Medida foi um pedido de pais que passavam por situações constrangedoras ao ter que explicar a condição dos filhos
Para melhorar o atendimento a pessoas com autismo, foi aprovada na Assembleia Legislativa uma lei que institui a Carteira de Identificação do Autista (CIA), de autoria do deputado estadual Jorge Everton (MDB). Uma vez que não há características físicas que identifiquem o autista, a carteira facilitará na solicitação do atendimento preferencial. A legislação já está em vigor.
O pedido partiu de um grupo de pais que viram a necessidade de um documento que pudesse dar segurança a eles nessas situações. A representante da União de Pais de Pessoas Autistas (UPPA), Daniella Nascimento, explicou que pediu ajuda do deputado, que é parceiro das atividades realizadas pelo grupo. “Isso foi um presente. É muito importante nós termos esse apoio.”
Daniella explicou que a carteira é para assegurar um direto a eles. “Autismo não tem cara. As famílias passam por inúmeras situações constrangedoras. Estamos na fila de preferencial e pessoas nos olham torto meio que perguntando por que estamos ali, dizendo que nossos filhos não têm nada.”
Carteira
A lei autoriza o Governo do Estado a instituir a Carteira de Identificação do Autista (CIA) para identificar a pessoa diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA), considerada pessoa com deficiência para todos os efeitos, com direito à assistência social.
Segundo a lei, a carteira será expedida sem qualquer custo, ficando esta emissão a cargo da Setrabes (Secretaria do Trabalho e Bem Estar Social).
Texto: Bárbara Araújo
Foto: Eduardo Andrade
SupCom ALE-RR