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ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL
Programa de Direitos Humanos da ALE-RR faz palestra na BR-174 para conscientizar passageiros e motoristas

O Programa de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania (PDDHC), da Assembleia Legislativa (ALE-RR), em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), fez panfletagem aos passageiros de ônibus com destino e chegada de Manaus, além de convidar alguns motoristas que trafegavam pelo Posto de Fiscalização do órgão, na BR-174, para assistirem a um vídeo sobre o Combate Nacional ao Trabalho Infantil, celebrado nesta segunda-feira (12).

A pescadora Celina Reis seguia para Manaus quando o ônibus em que estava foi abordado pelos agentes da PRF. Após a entrega do material e palestra do programa da Assembleia, ela conta que aprendeu mais sobre o trabalho de combate à exploração infantil.

“Eu não sabia muita coisa, mas acabei de aprender agora. Vou levar esses ensinamentos, principalmente para os meus netos. É importante discutir assuntos como esse, porque a gente conhece coisas que não sabia. É sempre bom”, avaliou.

 

O auxiliar de topografia Roberth Wagner dos Santos foi uma das pessoas que assistiu ao vídeo “#Chega de trabalho infantil – infância é lugar de cuidado e proteção”, escrito e apresentado pelo poeta e cordelista Bráulio Bessa. Criado em formato de cordel, o vídeo tem cerca de dois minutos e meio, e convida a população a repensar sobre os direitos das crianças à educação, moradia, lazer, proteção, entre outros.

Santos contou que tem nove filhos, sendo a maioria em idade escolar. Ele, mais do que ninguém, sabe da importância da educação para a vida de uma criança.

“Aprendi que a criança tem a hora de brincar, de ir à escola. Ajudar em casa é importante, mas o trabalho exploratório não. Acho importantes ações assim. Já vi em outras barreiras, mas não parei para assistir. Dessa vez, sim. É preciso que tenha mais para a gente ficar informado e informar outras pessoas”, frisou.

 

De acordo com a diretora do PDDHC, Socorro Santos, a data é um momento de reflexão, em especial para os atores que trabalham com as questões sociais e os direitos humanos, incluindo a PRF. “Às vezes, daquela criança que é levada para um local que não vai trazer benefício para ela, que biológica, emocional e psicologicamente vai correr riscos, principalmente os de não crescer, não ser feliz e não se desenvolver intelectualmente. Então, a sociedade tem que pensar nisso”, enfatizou.

A policial rodoviária Verônica Cisz trabalha na linha de frente contra o trabalho e a exploração sexual infantil em Roraima. A agente salientou que os menores, principalmente crianças migrantes, são usadas como “moedas de troca” para sensibilizar as pessoas.

“Hoje, estamos atuando com a prevenção para que o trabalho infantil não aconteça, não só nas rodovias, mas para que as pessoas se conscientizem e levem essa informação para onde forem e nos ajudem nessa fiscalização e às nossas crianças. Muitas vezes, elas são utilizadas como moeda de troca, ou seja, as colocam para que sensibilizem as pessoas, para que vejam que elas estão passando fome e tenham piedade, mas, por trás, tem adultos que as estão usando e explorando, principalmente em Boa Vista, nos semáforos”, relatou Cisz.

A ação seguiu ao longo do dia. Participaram, também, equipes da Secretaria de Estado do Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes) e do Comitê Estadual de Enfrentamento à Violência Sexual de Crianças e Adolescentes.

Qualquer cidadão pode e deve denunciar todo tipo de trabalho infantil. Basta acionar o Disque 100 ou 191 da PRF.

Texto: Suzanne Oliveira

Fotos: Nonato Sousa

SupCom ALE-RR

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