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NÃO AO PRECONCEITO
Deputados aprovam PL que inclui no calendário oficial do Estado Dia de Combate à Gordofobia

Para dar visibilidade e combater o preconceito social que muitas pessoas acima do peso vivenciam, a Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) aprovou, nesta quarta-feira (17), o Projeto de Lei (PL) 140/20, proposto pela deputada Betânia Almeida (PV), que inclui no calendário oficial de Roraima o Dia Estadual de Combate à Gordofobia, a ser celebrado anualmente em 10 de setembro.

 

A data pretende abrir o debate e conscientizar a população sobre o problema que, apesar de antigo, ganhou notoriedade com o advento da internet e das redes sociais. Para isso, num esforço articulado entre diversos órgãos públicos, a norma prevê a promoção de palestras, audiências públicas, a divulgação e distribuição de material informativo e peças midiáticas.

 

Na justificativa do PL, Betânia Almeida destacou que a gordofobia causa sofrimento psíquico e consequências sociais e econômicas, por isso é preciso promover uma mudança comportamental de como parte da sociedade enxerga os indivíduos com excesso de peso e encarar o assunto como política de saúde pública.

 

“A gordofobia promove dor, medo e adoece essa grande parcela da população. Por isso, para combater o preconceito e promover a saúde, propomos a criação da data especial, para que o poder público promova as ações de enfrentamento do problema, o que é extremamente importante, já que a obesidade atinge mais de 120 mil pessoas em Roraima”, destacou a parlamentar, pedindo aos colegas que aprovassem o projeto.

 

 

 

Gordofobia

 

Atribuir características e/ou atributos de personalidades negativas baseados no excesso de peso ou na obesidade de uma pessoa é a conhecida gordofobia. Sozinho, o peso não é um indicativo de doenças, falta de saúde e, muito menos, de falta de higiene ou amor-próprio. Contudo, essas crenças são normalizadas e replicadas.

 

Ao ser reduzido aos números da balança, o indivíduo vale literalmente o quanto pesa. Pode ser desde a crítica velada do familiar que não compreende como “aquela pessoa se descuidou”, referindo-se ao repentino ou não aumento de peso da pessoa, ou mesmo nos casos de não ter a aparência “certa” para o trabalho.

 

Em todos os casos, esse comportamento preconceituoso pode levar à solidão, à depressão, afetar a saúde e agravar casos de obesidade, já que pessoas muito acima do peso são muitas vezes estigmatizadas, ridicularizadas ou excluídas socialmente.

Texto: Suellen Gurgel

Foto: Marley Lima/ Nonato Sousa

SupCom ALERR

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