IDADE ATIVA – Lei garante oferta de cursos e programas de extensão a idosos em universidade

Fruto de uma lei aprovada no Poder Legislativo, projeto facilita o ingresso de pessoas acima de 50 anos no ensino superior

Quando se tem um objetivo a idade vira um detalhe. Prova disso é Maria do Rosário, que voltou para a sala de aula aos 82 anos. O desejo de aprender falou mais alto, e o filho dela a matriculou no curso de extensão do programa Idade Ativa, da Universidade Estadual de Roraima (Uerr). A iniciativa é fruto de uma lei proposta pelo presidente da Assembleia Legislativa de Roraima, deputado Jalser Renier (SD).

A expectativa da aluna é concluir o curso, e depois estudar Serviço Social na universidade, pois gosta de lidar com pessoas, tanto que realiza visitas na comunidade quando alguém está doente. “Nunca gostei de ficar parada. Agora estou aqui, e não tem coisa melhor do que isso, e estou gostando muito dos meus colegas”.

O curso é também uma opção para pessoas que não tiveram a oportunidade de estudar quando eram jovens. É o caso de Jacomina Martins, de 60 anos. Ela estudou apenas até o ensino médio, pois quando era jovem, não tinha condições de fazer uma faculdade. Neste ano, ela voltou a estudar e deseja alcançar o ensino superior. “Fico ansiosa pela aula no sábado. Não vou desistir. Agora quero cursar Direito e Medicina.”

Maria e Jacomina fazem parte da segunda turma do Programa Idade Ativa – Universidade Aberta à Terceira Idade, na qual a Uerr oferta cursos de extensão, com duração de um ano, para pessoas acima de 50 anos.

Idade Ativa

A coordenadora do programa Idade Ativa, Jussara Barbosa, afirma que o programa propõe a integração destas pessoas tanto de forma social como intelectual. “Nessa faixa etária, muitos estão se preparando para aposentadoria, e outros estão há muito tempo sem profissão, o que gera um estresse emocional”, explicou.

Neste ano, a segunda turma possui 35 inscritos. As aulas abordam temas como saúde, artes, cultura, conhecimento gerais, informática e língua. Os participantes que possuem uma frequência de no mínimo de 75%, podem tentar uma vaga especial nos cursos de graduação. No ano passado, a primeira turma contou com 41 alunos, destes 3 passaram no vestibular da Uerr.

O programa proporciona para as pessoas, o convívio acadêmico, social e preparação para ingressar no Ensino Superior. As aulas são realizadas aos sábados, das 8h às 12h, no Campus Boa Vista.

 

Texto: Vanessa Brito

Foto: Eduardo Andrade

SupCom ALE-RR

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA – Parceria busca a reabilitação de homens agressores por meio de diálogo e cursos profissionalizantes

Assembleia Legislativa e Tribunal de Justiça iniciaram discussões para formalizar parceria no próximo mês

Os poderes Legislativo e Judiciário iniciaram as discussões para elaborar um projeto que sensibilize réus em processos por violência de gênero. A intenção é primeiro fazê-los repensar a atitude praticada por meio do diálogo, em seguida, dar a eles a prioridade em cursos profissionalizantes, para contribuir com o processo de “reabilitação” e diminuir as chances de reincidência.

A proposta foi apresentada no fim da tarde desta quinta-feira (22) ao presidente da Assembleia Legislativa, Jalser Renier (SD), pela juíza Maria Aparecida Cury, titular do 1º Juizado de Violência Doméstica do Tribunal de Justiça de Roraima.

A intenção é que estes homens tenham prioridade em cursos preparatórios ofertados pela Escola do Legislativo. Mas antes disso, eles terão que participar dos trabalhos de sensibilização realizados no Núcleo Reflexivo Reconstruir, projeto da Procuradoria Especial da Mulher, da Assembleia Legislativa de Roraima, que por meio do diálogo, faz os homens pensarem sobre suas condutas.

A juíza Maria Aparecida Cury explicou que a Procuradoria Especial da Mulher/ALE-RR foi referência por ter um trabalho consolidado na proteção à mulher. “O Chame [Centro Humanitário de Apoio à Mulher] trabalha essa questão da violência doméstica há muito tempo, com um trabalho também voltado aos homens, com grupos reflexivos. Precisamos conversar com os homens sobre a violência doméstica e familiar e sobre a desigualdade de gênero.”

