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George Melo critica cancelamento de cirurgias eletivas no último final de semana

O cancelamento de cirurgias eletivas no último final de semana, feito pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), levou o deputado George Melo (PSDC) a usar a tribuna da Assembleia Legislativa, na manhã desta quarta-feira, 22, para dizer que não aceita a ação governamental, haja vista o orçamento destinado à Saúde no Estado.

Segundo o parlamentar, o Centro de Oncologia também suspendera as atividades alegando falta de material para atender os pacientes. “Cancelaram todas as cirurgias no final de semana por meio de circular, mas esse documento foi tirado de circulação. É muito grave tomar conta de uma secretaria tão importante, como a da Saúde, e suspender as cirurgias. Ontem (terça-feira) tive a informação de que o Centro Oncológico também suspendeu as atividades por falta de material. Acho que estamos chegando a um limite que não dá para fazer de conta que não é no Estado de Roraima”, chamou a atenção o parlamentar.

Ele ressaltou a importância do Hospital Geral de Roraima (HGR) para a população em geral. “Pode-se pagar plano de saúde que quiser, mas a medicina de alta complexidade só é possível no HGR. Mas, infelizmente, todos os dias há reclamação de pessoas com relação aos serviços que são prestados no HGR e na Maternidade Infantil Nossa Senhora de Nazareth. Imagine uma senhora que acabou de ter um filho sendo colocada em uma cadeira de plástico. E se a cadeira quebrar? Qualquer um dos nossos pode passar por isso. É um absurdo como esse Governo lida com a vida do ser humano. Em qualquer lugar do Brasil isso já teria dado Fantástico (programa televisivo) e o Ministério Público já teria interditado”, disse.

George Melo lembrou que por muito menos, o Mafir (Matadouro Frigorífico do Estado de Roraima) foi fechado para adequações. “E o nosso HGR e a maternidade? Será que tem que tirar a responsabilidade do Ministério Público, do Tribunal de Contas e colocar a responsabilidade da Saúde para o MDA (Ministério da Agricultura e Abastecimento? Adianta construir um prédio de três andares se não dão conta de prestar um serviço de qualidade mínima para essa população?” questionou, ao usar o MDA para falar do que ele considera inércia dos Poderes em relação ao caos instalado na saúde, apesar do orçamento ter passado de 12% para 18%.

E complementou: “É muito pouco o que os órgãos de controle estão fazendo. Convido os deputados para fazer uma visita ao HGR, e tenho certeza que vamos ouvir muito mais absurdos. Lá na maternidade, tudo que foi dito pelos pacientes na última visita parece que não serviu de nada. Qualquer um de nós pode ser vítima disso”, sinalou.

Segundo ele, a reclamação da falta de estrutura básica que inclui remédio, material cirúrgico e equipamentos não tem partido apenas da população, mas também dos funcionários que atuam no setor de Saúde. “São quase 700 mil pessoas que dependem do HGR e a gente sabe do tratamento desumano que é dado naquele hospital. Não somente lá, mas onde há saúde administrada pelo Estado existe reclamação. E não é só a população que está reclamando, são também os enfermeiros e médicos, pois estão assustados com a forma que estão gerindo as unidades. Uma médica me disse: ‘Se eu não quiser ser contaminada, tenho que comprar uma luva’. Não aceito essa situação e quero deixar registrado o meu descontentamento”, reforçou, ao afirmar haver um “descontrole do Estado em todas as secretarias”.

 

Marilena Freitas

SupCom ALERR

Em: 22.11.2017

 

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