“Estou com uma mistura de sentimentos”, iniciou o discurso a deputada Catarina Guerra (União) na tribuna da Assembleia Legislativa de Roraima nesta terça-feira (29), no Plenário Noêmia Bastos Amazonas, ao tratar das agressões do médico neurologista Fabrício Almeida contra a esposa. O caso ocorreu no fim de semana em um bairro nobre de Boa Vista e imagens registradas por câmeras de segurança circularam nas redes sociais.
O médico foi preso por tentativa de feminicídio e a repercussão da violência praticada por ele motivou nas redes sociais a campanha “Afaste de mim esse cale-se”, um incentivo ao fim da violência contra a mulher e à necessidade e urgência de que casos como esse sejam denunciados.
“Talvez muitos já estejam cansados, o fato de uma mulher sofrer violência já está corriqueiro, mas a gente não pode se calar, jamais deixar que isso vire rotina e fique normal”, salientou Catarina Guerra.
A parlamentar lembrou que todos os dias são registrados casos de assédio, abuso e violência contra mulheres em ambientes que vão desde o local de trabalho até a casa da família. Ela ressaltou a participação da Assembleia Legislativa no combate a esses crimes, por meio do CHAME (Centro Humanitário de Apoio à Mulher) e ZapChame (95-98402-0502), com acolhimento gratuito a mulheres feito por psicóloga, assistente social e advogadas.
Catarina Guerra citou ainda a Casa da Mulher Brasileira e a Delegacia Especializada atreladas à rede de apoio com várias instituições. “Por nós, mulheres, para que essa nossa voz não seja calada. É preciso estendermos a mão, darmos o ombro [às vítimas]”, pediu a parlamentar.
Texto: Yasmin Guedes
Foto: Marley Lima/ Nonato Sousa
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