Izaias Maia pede união para solução da crise energética em Roraima

A energia elétrica voltou a ser um dos principais assuntos debatidos na tribuna da Assembleia Legislativa de Roraima nessa terça-feira (5), durante a sessão plenária. O deputado Izaias Maia (sem partido) pediu para que a população e a classe política se unissem em prol de uma energia mais confiável e justa.

Para começar, o parlamentar abordou sobre duas matérias publicadas no jornal Folha de Boa Vista, tratando do reajuste de 35% nas contas e prejuízos relatados por comerciantes em decorrência das constantes quedas de energia, além da anulação, pela Justiça Federal do Amazonas, da licença para construção do Linhão de Tucuruí. Para o deputado, Roraima passa por um momento delicado e quem mais sofre com isso é a população, principalmente a mais carente. “Alguém ainda tem esperança de que o Linhão Nacional de Tucuruí chegue aqui? Só se for com a graça de Deus”, disse ao salientar que os índios Waimiri-Atroari não estão abertos a diálogos sobre a passagem da ligação de energia dentro da reserva situada na região Sul do Estado.  “Temos que agir com rapidez, fazer alguma coisa. O interior do Estado está em desgraça, em miséria. Agora, quando se esperava uma decisão da Justiça Federal em nosso favor, ela vem e anula a licença do Ibama [Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis] para que essa obra não seja oficializada”, lamentou o deputado.

Diante desse cenário, Izaias pediu que as diferenças políticas fossem colocadas de lado e as pessoas passassem a se preocupar com o bem de todos. Ele reforçou que pedirá a realização de mais uma audiência pública para discutir o assunto na Assembleia Legislativa, juntamente com representantes de instituições como a Funai (Fundação Nacional do Índio), Ibama, Ministério Público do Estado, prefeitos e vereadores.

Izaias acredita que o Linhão de Tucuruí não afetará a região dos Waimiri-Atroari, mas que a ausência dessa interligação de Roraima ao Sistema Nacional de Energia prejudicará mais de meio milhão de pessoas que vivem no Estado. Outro ponto abordado por ele a realização da extração de cassiterita na região. “Gostaria que me explicassem a diferença. A energia que vai beneficiar cerca de 600 mil habitantes que estão no prejuízo e 700 e poucos índios não permitem e exigem a extração da cassiterita. Será porquê? Os caminhões de cassiterita ficam com os índios, com as Ongs [Organizações Não Governamentais]”, contou.

O deputado George Melo (PSDC), comentou que ao passar pela BR 174 (região Sul) há 10 dias, encontrou cercas na beira da estrada. “Aquilo ali, pra mim, só tem um intuito, é proibir a passagem do linhão de Tucuruí, não tem outra justificativa. Porque aquilo ali não tem fazenda, é terra indígena e terra indígena não tem que ter cerca”, enfatizou.

O deputado Gabriel Picanço (PRB) explicou a George que as cercas foram colocadas pelo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte) para construção de margens na BR. “Mas lá tem uma ONG chamada WWF que ela determinou onde seria a cerca. Infelizmente, está acontecendo isso, é falta de pulso do presidente da República, das pessoas que administram o país”, frisou.

 

Por Yasmin Guedes

SupCom/ALE-RR

Cine Ale Cidadania chega a Escola Antônio Carlos Natalino

Ir ao cinema pode ser uma atividade considerada normal para a maioria das pessoas, mas para outras, é a realização de um sonho. Quem pode confirmar esta teoria é o estudante do ensino médio Ronald de Souza, de 17 anos, que vai entrar em uma sala de cinema pela primeira vez nesta quarta-feira, 6, durante mais uma edição do programa Cine Ale Cidadania, da Assembleia Legislativa de Roraima. “Nunca fui e a vontade era grande, me sinto privilegiado. Será muito bom e estou feliz, e com o coração disparado e ansioso para este momento”, disse.

Ronald é um dos 261 alunos da Escola Estadual Professor Antônio Carlos da Silva Natalino, localizada no bairro Jóquei Clube, zona Oeste de Boa Vista, que irão ao cinema para assistir ao filme ‘Liga da Justiça’. Pipoca e muita alegria serão o pano de fundo para mais esta sessão de cinema.

O estudante do 2º ano da Antônio Carlos Natalino, Ronie Lima, relatou que já foi ao cinema algumas vezes com a família e amigos e até pelo Cine Ale quando estudava em outra escola, mas conta que cada ida é uma emoção diferente.  “A expectativa é a melhor. Eu já conhecia o programa e sempre somos bem tratados. Ir novamente com meus colegas de turma será muito legal”, revelou o adolescente.

Maria Cristina de Melo é professora e orientadora educacional da Escola. Ela afirma que é uma alegria receber o Cine Ale. “Vem realmente para divulgar o interesse pela sétima arte e com isso valorizar a educação. Ficamos muito felizes, pois o programa também traz palestras educativas, principalmente sobre bullying que é algo que estamos trabalhando na escola hoje e que precisa ser discutido em todas as instituições de ensino”, elogiou.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Jalser Renier (SD), idealizador do Cine Ale Cidadania, comenta sobre a satisfação em poder contribuir com a educação por meio do programa. “Levar a cultura como ferramenta de educação a esses estudantes é o maior retorno que podemos ter. Identificar no olhar de cada um a felicidade que é ter um momento de entretenimento, não tem preço”, disse o presidente.

A sessão de cinema exclusiva para os estudantes está prevista para as 14h, mas antes de seguirem para a telona, eles darão uma passadinha na Assembleia Legislativa para visitar a decoração natalina inspirada nos personagens da Disney.  Minutos antes de iniciar o filme, os estudantes vão assistir a um documentário sobre bullying de aproximadamente sete minutos.

Por Tarsira Rodrigues

SupCom/ALE-RR