De corredor em corredor, os deputados membros da Comissão de Saúde e Saneamento da Assembleia Legislativa de Roraima ouviram relatos de pacientes e servidores que atuam na estrutura provisória do Hospital Materno-Infantil Nossa Senhora de Nazareth, na tarde desta segunda-feira (27).
Ao chegarem ao local, os parlamentares foram recebidos por servidores administrativos da unidade hospitalar. O presidente da comissão, deputado Dr. Cláudio Cirurgião (União), acompanhado dos colegas Jorge Everton (União), Neto Loureiro (PMB), Joilma Teodora (Podemos), Gabriel Picanço (Republicanos) e Armando Neto (PL), decidiu percorrer o caminho das pacientes, da recepção às enfermarias e salas de parto.
A olho nu, eles encontraram falhas e defeitos em equipamentos, como centrais de ar-condicionado, no piso, vazamentos de água, sujeira na parte externa e reclamações sobre a demora no atendimento. Pacientes e acompanhantes aproveitaram o momento para falar que aguardavam mais de duas horas para passar pela triagem. “Chegamos aqui meio-dia e até agora não passamos nem para triagem”, disse uma delas, indignada.
Todas as informações constarão em relatório da Comissão de Saúde e Saneamento e serão apresentadas aos demais parlamentares. “Vimos diversas fragilidades, principalmente no que diz respeito à estrutura e em relação ao abastecimento de alguns medicamentos, e tudo isso será incluído no documento. Levaremos ao governador, aos deputados e a todos os órgãos competentes para que o atendimento seja o mais digno possível”, explicou Dr. Claudio Cirurgião.
Para a diretora-geral da unidade, Laís Blanco, a visita foi importante para ajustes pontuais. “Melhoramos sempre, solicitando a vinda de mais médicos, equipamentos, estamos com mais incubadoras, compramos mais colchões, camas, conforme a necessidade, remédios importantes. Os problemas vão surgindo e a gente vai solucionando junto à Sesau [Secretaria Estadual de Saúde]”.
Segundo ela, até o momento, cerca de 1.500 partos foram feitos na estrutura provisória. A média de partos, desde janeiro deste ano, é de 31 por mês. Cerca de 25% são imigrantes. Devido à reforma na sede da maternidade estadual, iniciada em 2021, os atendimentos às grávidas ocorrem na estrutura no bairro 13 de setembro.
Texto: Yasmin Guedes
Foto: Marley Lima
SupCom ALERR