A equipe do CHAME (Centro de Humanitário de Apoio à Mulher), da Assembleia Legislativa, participou de uma roda de conversa com homens imigrantes, no abrigo localizado no bairro Jardim Floresta. O bate-papo foi realizado nesta quarta-feira (11), a pedido da equipe que coordena a Operação Acolhida em Roraima. A iniciativa faz parte da programação dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher.
No encontro, os participantes ficaram atentos às informações sobre o trabalho desenvolvido pelo CHAME, os tipos de violências definidos pela Lei Maria da Penha, e onde podem pedir ajuda quando ocorrer casos de violência doméstica. Alguns relataram que para eles, este tipo de legislação é uma novidade.
Entre os homens, estava o venezuelano Andrés Castilho, que mora no abrigo com a família há cerca de um ano. Mesmo já conhecendo um pouco da legislação que ampara a mulher contra a violência, Andrés aproveitou a oportunidade para tirar dúvidas sobre o funcionamento da lei e as penalidades. “É importante que todos os imigrantes saibam as leis do Brasil. E principalmente em relação à mulher, é necessário que tenha respeito de ambas as partes. Lá não temos uma lei específica”, comentou.
Para José Rodrigues, que está no Brasil há apenas 2 meses, a Lei Maria da Penha é uma novidade. “Não sabia que tinha uma lei específica só para as mulheres e muitos menos que existem tipos de violência. Entendo que as mulheres são mais fracas fisicamente que os homens e acho que se o casal briga e ocorre a violência o melhor é separar”, opinou.
Todas as dúvidas foram sanadas pela equipe do CHAME. Conforme a psicóloga Sângida Teixeira, é importante que os homens saibam dos seus direitos e dos limites que existem em uma relação para que ela seja saudável. “Para os estrangeiros esse trabalho de conscientização e acolhimento é de suma importância, pois eles já vêm de uma situação vulnerável e degradante. Por isso é bom saberem que existe um centro especializado e aberto para atender situações de violência doméstica”, explicou.
O CHAME é um programa permanente da Assembleia Legislativa que possui uma equipe multidisciplinar composto por psicóloga, assistente social e advogada para prestar atendimento especializado às vítimas de violência doméstica.
Texto: Sueda Marinho
Foto: H. Emiliano
SupCom ALE-RR