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Renato Silva afirma que lockdown prejudica os mais pobres e favorece os mais ricos

Lockdown. Esta palavra, antes estranha para a maioria dos brasileiros, se tornou popular por ser a determinação mais rigorosa para que a população fique em casa. Mas na avaliação do deputado Renato Silva (Republicanos), durante pronunciamento na Assembleia Legislativa de Roraima (ALERR), nesta terça-feira (16), não foi apresentado um estudo que comprove a eficácia desta medida para conter a covid-19.

Segundo ele, as pessoas mais pobres, principalmente as autônomas, são as mais afetadas. “É muito fácil os políticos falarem para as pessoas ficarem em casa, falarem para a pessoa não trabalhar, enquanto seu salário está caindo na conta todo mês”.

O deputado disse ainda que medidas de restrições rígidas aumentam as desigualdades sociais. “Por que o mercadinho lá do Pintolândia tem que fechar as portas, enquanto um supermercado de grande porte aqui da Ville Roy fica aberto? Se é para ter lockdown, que seja a lei igual para todos. É muito fácil você estar no seu conforto, ter um patrimônio sólido e falar para o pobre, para o humilde: ‘fique em casa para proteger a minha vida e a sua vida’”.

Ele exemplificou que em meio à crise econômica, o combustível, a carne e a energia elétrica ficaram mais caros, mencionou que o Auxílio Emergencial foi insuficiente para ajudar as famílias, e disse que é preciso uma ação de governo que permita que as famílias fiquem em casa sem tanto impacto em suas rendas. “Quer que haja lockdown? Quer incentivar as pessoas a ficarem em casa? Então pare de cobrar impostos”.

Outro exemplo usado pelo parlamentar para falar da desigualdade econômica diz respeito ao transporte de pessoas. Segundo ele, enquanto são expedidas medidas para restringir o transporte intermunicipal e interestadual de passageiros – entre janeiro e fevereiro esta atividade foi proibida em Roraima –, as viagens aéreas continuam funcionando normalmente, gerando aglomerações em aviões e aeroportos.

Em aparte, a deputada Aurelina Medeiros (Podemos) criticou a exclusão de Roraima de políticas como o incentivo financeiro para criação de novos leitos e a distribuição da vacina. Em resposta à colega de parlamento, Renato pontuou que não acredita que tenha faltado incentivo financeiro para Roraima.

O parlamentar reforçou ainda que embora não tenha papel de executar, a Assembleia Legislativa deu apoio importante ao Poder Executivo. “A Assembleia aprovou tudo o que o Governo apresentou. Acredito que nenhum governo de Roraima tenha tido tanto apoio de uma Assembleia como teve o governo de Antonio Denarium”, frisou, ao cobrar ainda investimentos para inauguração do novo bloco do Hospital Geral de Roraima (HGR), com equipamentos, para diminuir a mortalidade pela covid-19.

 

Texto: Yana Lima

SupCom ALERR

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