Documentário Fake News:A Verdade por Trás do Compartilhamento estreia nesta quarta-feira (18) na TV Assembleia
Foto: Lucas Almeida/SupCom ALE-RR
Com o acesso à internet e às redes sociais, as pessoas podem interagir e compartilhar as informações rapidamente. No entanto o espaço virtual virou um campo fértil para a propagação de fake news, as notícias falsas que se espalham 70% mais rápido que as notícias verdadeiras, conforme aponta o estudo realizado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts, Estados Unidos.
Para orientar o cidadão e combater a desinformação, a Assembleia Legislativa de Roraima produziu o documentário Fake News: A Verdade por Trás do Compartilhamento, em parceria com Tribunal Regional Eleitoral de Roraima.
O documentário aponta que o compartilhamento de notícias falsas pode causar prejuízos e traz exemplos como o do chefe de Fiscalização do Departamento Estadual de Trânsito de Roraima (Detran), Vilmar Florêncio, em que um suspeito se passou pelo funcionário para aplicar golpes, e postou uma notícia falsa no Whatsapp [aplicativo de troca de mensagens instantâneas], com a proposta de facilitar o serviço da autarquia em troca de dinheiro.
As pessoas que acreditavam, negociavam com o criminoso a liberação e a retirada de veículos, sem saber que se tratava de um golpe. “A gente fica triste com essa situação. Muitos dão mais credibilidade às notícias divulgadas no WhatsApp e nem investigam a procedência”, disse o funcionário.
DOCUMENTÁRIO – Os detalhes sobre este caso, outras notícias falsas e seus desdobramentos podem ser conferidos no documentário que estreia nesta quarta-feira (18) na programação da TV Assembleia, no canal 57.3. A produção será exibida diariamente, às 13h, 18h45 e 21h45. Para que mais pessoas tenham acesso ao conteúdo, a emissora vai disponibilizar o material nas redes sociais.
A coordenadora da TV Assembleia, Sônia Lúcia Nunes, explica que o material aborda os perigos das notícias falsas, sobretudo às vésperas das eleições. “Fake News é um problema antigo, mas com a chegada do processo eleitoral, o compartilhamento de conteúdos falsos nas redes sociais se torna mais perigoso, pois pode prejudicar ou promover determinados candidatos”.
Apresentador e produtor do material, o jornalista Rubens Medeiros relata que a intenção é alertar as pessoas para que, na dúvida, não compartilhem notícias nas redes sociais e aprendam a fazer uma triagem do conteúdo suspeito. “Uma notícia falsa pode atrapalhar sistematicamente o processo democrático, porque planta informações inverídicas Onde não há verdade, não há democracia”.
Veja dicas para identificar notícias falsas
- Cheque a fonte da fonte: Muitos sites de notícias republicam notas que saíram em outros. Por isso é importante clicar no site da fonte para saber se o próprio site que gerou a notícia é confiável.
- Evite sites conhecidos por sensacionalismo: Algumas páginas e sites, mesmo que legitimamente tidas como empresas ou jornais, normalmente recorrem ao sensacionalismo em primeiro lugar e deixam a verificação para depois.
- Leia a matéria completa, não apenas sua chamada: Antes de clicar no botão de compartilhar, leia a matéria completa. Quanto mais impressionante for uma chamada, maior deve ser sua suspeita em relação à sua veracidade.
- Preste atenção à URL: Alguns sites mal-intencionados possuem nomes semelhantes a grandes sites. Por isso, ao clicar na notícia, confira a URL principal do site e certifique-se de que é a mesma do site oficial.
- Confirme a confiabilidade do autor: Conferir a reputação do site normalmente já é uma boa solução para identificar fake news. Mas vale também fazer uma checagem sobre o autor em questão.
- Pesquise a notícia no Google: Para tirar suas dúvidas, procure a chamada no Google e verifique sites que publicaram uma nota semelhante. Se apenas um site está falando sobre isso, é muito provável que seja fake news.
- Confira a data de publicação dos posts: Muitas pessoas se deixam levar e compartilham uma notícia velha como atual. Por conta disso, sempre verifique a data de publicação antes de clicar no botão de compartilhar e suspeite caso essa data não esteja clara no site de origem.
Vanessa Brito
SupCom ALERR