Um grupo de garimpeiros procurou a Assembleia Legislativa de Roraima, nesta terça-feira (29), para pedir intervenção em prol de trabalhadores em áreas de garimpo. Atendendo determinação do presidente da Casa, na manhã desta quarta-feira (30), os representantes se reuniram com deputados que compõem a Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Legislação Participativa.
Jalser Renier pediu para que a presidente da comissão permanente, deputada Catarina Guerra (SD), acompanhe a situação de perto. “Precisamos que a comissão veja de que maneira pode utilizar o seu trabalho para vermos como podemos contribuir”, solicitou. Em resposta, a deputada informou que a comissão vai intervir.
Em atendimento ao pedido do presidente, a comissão se reuniu nesta quarta-feira. Durante o encontro, representantes dos garimpeiros apresentaram demandas que têm incomodado a categoria. A principal delas é o desejo de terem a profissão legalizada e serem reconhecidos como trabalhadores, “e não como bandidos”.
Segundo eles, o grupo tem sofrido humilhações por parte do Exército Brasileiro. As alegações são de que equipamentos, alimentos e embarcações têm sido destruídos, impossibilitando-os de voltarem para casa, trabalharem e se alimentarem dignamente, situação que segundo o grupo, configuram violações aos direitos humanos.
Essas e outras situações foram assunto de uma audiência pública realizada no dia 22 de outubro, na Assembleia Legislativa de Roraima. No evento, os garimpeiros falaram da dificuldade em trabalhar nas terras do Estado e pediram a legalização da atividade minerária. Durante o evento, Jalser Renier anunciou que está sendo articulada uma Comissão Especial para tratar do assunto e buscar em Brasília a permissão para o exercício do garimpo no Estado.
Texto: Yasmin Guedes/Bárbara Araújo
Foto: H. Emiliano
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