Izaias Maia critica decisão que suspendeu obras do Linhão de Tucuruí

O deputado Izaias Maia (sem partido) usou a tribuna na sessão desta quarta-feira, 13, para sugerir ao Governo do Estado que recorra ao Supremo Tribunal Federal (STF), contra a decisão do Ministério Público Federal do Amazonas (AM), que anulou a licença prévia expedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), referente as obras da linha de transmissão de energia elétrica entre Manaus e Boa Vista, o Linhão de Tucuruí.

“Autoridades do Amazonas decidindo por Roraima. Será que estão achando que o Estado ainda é quintal deles? Eu acho que as forças políticas e toda sociedade precisam se unir para recorrermos desta decisão. O principal pivô do impasse é o povo Waimiri Atroari, que sempre falou que por ali [reserva indígena] não passará o Linhão e com isso continuamos a ser um único Estado brasileiro que não faz parte do Sistema Interligado Nacional (SIN)”, criticou o parlamentar.

Ele destacou ainda e pede aos colegas parlamentares e à toda sociedade que se unam em prol desta causa, do contrário Roraima ficará no escuro. “Um estado sem energia não existe no mapa, e o tempo é o senhor da verdade e com isso eu volto a dizer: esqueçam os ideais políticos e vamos nos unir para fazermos um movimento e trabalharmos em defesa do Estado de Roraima para que não sejamos penalizados ainda mais”, convocou.

O deputado George Melo (PSDC) pediu a palavra durante o pronunciamento para declarar apoio a causa abraçada por Izaias Maia. “Isso é uma luta de todos, e o não andamento das obras de Tucuruí é um desrespeito com o Estado de Roraima. É inadmissível ainda sermos o único estado brasileiro fora do Sistema Interligado de Energia”, apoiou.

Em conclusão ao discurso, Izaias afirmou que se a situação não mudar, o futuro dos roraimenses será prejudicado. “Volto a dizer que o momento é de união verdadeira e se continuarmos assim vamos todos ‘parar no buraco’. Ou abrimos os olhos para brigarmos pelos nossos direitos ou vamos ficar só na plateia aplaudindo decisões que nos prejudicam”, alertou.    

Por Tarsira Rodrigues

SupCom/ALE-RR

Para George Melo, “assaltantes não competem com o crime institucionalizado”

A notícia de que Roraima seria o Estado brasileiro que lidera, pelo segundo ano consecutivo, o ranking de segurança em agências bancárias, foi mote de discurso do deputado George Melo (PSDC) nessa quarta-feira, 13, no plenário da Assembleia Legislativa. Segundo ele, “os maiores assaltos estão relacionados a crimes de colarinho branco, praticados no âmbito do Poder Executivo”.

Os bandidos comuns, conforme o parlamentar, “não se acham capazes de competir com o crime institucionalizado”. “Acompanhei nas redes sociais a secretária de Segurança, Giuliana Castro, divulgar que Roraima é o Estado mais protegido com relação a assalto de banco. Até achei pertinente, mas fazendo uma reflexão cheguei à conclusão que a análise da secretária é muito superficial sobre a segurança dos bancos em Roraima. Isso só mostra que os bandidos no Brasil são extremamente inteligentes e que os assaltantes (em Roraima) têm a proteção do Ministério Público do Estado (MPRR), Ministério Público de Contas (MPC) e da Assembleia. O nosso dinheiro é saqueado por outros assaltantes, porque o Estado não tem Saúde de qualidade e falta material cirúrgico e remédios, assim como a situação da Educação, e sumiu R$ 4 bilhões. Os assaltantes do Brasil sabem que, em Roraima, tem um time mais preparado para roubar esse dinheiro, e se eles invadirem o banco sabem que não terá dinheiro”, afirmou.

Para o deputado, o saqueamento do Estado é feito por meio de contratos licitatórios. “Desde 2015, quando assumiu o Governo, fazem compras com dispensa de licitação, para dar o serviço para quem eles querem. Ao longo do tempo, o emergencial ficou obsoleto porque a engrenagem era grande”, ressaltou.

Ele disse que o Executivo teria investido alternativas para resolver as licitações emergenciais. “Essa nova modalidade começou pela Polícia Civil, que em um assalto levaram os computadores e os processos. Isso aí é crime de vagabundo de quinta categoria. Os bandidos no Brasil nunca vão vir assaltar banco em Roraima porque sabem da periculosidade dos bandidos daqui que sumiram com quase R$ 4 bilhões e mais o excesso de arrecadação. Essa, secretária Giuliana, é uma reflexão mais aprofundada sobre a sua análise feita na Internet. Os bandidos sabem que não circula dinheiro no Estado. É preciso pegar não quem levou os computadores, mas quem mandou entrar lá”, afirmou, ao dizer que repudia as ações que estão acabando com o Estado.

O relatório em que deixa Roraima em segundo lugar no ranking é resultado da Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos, elaborada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores de Segurança Privada e foi divulgado pelo site de notícias G1.

 

Por Marilena Freitas

SupCom/ALE-RR