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Grupo Reconstruir da Procuradoria Especial da Mulher inicia novo ciclo de atendimento

O projeto Grupo Reflexivo Reconstruir, da Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Estado de Roraima (ALERR), iniciou mais um ciclo de palestra para atender homens que praticaram algum tipo de violência contra a mulher. No total, 49 pessoas já foram atendidas pelo projeto, que por apresentar resultado eficaz foi premiado pelo Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR).

Este novo ciclo conta com a participação de seis homens, até o momento, conforme informou a coordenadora do Reconstruir, Monique Dias, podendo esse número aumentar. O projeto foi lançado no segundo semestre de 2016, e muito dos que foram atendidos já haviam sido condenados pela Lei Maria da Penha.

Para cada ciclo são realizados, em média, sete encontros. “São reuniões que ocorrem em forma de rodas de conversa, onde abordamos temas como família, estresse e agressividade, álcool e drogas, depressão, machismo e a Lei Maria da Penha. Essas rodas de conversa são conduzidas por uma equipe interdisciplinar formada por psicólogo, assistente social e advogado. O trabalho é feito com dinâmicas, reflexões, áudios e vídeos para sensibilizar esses homens, para que não venham mais recair no ciclo da violência e reincidir nesse delito”, explicou Monique, ao ressaltar que no ciclo anterior foram atendidos 12 homens.

As reuniões ocorrem todas as quintas-feiras, no horário de 9h as 11h, na sala anexa ao Chame (Centro Humanitário de Apoio à Mulher), localizada na avenida Coronel Pinto, sendo a entrada pela avenida Ville Roy. Os resultados, segundo Monique, têm sido satisfatórios.

“Na última reunião de cada final de ciclo os participantes levam a família. É gratificante ouvir os depoimentos das famílias, das esposas dizendo que já não acreditavam mais que houvesse salvação para o casamento e para a vida em família. Contam que depois do acompanhamento feito pelo Reconstruir, o parceiro mudou e passou a adotar outro comportamento no seio familiar, não mais de violência”, disse a coordenadora do projeto Reconstruir, Monique Dias.

Os homens assistidos pelo Reconstruir chegam ao grupo de diversas formas, inclusive espontaneamente. Uns são encaminhados pelo TJRR como medida de pena alternativa imposta pelo juiz da Vara de Execuções Penais e Medidas Alternativas à Pena Privativa de Liberdade (Vepema). Outros chegam ao Grupo por meio do Chame ou por convite da equipe do Reconstruir.

O trabalho desenvolvido pelo Reconstruir trata o agressor, por se entender que é uma pessoa que está doente, com deficiências de valores familiares, de compreensão da vida em sociedade civilizada. “O resultado desse trabalho, com toda certeza, contribuirá para diminuição desse tipo de crime, pois o agressor que recebeu um tratamento adequado e não foi simplesmente punido, tem muito mais chances de readequar seu comportamento para a vida em sociedade”, reforçou Monique.

Marilena Freitas

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