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Alunos narram drama de vítimas de tráfico humano

A peça “Um sonho a qualquer custo”, encenada nesta sexta-feira (11), é resultado da passagem do projeto Educar é Prevenir pelo Colégio Militarizado Luiz Ribeiro de Lima, no bairro Equatorial, zona Oeste de Boa Vista. O trabalho é realizado pela Assembleia Legislativa, por meio do Núcleo de Promoção, Prevenção e Atendimento às Vítimas de Tráfico de Pessoas.

Na trama, baseada em histórias reais, um grupo de meninas sonhava em ser modelo.  Elas foram abordadas por dois rapazes com a proposta de trabalho nesta área.  Elas contaram aos pais sobre o convite, que desconfiaram e não aceitaram a ideia. Com a negativa, elas foram à agência sem o consentimento dos responsáveis.

Ao mentir mais uma vez com a história de que iriam a um acampamento, elas embarcaram rumo ao desejado sonho de ser modelo, mas, na verdade, estavam a caminho de uma casa se prostituição em outro país, onde seriam escravizadas. Depois de sofrerem vários tipos de agressões, uma conseguiu fugir e avisar as autoridades. No final, todos os envolvidos foram presos e as meninas voltaram para casa.

Prevenção

É para evitar que histórias como estas se repitam que nesta semana, a equipe do projeto Educar é Prevenir realizou a capacitação da comunidade escolar e pedagógica sobre os perigos e tipificações do crime de tráfico humano no Estado. A professora de artes, Iriney Vasconcelos, aplicou o conhecimento do treinamento junto aos alunos do 6º ao 9º ano do ensino Fundamental II da instituição. “A gente tem que fazer essa campanha, tem que resgatar essas pessoas”. Ela disse que ficou impressionada com a existência de tráfico de órgãos. A pretensão da professora é abordar o tema, de forma permanente, ao longo do ano letivo.

Esta foi a 32º escola visitada pela equipe em Roraima. A passagem do projeto dura uma semana e no final é realizada um bate-papo amplo com a comunidade escolar, com a presença de convidados integrantes da Rede de Proteção. “É interessante que todos estejam empoderados, porque muitas vezes os casos acontecem no portão da escola, então é importante que todos tenham conhecimento”, diz o palestrante Felipe Santos.

A presença do projeto desperta para as denúncias dos diversos casos de abuso, violência e exploração contra crianças e adolescentes nas instituições de ensino ou ao redor delas. “A gente recebe casos com o projeto dentro das escolas, muitos professores chegam e falam e a gente adverte para fazer a denúncia”, complementou Felipe Santos.

Com a peça teatral, o aluno Marcos Henrique aprendeu a lição. “Mostramos o que pode acontecer com quem não obedece aos pais e que é um crime muito perigoso”.

O Colégio Militarizado Luiz Ribeiro de Lima atende a comunidade com oferta de ensino a crianças e adolescentes no Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) e Ensino Médio (1º ao 3º ano), nos períodos matutino e vespertino.

Texto: Yasmin Guedes

Foto: Eduardo Andrade 

SupCom ALE-RR

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