EDUCAÇÃO SEM FRONTEIRAS – Jovens superam obstáculos para estudar no Brasil

Tema será abordado no documentário Educação sem Fronteiras, que estreia nesta quinta-feira na TV Assembleia

 

Foto: Reprodução/TV Assembleia

 

Cursar uma faculdade no exterior é o sonho de muitos jovens, mas para aqueles que moram em países em desenvolvimento as barreiras são maiores. Fatores como as condições financeiras e principalmente o idioma são obstáculos a serem vencidos para se atingir esse objetivo. Para mostrar um pouco dessa realidade, a TV Assembleia produziu o documentário “Educação Sem Fronteiras”, que estreia nesta quinta-feira (26) no canal 57.3. O material será exibido diariamente às 13h, 18h40 e 21h45.

A obra conta a história de três jovens que sonham fazer faculdade no Brasil, mas para isso, precisam passar na prova de proficiência em língua portuguesa. Além disso, a produção mostra os desafios e as conquistas da Universidade Federal de Roraima (UFRR) para uma educação sem fronteiras.

A vontade de aprender a língua portuguesa fez o cubano Javier Pedroso, de 21 anos, deixar o seu país para tentar uma faculdade de Letras no Brasil. “Desde criança sou encantado pela cultura brasileira, quero aprender a traduzir e interpretar o idioma, para ser um tradutor no meu país”.

A vinda dos jovens foi possível por conta do Programa de Estudantes – Convênio de Graduação (PEC-G) da UFRR, que oferece aos alunos estrangeiros a oportunidade de cursar uma graduação no Brasil. “A educação no Brasil tem se tornado atrativa, principalmente no campo científico. O aluno estrangeiro que estuda em nosso país, quando volta para a sua nação, contribui na área em que se graduou”, disse o vice-reitor da UFRR, Américo Lyra.

A instituição já enviou 123 estudantes brasileiros ao exterior e recebeu 136 alunos estrangeiros, possibilitando o enriquecimento cultural, acadêmico e pessoal. Para acolher e ajudar os alunos estrangeiros que chegam na comunidade acadêmica, o Colégio de Aplicação da UFRR realiza o curso de Português. Uma forma de garantir que eles sejam aprovados na prova de proficiência da língua portuguesa.

NOVIDADES – A TV Assembleia tem se destacado na produção de documentários. Essas produções já abordaram, recentemente, temas como fake news, migração nordestinas e direitos dos animais. A próxima estreia prevista é o documentário Intolerância Que Mata, que aborda preconceitos e discriminação comunidade contra a comunidade LGBTQ.

A produção da TV Assembleia também está aberta para sugestões. Os interessados podem entrar em contato com a produção da emissora por meio do telefone (95) 98402-2774.

Vanessa Brito

SupCom ALE-RR

Lei cria Virada Feminina para discussões sobre igualdade de gênero

Comemorada anualmente no último domingo de maio, a data pretende sensibilizar a sociedade sobre o empoderamento da mulher

 

Foto: Divulgação/OAB-RR

OAB é uma das instituições com iniciativas para fortalecer a participação das advogadas na Ordem

 

A partir de agora as mulheres roraimenses têm mais uma política pública de valorização do gênero com a aprovação e sanção da lei nº 1.274, que institui no Calendário Oficial do Estado, o último domingo do mês de maio como o dia da “Virada Feminina”. A data busca promover ações pela igualdade entre mulheres e homens.

O projeto foi aprovado pela Assembleia Legislativa de Roraima em junho desse ano e sancionado pelo Poder Executivo neste mês. O evento já é realidade em outros estados da federação e pretende dar visibilidade a temas como a participação da mulher no mercado de trabalho, na política e em áreas, como educação, saúde, meio ambiente e economia.

Com a nova lei, a intenção é que as ações realizadas com essa temática sensibilizem a sociedade para a importância do papel da mulher, por meio de debates, palestras, seminários, painéis, workshops, oficinas e outros instrumentos. Para atingir o objetivo, a ideia é que sejam firmadas parcerias entre os organismos governamentais ou não.

Os dados demonstram a importância de ações como esta. Conforme a pesquisa Estatísticas de Gênero: Indicadores Sociais das Mulheres no Brasil, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com fontes externas, em 2016, no Brasil, 60,9% dos cargos gerenciais (públicos ou privados) eram ocupados por homens frente a apenas 39,1% pelas mulheres.

Uma das instituições que já promove ações neste sentido é a Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Roraima (OAB-RR). Para a presidente da Comissão Mulher Advogada, Clarissa Vencato, leis relacionadas ao direito das mulheres na sociedade se fazem necessárias para que os índices de violência contra as mulheres diminuam.

“Dados da ONG Human Rights Watch [Observatório dos Direitos Humanos], apontam que Roraima é estado da federação onde mais se mata mulheres e meninas. O Brasil é o quinto do mundo onde as mulheres sofrem algum tipo de violência. Tudo isso é fruto de uma cultura machista que ao longo dos anos incentiva a desigualdade entre homens e mulheres”, explica.

Para Clarissa, existe uma carência de movimentos sociais que defendam a igualdade de gênero e a proteção da mulher. “Por outro lado, ainda é muito evidente que as mulheres morrem, são violentadas e sofrem assédio pelo simples fato de serem mulheres”, ressalta Clarissa.

Jéssica Sampaio

25.07.2018