestores e professores conversem com os jovens, transmitam segurança e confiança, e se atendem qualquer mudança de comportamento.

Nestas capacitações, os estudantes conhecem ainda meios de prevenção a qualquer tipo de violação de direitos. Eles aprendem, por exemplo, como não caírem em promessas de emprego ou dinheiro, são orientados a não viajarem com pessoas estranhas, não aceitarem bebidas e nem carona de desconhecidos. Às vésperas de completar um ano de implantação, o projeto no Núcleo de Promoção, Prevenção e a Atendimento às Vítimas de Tráfico de Pessoas tem apresentado resultados positivos.

Mais duas escolas serão atendidas. A próxima será a Escola Militar Irmã Teresa Parodi, no bairro Cidade Satélite. A partir da segunda semana de julho, as escolas interessadas em ter a capacitação poderão solicitar diretamente ao Núcleo, localizado na avenida Capitão Júlio Bezerra, ao lado do Hospital Coronel Mota.

Yasmin Guedes

SupCom ALERR

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