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80% dos pacientes relatam sintomas pós covid-19 após alta médica

Cerca de 80% das pessoas que precisaram de atendimento hospitalar, após contraírem a covid-19, apresentaram algum tipo de sequela mesmo depois de terem vencido a doença, segundo estudos recentes. Essa foi uma das informações abordadas durante a live “Saúde Pós-Covid-19”, que ocorreu na manhã desta sexta-feira, pela Assembleia Legislativa de Roraima, em alusão ao Dia Mundial da Segurança e da Saúde no Trabalho e ao Dia do Trabalho.

O dado foi apresentado pela enfermeira do Núcleo de Saúde da ALERR, Fernanda Zambonin, junto com a segunda onda, após a flexibilização do comércio, além de pessoas mais jovens adoecendo, há também um contingente de 90 mil pessoas recuperadas que vêm apresentando sequelas – chamadas de Síndrome-Pós-Covid-19 – e, por isso, é preciso investigar a qualidade de vida delas, inclusive no seu retorno às atividades laborais.

Cansaço e fadiga estão entre os sintomas que têm atingido os trabalhadores no retorno ao trabalho após a doença.  “Isso se torna mais evidente ainda quando se fala da saúde do trabalhador. Essas pessoas retornam ao trabalho e se cobram muito, pois antes exerciam suas atividades de maneira tranquila, de maneira rápida, e agora elas se deparam, às vezes, com um raciocínio lento, uma perda de memória.

O fisioterapeuta Lisandro Gabriel diz que o paciente acometido pela doença fica sem se movimentar e a perda da força muscular afeta as suas atividades normais. “O pós-covid de quem que fica em UTI, por exemplo, é uma fraqueza muscular global, uma fraqueza respiratória, que influi na execução da vida diária”.  Ainda de acordo com ele, a depender do caso, o paciente pode desenvolver doença cardiovascular, estomacal, muscular, cognitiva ou psiquiátrica.

As alterações psiquiatras vão desde do diagnóstico ou ao agravamento nos quadros de ansiedade e depressão, mas a psicóloga Gilvânia Carvalho alerta que não é incomum que ao constatar uma alteração no seu rendimento laboral, muitas pessoas são afetadas pela potencialização do sentimento do medo no retorno de suas funções.

“Do ponto de vista psicológico, está muito atrelado ao medo, com a ansiedade, pois no caso de quem já passou pela doença, pela situação de internação, ele entra de uma maneira muito mais patológica, porque ele paralisa a pessoa na volta ao trabalho que antes ele fazia com maestria”.

Para a psicóloga, uma das ferramentas poderosas de combater essas sequelas é manter uma rotina regrada, com horário para o trabalho, alimentação, exercício e lazer. Mas caso os sintomas persistam, por mais de seis meses, é importante buscar ajuda profissional para diagnóstico e tratamento.

Interação

A conversa teve transmissão pela TV Assembleia – canal 57.3, Rádio FM – frequência 98.3, e pelo Facebook e YouTube (@assembleiarr). Durante toda a transmissão, os telespectadores fizeram perguntas, respondidas durante a live.

Ao final do evento, os profissionais deram dicas para melhorar a qualidade de vida e fortalecer o sistema imunológico pós-covid-19, tais como disciplina com os horários, ingerir quantidade de água adequada e investir numa alimentação balanceada; manter uma rotina de atividade física; fazer um check-up médico para avaliar, sobretudo, os hormônios; no caso de alguma perda respiratória aguda procurar um fisioterapeuta e no caso de mudança no olfato e paladar procurar um fonoaudiológico.

Texto: Suellen Rangel

Foto: Tiago Orihuela

SupCom/ALERR

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