A solidão é a principal causa para a procura de apoio emocional no Centro de Valorização da Vida (CVV), e com o isolamento social causado pela pandemia, essa busca se intensificou. Do mês de abril até o dia 12 de maio, o serviço recebeu mais de 60 ligações. Em Roraima o centro tem apoio da Assembleia Legislativa, por meio da Procuradoria Especial da Mulher.
A perda do contato com familiares, amigos, mudança na rotina, tem feito com que as pessoas sintam sentimentos como angustia, solidão, medo, nervosismo e ansiedade nesse período de isolamento domiciliar. O CVV atua prestando suporte emocional, na maioria das vezes por telefone.
“Olhar para o próximo sem julgamentos, saber ouvir mais do que falar, se importar com os sentimentos e problemas são algumas das ações colocadas em prática pelos voluntários do CVV”, esclareceu a coordenadora do CVV em Roraima, Elizabete Brito.
São diversos fatores que fazem as pessoas ligarem, como por exemplo, muitos idosos ligam por se sentirem sozinhos diante do isolamento domiciliar, os adolescentes ligam para contar algo que aconteceu durante o dia, que não foi possível falar para aos pais. “Geralmente as pessoas começam falando da pandemia, mas depois começam a se soltar e conversar sobre outros assuntos, são diversos problemas e histórias, nós fazemos uma escuta simpática a essa pessoa” explicou a voluntária.
O atendimento do Centro de Valorização da Vida funciona pelo telefone 188, 24 horas e sem custo de ligação. Em Boa Vista 2 voluntários estão disponíveis para realizar o trabalho, no entanto, há voluntários do país inteiro, aptos a receberem ligações de todos os estados. O atendimento é realizado dentro de uma sala, com todo sigilo possível.
Como vai você?
O CVV – também conhecido por Como Vai Você – é uma organização não governamental que atua em todo o país, recebendo ligações pelo número 188. O serviço também atende por email e chat 24 horas com apoio emocional e prevenção ao suicídio. Qualquer pessoa que esteja passando por alguma situação e queira compartilhar, pode entrar em contato com o CVV.
“Nosso centro está disponível pra você ligar, desabafar, conversar, tudo em total sigilo, não se sinta sozinho, ligue pro CVV” disse. “As pessoas ligam pra conversar, desabafar e nós estamos ali pra escutar, sem interferir, respeitando o espaço do outro” concluiu a voluntária.
Texto: Ana Lucia Montel
Foto: Eduardo Andrade
SupCom ALE-RR