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Homem Pateta: veja como proteger crianças e adolescentes dos perigos na internet

A foto de um homem usando uma maquiagem bizarra semelhante ao Pateta, famoso personagem da Disney, carrega consigo um risco, segundo a polícia: diversos perfis de “Homem Pateta” estariam interagindo com crianças e adolescentes pelas redes sociais para induzi-las à automutilação, ao suicídio e até mesmo ao envio de fotos com conotação sexual.

Entre as condutas atribuídas a perfis com o nome e foto do “Homem Pateta” estão pedidos para que as crianças coloquem sabão em pó nos olhos para que fiquem azuis. Outra publicação incentiva o uso de cigarro. A neuropsicóloga Camila Sales fez um artigo sobre o assunto, utilizado pelo programa Abrindo Caminhos, da Assembleia Legislativa, para alertar as crianças inscritas na ação social.

Ela lembrou que o “Homem Pateta” não é o primeiro a assustar crianças na internet. No ano passado, a personagem Momo aparecia em vídeos infantis ensinando, passo a passo, como as crianças deveriam fazer para cortar os pulsos. Em 2017, um jogo chamado Baleia Azul propunha desafios que induzia jovens ao suicídio.

“Mais uma vez nossas crianças enfrentam uma ameaça virtual. São imagens curiosas e grotescas que despertam a curiosidade da criança e esconde perfis falsos na internet, pessoas mal intencionadas”, explicou a psicóloga.

O jornalista Bruno Fiaglho, pai de três crianças de 14, 10 e 5 anos, lembrou que a filha adolescente chegou a participar do desafio da Baleia Azul. Ele conta que a família percebeu uma mudança no comportamento da adolescente, que ficou mais introspectiva, e graças a isso conseguiu salvar a filha.

“Entre os desafios havia até automutilação, então isso foi muito preocupante, mas nós conseguimos conversar com ela, levamos ao psicólogo, afastamos ela um tempo das redes sociais. Agora tudo é muito conversando, eles confiam em falar tudo que assistem”, contou.

Após o episódio, o pai redobrou o monitoramento sobre tudo o que os três filhos acessam e assistem pela internet, como uma maneira de proteger as crianças das ameaças virtuais. “A gente tá sempre acompanhado, diariamente fazemos uma busca sobre o que elas pesquisaram na internet, estamos sempre conversando também, pois é importante que elas tenham abertura e confiança em nós que somos seus pais.”

Dicas para os pais 

A principal dica é ficar atento às mudanças de comportamento, como isolamento, alteração no apetite e no sono. Usar roupas para se esquivar de mostrar o corpo pode ser uma pista de que o jovem está se automutilando. Falar em morte ou desesperança com mais frequência também é um sinal de alerta. Sobre crianças pequenas, é importante observar como ela brinca ou o que tem desenhado ultimamente.

“Vamos vigiar nossas crianças, supervisionar o que estão fazendo na internet, mas acima de tudo vamos ensinar elas se protegerem, se cuidarem, se amarem, e ter autoconfiança para dizer não, não tenho interesse no que você está me propondo”, orientou a psicóloga Camila Sales.

 

Para acessar o artigo na íntegra clique aqui.

 

Texto: Ana Lucia Montel

Foto: Arquivo

SupCom ALE-RR

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