A procuradora Especial da Mulher, deputada Lenir Rodrigues (PPS), afirma que o Núcleo Reflexivo Reconstruir realiza um trabalho com homens já sentenciados. A equipe realiza um trabalho psicológico e educativo para tentar fazer com que eles não voltem a cometer violência doméstica e familiar.

Já a parceria proposta pelo Tribunal de Justiça busca trabalhar os homens ainda na fase processual inicial, ou seja, antes da sentença. “Para nós é uma honra poder colocar a nossa experiência e nosso grupo técnico à disposição do Tribunal para colaborarmos no projeto do TJ.”

Reconstruir

O Núcleo Reflexivo Reconstruir utiliza o diálogo para sensibilizar o autor da violência, para minimizar as chances de reincidência. Uma vez por semana são realizados encontros em grupo, com palestras e rodas de conversa. Lá, estes homens são instigados a refletir sobre as questões de gênero e a Lei Maria da Penha. Além disso, fala-se sobre paternidade, família, autoestima, drogas e álcool.

Os agressores são apenados do Tribunal de Justiça, encaminhados para o Núcleo pelo juiz da Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas (Vepema); Centro Humanitário de apoio à Mulher (Chame), demais entidades do Poder Público. Homens da sociedade em geral também podem buscar voluntariamente o grupo de apoio.

O Núcleo Reflexivo Reconstruir está localizado na avenida Ville Roy, nº 5.717, Centro – 2º andar, sala 204. Os atendimentos acontecem das 7h30 às 13h30, se segunda à sexta-feira.

Texto: Yana Lima

Foto: Procuradoria Especial da Mulher

SupCom ALE-RR

EDUCAÇÃO – Secretária presta esclarecimentos à comissão na Assembleia Legislativa

Próxima providência dos parlamentares será ouvir os sindicatos dos trabalhadores em Educação

 

Nove pontos relacionados a Educação Estadual foram abordados em reunião da Comissão de Educação, Desportos e Lazer, da Assembleia Legislativa de Roraima, com a titular da pasta, Leila Perussolo. O encontro foi realizado nesta quinta-feira (21).

Durante mais de três horas de reunião, os participantes discutiram sobre calendário escolar, merenda, manutenção do transporte escolar, quantitativo de professores em sala de aula, contratação de profissionais por seletivo, situação de contratos, enquadramento de profissionais e estruturas de escolas.

Segundo o presidente da comissão, Evangelista Siqueira (PT), a reunião foi esclarecedora e importante para que os parlamentares conheçam com mais detalhes os problemas enfrentados pela atual gestão da pasta.

“A secretária esclareceu os questionamentos feitos pelos deputados e se comprometeu com a Comissão. Nós também nos colocamos à disposição, pois se fizermos um trabalho coletivo, encontraremos caminhos para dar as respostas necessárias à população”, afirmou.

O próximo passo será ouvir os sindicatos dos profissionais da Educação. Com as informações coletadas nestas reuniões, a comissão elaborará um parecer que será entregue à Casa e aos órgãos competentes.

Participaram da reunião os deputados Evangelista Siqueira, Brito Bezerra (PP), Lenir Rodrigues (PPS) e Gabriel Picanço (PRB).

Secretária afirma que pasta está em organização para atender às necessidades dos alunos

A secretária estadual de Educação, Leila Perussolo, disse que a pasta está se organizando para sanar os problemas apontados. “Estamos aqui pautando e tentando organizar para atender os nossos alunos, tanto da Capital, quanto do Interior”, citou, ao afirmar que a principal preocupação é com o início das aulas nos municípios do Interior.

Para exemplificar, Leila Perussolo contou que no final de 2018, período em que a Seed deveria montar a lotação dos professores e o calendário escolar, o Governo da época sequer havia iniciado o processo. Foi então que, ao fazer o levantamento dos profissionais lotados em sala de aula, foi detectada a necessidade de professores em áreas específicas e quantitativo elevado de docentes em coordenação pedagógica.

Texto: Yasmin Guedes

Fotos: Alex Paiva

SupCom ALE-RR