Na tarde deste sábado (17), pais de alunos protestaram contra o fechamento da Escola 13 de Setembro, localizada no bairro de mesmo nome, na zona sul de Boa Vista. Os deputados Evangelista Siqueira (PT) e Nilton Sindpol (Patri) participaram da manifestação e disseram que cobrarão a conclusão da reforma e reativação da unidade de ensino.
A Escola Estadual 13 de Setembro existe há mais de 40 anos e desde 2013 passa por reforma. Em 2017, a Secretaria Estadual de Educação e Desporto (Seed) informou que transferiria os estudantes e servidores para escolas próximas até finalizarem as obras. Em abril deste ano, um decreto governamental oficializou o fechamento da unidade de ensino. Logo após a publicação, o governo comunicou que a providência seria por tempo determinado, mas não estipulou prazos.
Presidente da Comissão de Educação, Cultura e Desporto da Assembleia Legislativa, o deputado Evangelista Siqueira lembrou que a Assembleia Legislativa tem acompanhado de perto a situação da escola. “Fizemos, em maio, uma audiência pública na Assembleia Legislativa, e no evento, a secretária de Educação, Leila Perussolo, garantiu que as aulas seriam retomadas após as obras. Três meses se passaram, nada mudou e o Governo sequer se pronunciou”.
O deputado Nilton Sindpol destacou que vai cobrar da Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinf) prazos para o fim da reforma e reinício do calendário escolar. “Vamos discutir o assunto novamente com os demais deputados e solicitar uma reunião com o secretário de Infraestrutura. Daqui a pouco teremos que pedir a reforma da reforma”.
A universitária Daniele Nascimento lamenta o abandono da escola. O filho dela estudou na unidade, mas teve que mudar de colégio. Ela conta que, assim como outros pais da região, tem medo da violência no bairro, que cresceu muito nos últimos anos. “Crianças aqui do bairro estão sendo assaltadas indo pra escola. Colocam faca, tomam celulares, bicicleta, tudo”.
O vice-presidente da Associação do Bairro 13 de Setembro, Wenderson Almeida, disse que a entidade já procurou o Governo do Estado e o Ministério Público de Roraima para pedir providências, mas não obteve resposta positiva. Por conta disso, optou pela realização da manifestação. “Existem rumores que o prédio seria cedido para a construção de um novo abrigo para imigrantes e a comunidade não quer isso. O bairro carece dessa escola”, ressaltou.
Texto: Otacílio Monteiro
Foto: Alex Paiva
SupCom ALE-RR