O projeto é realizado há quase um ano pela Assembleia Legislativa para informar a comunidade escolar sobre os perigos do tráfico humano
Foto: SupCom ALERR
Graças a uma palestra do projeto Educar é Prevenir, da Assembleia Legislativa, uma denúncia de tráfico de pessoas para exploração sexual chegou ao conhecimento do Conselheiro Tutelar. Às vésperas de completar um ano de implantação, a ação do Núcleo de Promoção, Prevenção e Atendimento às Vítimas de Tráfico de Pessoas tem apresentado resultados positivos.
Segundo o conselheiro tutelar Franco Rocha, uma jovem de 17 anos estava desaparecida depois de receber um convite para trabalhar em um garimpo. Após uma palestra realizada pela equipe da Assembleia Legislativa em uma escola no bairro Nova Cidade, uma vizinha da jovem sensibilizou a mãe e a avó da garota para fazerem uma denúncia ao conselho.
O conselho acompanhou a família para que o caso fosse informado à Polícia e ao Disque 100, onde podem ser denunciadas agressões aos direitos humanos. A partir desta investigação, a adolescente foi localizada a salvo.
“Este projeto tem uma importância maravilhosa e um resultado significativo. Eu me sinto extremamente feliz em poder participar na condição de conselheiro tutelar, pois esse trabalho tem conseguido alertar a sociedade para que haja ações completas de prevenção e de combate”, pontuou o conselheiro.
O projeto Educar é Prevenir é realizado há quase um ano pela Procuradoria Especial da Mulher. A coordenadora do projeto, Elizabete Brito, diz que a intenção é informar a comunidade escolar sobre os perigos do tráfico humano e as diversas finalidades deste crime no Estado, principalmente pela localização geográfica estratégica entre dois países, Guiana e Venezuela, além da divisa com o Amazonas.
“Quando a equipe do Núcleo chega à escola, informações pertinentes sobre tráfico humano, formas destes crimes e os perfis dos criminosos são apresentadas as pessoas, bem como as formas de prevenir e proteger as crianças e adolescentes nas instituições de ensino”, detalhou.
A ação já visitou 21 escolas públicas. A mais recente foi, na última sexta-feira (15), a Escola Estadual Olavo Brasil Filho, no bairro Jóquei Clube. A aluna do segundo ano do Ensino Médio, Emilly Campos, de 15 anos, falou que mesmo com as diversas formas de informação existentes para prevenção, é dever de cada um ter a consciência de seguir as orientações e não se deixar levar por pessoas mal intencionadas. “É preciso digerir essa informação dentro de si e começar a ter uma consciência para tomar as melhores decisões”, destacou.
Nestas capacitações, os estudantes conhecem ainda meios de prevenção a qualquer tipo de violação de direitos. Eles aprendem, por exemplo, como não caírem em promessas de emprego ou dinheiro, são orientados a não viajarem com pessoas estranhas, não aceitarem bebidas e nem carona de desconhecidos.
CRONOGRAMA – Mais duas escolas serão atendidas nas próximas semanas. A próxima será a Escola Militar Irmã Teresa Parodi, no bairro Cidade Satélite, a partir da próxima segunda-feira (25). Na segunda semana de julho, as escolas interessadas em ter a capacitação poderão solicitar diretamente ao Núcleo, localizado na avenida Capitão Júlio Bezerra, ao lado do Hospital Coronel Mota.
Yasmin Guedes
SupCom ALERR