Deputados estaduais pediram, durante sessão desta terça-feira (4), que a Justiça Eleitoral tenha cautela e tranquilidade na análise de ações que tramitam na Corte e que podem causar instabilidade ao Estado. Os processos são contra o atual governador Antonio Denarium (Progressistas).
O presidente da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), Soldado Sampaio (Republicanos), enfatizou que não pode haver um terceiro turno à base do “tapetão”, para prejudicar e trazer atrasos ao governo do Estado. Ele reforçou que é preciso preservar a vontade popular expressa nas urnas e manter a tranquilidade política no Estado.
“Quando houve a cassação de Flamarion Portela, um governo que vinha dando certo, foi um retrocesso para Roraima. Pararam os investimentos, criou-se uma insegurança política e de relacionamento entre os Poderes. Peço que isso não se repita. Sei que a Corte Eleitoral tem seu papel estabelecido em normas, mas é sair de seus gabinetes e olhar para a sociedade.”
Sampaio enfatizou que nos últimos quatro anos a economia roraimense cresceu, a geração de empregos bateu recordes com carteira assinada e concursos públicos foram realizados, com servidores sendo empossados e pagos em dia. “Não vamos permitir, não vamos compactuar com o retrocesso na conquista que tivemos nos últimos anos. Estou confiante no crescimento do nosso Estado”, declarou.
Apoio dos parlamentares
O deputado Chico Mozart (Progressistas) comentou que a atual gestão estadual venceu o primeiro turno das eleições do ano passado com 56,47% dos votos válidos. A segunda colocada, a ex-prefeita Teresa Surita, teve apenas 41,14%, sendo, portanto, derrotada. Mozart enfatizou que o governo tem apresentado índices favoráveis e acredita que a justiça será feita.
“Sabemos do problema que o governador tem enfrentado na Justiça. Sabemos que a Justiça precisa agir quando provocada, mas ela não pode deixar de observar a vontade da maioria [dos eleitores] que deu uma vitória a ele no primeiro turno”, disse.
O parlamentar Gabriel Picanço apresentou raciocínio semelhante e disse que os últimos quatro anos do governo de Denarium foram marcados pelo desenvolvimento. Picanço pediu ainda que a Justiça analise com cautela as ações que tramitam na Corte Eleitoral, pois envolvem o futuro do Estado.
“Não podemos permitir que algumas pessoas, alguns partidos adversários, destruam Roraima. O Estado é macro, ele tem na sua plenitude o respeito pela população. Precisamos fazer essa corrente positiva em nome dele, pedindo aos Poderes que reavaliem essas decisões [judiciais], que são de suma importância para Roraima”, considerou.
O vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Cabral (Cidadania), lembrou que, em 20 anos como parlamentar, observou que quando um governo é impedido de dar continuidade às ações e aos projetos, a sociedade é penalizada. Disse ainda que no atual governo, houve ampliação no número de investimentos, aumento da renda per capita, valorização de terras, produção de soja e reconhecimento do pequeno produtor.
“Isso só deu certo porque tinha do lado do governo uma Assembleia que deu apoio fundamental. Não podemos deixar o Estado retrair. A população já elegeu um governo no primeiro turno sabendo do seu compromisso. Queremos um Estado mais forte, mais justo e honesto para todos. Não vejo outra maneira a não ser o governo eleito construir isso, pois já mostrou lá atrás como valorizar, fomentar e fortalecer a renda”, avaliou Cabral.
Parceria entre governo e Assembleia
O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Coronel Chagas (PRTB), afirmou que a Presidência do Legislativo tem dado celeridade a todas as matérias dos Poderes que são protocoladas. Falou ainda que o Estado teve um considerável desenvolvimento econômico, fruto também de uma pacificação no Parlamento.
“Não podemos nos dar ao luxo de ter uma nova instabilidade como vimos em um passado não muito distante. Precisamos desse crescimento a passos largos, precisamos ter uma estabilidade, de ter essa continuidade colocando em prática as políticas públicas do governo para geração de emprego e renda, aprovadas pela Casa. Roraima precisa de união e estabilidade”, considerou.
Aurelina Medeiros (Progressistas), a deputada mais antiga da Casa, disse que presenciou todas as instabilidades políticas de Roraima nos últimos 25 anos. Para ela, o crescimento acentuado do Estado na agricultura, saúde e infraestrutura, bem como reestruturação econômica para pagar progressões e reajuste salarial aos servidores, são exemplos de que Roraima está em “um ânimo diferente”.
“Uma gestão única, um Estado em franco crescimento, um Estado que tem um governo com quase 80% de aceitação popular. O Estado desponta nas estatísticas cada vez mais. Quando a gente vê uma notícia nacional, vemos Roraima lá, com números, com credibilidade. Não podemos perder a oportunidade de continuar a construção do Estado para chegar aonde queremos, onde merecemos”, alertou.
O parlamentar Marcos Jorge (Republicanos) lembrou que o governo do Estado foi considerado o terceiro melhor do Brasil por um relatório do Banco Mundial, que avalia o cenário econômico das unidades da Federação.
“Temos um Executivo que reorganizou o Estado que tinha quebrado e ido para o fundo do poço por falta de harmonia com os Poderes. O governo que tem aprovação popular, que reorganizou as finanças, que mantém esse equilíbrio e harmonia com os Poderes, não pode ser submetido ao tapetão”, declarou.
A deputada Catarina Guerra (União) sustentou que a estabilidade do governo e da Assembleia, possivelmente ameaçada por eventos futuros, causa preocupação aos parlamentares. “Mas fico feliz pela consciência e a postura dos deputados que me antecederam e deixaram seus posicionamentos quanto à importância do avanço e do reconhecimento do trabalho do Executivo e do Legislativo”, ponderou.
Fotos: Eduardo Andrade/ Jader Souza/ Nonato Sousa
SupCom ALE-RR