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Para George Melo, “assaltantes não competem com o crime institucionalizado”

A notícia de que Roraima seria o Estado brasileiro que lidera, pelo segundo ano consecutivo, o ranking de segurança em agências bancárias, foi mote de discurso do deputado George Melo (PSDC) nessa quarta-feira, 13, no plenário da Assembleia Legislativa. Segundo ele, “os maiores assaltos estão relacionados a crimes de colarinho branco, praticados no âmbito do Poder Executivo”.

Os bandidos comuns, conforme o parlamentar, “não se acham capazes de competir com o crime institucionalizado”. “Acompanhei nas redes sociais a secretária de Segurança, Giuliana Castro, divulgar que Roraima é o Estado mais protegido com relação a assalto de banco. Até achei pertinente, mas fazendo uma reflexão cheguei à conclusão que a análise da secretária é muito superficial sobre a segurança dos bancos em Roraima. Isso só mostra que os bandidos no Brasil são extremamente inteligentes e que os assaltantes (em Roraima) têm a proteção do Ministério Público do Estado (MPRR), Ministério Público de Contas (MPC) e da Assembleia. O nosso dinheiro é saqueado por outros assaltantes, porque o Estado não tem Saúde de qualidade e falta material cirúrgico e remédios, assim como a situação da Educação, e sumiu R$ 4 bilhões. Os assaltantes do Brasil sabem que, em Roraima, tem um time mais preparado para roubar esse dinheiro, e se eles invadirem o banco sabem que não terá dinheiro”, afirmou.

Para o deputado, o saqueamento do Estado é feito por meio de contratos licitatórios. “Desde 2015, quando assumiu o Governo, fazem compras com dispensa de licitação, para dar o serviço para quem eles querem. Ao longo do tempo, o emergencial ficou obsoleto porque a engrenagem era grande”, ressaltou.

Ele disse que o Executivo teria investido alternativas para resolver as licitações emergenciais. “Essa nova modalidade começou pela Polícia Civil, que em um assalto levaram os computadores e os processos. Isso aí é crime de vagabundo de quinta categoria. Os bandidos no Brasil nunca vão vir assaltar banco em Roraima porque sabem da periculosidade dos bandidos daqui que sumiram com quase R$ 4 bilhões e mais o excesso de arrecadação. Essa, secretária Giuliana, é uma reflexão mais aprofundada sobre a sua análise feita na Internet. Os bandidos sabem que não circula dinheiro no Estado. É preciso pegar não quem levou os computadores, mas quem mandou entrar lá”, afirmou, ao dizer que repudia as ações que estão acabando com o Estado.

O relatório em que deixa Roraima em segundo lugar no ranking é resultado da Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos, elaborada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores de Segurança Privada e foi divulgado pelo site de notícias G1.

 

Por Marilena Freitas

SupCom/ALE-RR

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