Deputados se comprometeram a ajudar em políticas contra pragas e doenças que afetam o setor primário
Órgãos ligados à vigilância e defesa sanitária animal e vegetal foram ouvidos pela Comissão de Agricultura, Pecuária e Política Rural da Assembleia Legislativa de Roraima nesta terça-feira (18), para tratar sobre a mosca da carambola e os planos para elevar Roraima ao status de livre da febre aftosa sem vacinação. Na ocasião, as instituições envolvidas pediram apoio do Poder Legislativo.
De acordo com a presidente da comissão, Aurelina Medeiros (Pode), diversos problemas apresentados pelas entidades serão desmembrados em outras reuniões. “As nossas fontes de riquezas têm que ser cuidadas, os recursos têm que existir, a gente tem que triplicar nossos esforços para que a gente não tenha problemas na geração de recursos que é o setor primário”, explicou.
Além disso, a parlamentar definiu passos a serem executados para que ações de prevenção destas instituições não sofram com contingenciamento de recursos e para ampliar a discussão. “A discussão de hoje foi restrita à comissão para que a gente pudesse conhecer, ouvir, saber o que está acontecendo, e a partir daí, incluir a comunidade”.
Neste primeiro encontro, participaram os deputados Aurelina Medeiros, Marcelo Cabral, Betânia Almeida (PV), Gabriel Picanço (PRB) e Odilon Filho (Patri), com representantes da Faer (Federação da Agricultura do Estado de Roraima), Seapa (Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Coopercarne (Cooperativa de Carnes do Estado), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Aderr (Agência de Defesa Agropecuária de Roraima).
Febre aftosa e mosca da carambola
O responsável pelo Programa de Febre Aftosa da Aderr, Marcos Eugênio, apresentou o Plano Estratégico (2017- 2026) para livrar Roraima da doença, sem a necessidade de vacinação. Até o momento, o único Estado com este status no Brasil é Santa Catarina, no Sul do Brasil. Atualmente Roraima está no estágio livre com vacinação.
“São 102 ações que o País inteiro vai ter que tomar para que possível essa retirada da vacina. No estado de Roraima são 42 ações, dessas, parte está em andamento, algumas concluídas e estamos buscando apoio da Assembleia Legislativa e o reconhecimento para que esse plano seja executado a contento”, explicou Eugênio.
Entre os pronunciamentos, o presidente da Faerr, Silvio Silvestre, ressaltou que a preocupação é a fragilidade da fronteira do Brasil com a Venezuela, uma vez que o país vizinho e a Colômbia não possuem status livre da aftosa, o que pode comprometer as ações em Roraima.
Por causa da mosca da carambola, Roraima está impedido de comercializar frutas hospedeiras para outros estados, entre elas manga, tomate, pimenta-de-cheiro e goiaba. Neste caso, a comercialização fica restrita ao Estado. O presidente interino da Aderr, Gelb Platão, explicou que a praga tem comprometido a exportação de frutas. “Nós vamos fazer uma proposta para o Ministério da Agricultura para que a gente possa reabrir o Estado”.
Texto: Yasmin Guedes
Foto: Eduardo Andrade
SupCom ALE-RR