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Conheça a história da mulher que teve a vida salva por uma transfusão de sangue

Treze bolsas de sangue foram necessárias para manter a assistente social Rose Miranda viva. Ela sofria com miomas no útero, perdeu muito sangue, desenvolveu anemia profunda e mesmo com medicações, a saúde não melhorava. Foi necessária uma cirurgia, porém, antes havia a necessidade de conter a anemia.

A notícia veio no momento da internação. “O médico disse que eu precisaria de bolsas de sangue! Fiquei assustada, tive medo de reação, do meu corpo rejeitar, mas o médico me tranquilizou. No momento era o que tinha para me manter viva e me preparar para aquela cirurgia”.

A mobilização começou. Na igreja onde congrega e fora dela, vários amigos e conhecidos se dispuseram a ajudar. Depois de passar pela transfusão de sangue, em 10 dias internada, Rose estava apta para a cirurgia. “Sem aquele gesto de amor daquelas pessoas com certeza, eu não estaria compartilhando esse relato com vocês”, enalteceu.

Rose Miranda pede mais ações voluntárias como essa, pois é um recurso que pode salvar vidas. “Quando eu vi aquelas pessoas doarem para mim, me senti amada, aquilo foi um ato de amor”.

Hoje, 14 de junho, é celebrado o Dia Mundial do Doador de Sangue. Em Roraima, para incentivar esse ato de amor ao próximo, foi criado o Dia Estadual do Doador de Sangue, pela Lei nº 1.014/2015 de autoria do deputado Jalser Renier (SD) e do ex-deputado Naldo da Loteria.

Entre os 65 mil doadores cadastrados em Roraima está Thiago Fagundes. A primeira experiência dele ocorreu aos 16 anos de idade, após uma amiga da família precisar de bolsas de sangue para uma cirurgia. Ele pediu à mãe para que o acompanhasse até o Hemoraima (Centro de Hemoterapia e Hematologia de Roraima), pois nessa idade a doação ocorre somente com a presença dos pais ou responsáveis.

“Quando chegamos lá fizemos a ficha e depois fomos informados que haviam conseguido a quantidade de bolsas necessárias. Depois disso voltei ao Hemocentro para fazer a primeira doação”, e a partir de então, 20 anos se passaram de doações contínuas e com o sentimento de dever cumprido a cada doação feita.

“Não me custa nada, é muito bom, me sinto muito feliz em fazer uma doação para alguém que necessite e receba este sangue, mesmo sem eu saber quem foi, para o que foi, mas sei que vai ajudar mais de três pessoas”.

A Sesau (Secretaria Estadual de Saúde) informou que para manter um estoque equilibrado é necessária a média de 70 bolsas por dia, mas a captação tem sido entre 30 a 40.

Legislação

Além da Lei nº 1.014/15, outras leis estaduais buscam incentivar a doação de sangue. O “Junho Vermelho”, resultado de uma lei de autoria da deputada Yonny Pedroso (SD), incentiva entidades públicas e privadas a elaborarem campanhas para mostrar os benefícios da doação. Doadores de sangue também têm direito a meia-entrada em cinemas e eventos em Roraima, por meio de uma lei proposta pelo deputado Neto Loureiro.

Doação durante a pandemia

Neste período de pandemia devido ao covid-19, o Hemoraima orienta que quem já teve a doença deve aguardar 30 dias após a emissão do laudo de cura para fazer a doação. Quem não teve o covid-19, mas teve contato com infectados, deve aguardar 15 dias sem a manifestação dos sintomas para fazer a doação.

Quem estiver saudável pode doar normalmente. É necessário levar documento oficial com foto; ter dormido pelo menos 6 horas na noite anterior; estar alimentado; não ingerir bebida alcoólica 12 horas antes da doação; e evitar comidas gordurosas nas 3 horas que antecedem a doação.

Texto: Yasmin Guedes

Foto: Eduardo Andrade e Jader Souza

SupCom ALE-RR

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