“Nossa escola não é mercadoria” será tema de audiência pública na Assembleia Legislativa

Ação faz parte da programação do Dia do Estudante, comemorado no dia 11 de agosto

 

Foto: SupCom ALE-RR

 

O deputado Evangelista Siqueira (PT) apresentou um requerimento na Assembleia Legislativa de Roraima para realização de uma audiência pública, no próximo dia 17 de agosto, às 9h, no plenário Noêmia Bastos Amazonas. Com o tema “Nossa Escola Não é Mercadoria”, a solicitação foi aprovada por unanimidade na sessão plenária desta terça-feira (7).

A audiência faz parte da programação alusiva ao Dia do Estudante, comemorado no dia 11 de agosto, coordenado pela Pastoral da Juventude Estudantil (PJE). A proposta é promover um momento de reflexão entre os jovens sobre a realidade vivida por eles dentro das escolas. “Esse requerimento chegou até nós através da Pastoral da Juventude, que quer discutir o assunto na semana em que celebramos o Dia do Estudante. Vamos avaliar essa temática”, complementou Siqueira.

ARRAIAL – Ainda na sessão desta terça-feira (7), os parlamentares aprovaram o projeto de lei nº 03/18 para a inclusão no Calendário Oficial de Eventos Culturais do Estado a realização do “Arraial dos Maranhenses”, promovido anualmente em junho pela Associação Cultural Maranhense de Roraima (ACMARR). A intenção, defendeu o autor da matéria, é fortalecer a cultura destes migrantes que há tempos contribuem com o desenvolvimento econômico do Estado.

“Temos várias contribuições importantes de outros estados brasileiros, mas especificamente no caso dos maranhenses, eles trouxeram e continuam trazendo uma forte contribuição para o fortalecimento econômico cultural do nosso estado de Roraima”, destacou Siqueira.

O projeto de lei recebeu 13 votos favoráveis e seguirá para análise governamental.

 

YASMIN GUEDES

SupCom ALE-RR

Dia de Atenção à Pessoa com Lúpus deve integrar calendário estadual

Projeto foi aprovado na Assembleia Legislativa e segue para análise do Poder Executivo

 

Foto: SupCom ALE-RR

Doença inflamatória crônica de causa desconhecida e ainda sem cura, o lúpus possui tratamento e pode ter seus danos atenuados, possibilitando uma vida normal aos enfermos, na maior parte dos casos mulheres ao longo de sua vida fértil. Diante dessa realidade e para divulgar a causa, a Assembleia Legislativa de Roraima aprovou o projeto de lei que inclui no calendário oficial do Estado o Dia Estadual de Conscientização e Atenção aos Pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES).

A data, de acordo com a proposta, será lembrada todo dia 10 de maio de cada ano, acompanhada de uma agenda de atividades como campanhas de divulgação para estimular e chamar a atenção da sociedade sobre a importância do combate à doença além de orientar os pacientes já diagnosticados com a doença para que busquem o tratamento médico adequado.

De acordo com a autora do projeto, deputada Lenir Rodrigues (PPS), a data oficial será para combate e também para levantar questionamentos sobre como é possível ajudar a pessoa que vive com o lúpus.  “Queremos chamar a atenção para esta doença que possui uma grande incidência em Roraima. A data será educativa, para que possamos realizar o enfrentamento por meio de palestras, prevenção e levantamento do número de pessoas que estão vivendo e sofrendo com lúpus no Estado”, disse a parlamentar.

LÚPUS – O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença autoimune, resultado de um desequilíbrio do sistema imunológico, que acomete principalmente as mulheres. Trata-se de uma doença sem cura que, ao atingir o sistema imunológico, faz com que o mecanismo de defesa do organismo ataque a si mesmo criando um excesso de anticorpos na corrente sanguínea que causa inflamação e danos às articulações, aos músculos e a outros órgãos. No Brasil, os sintomas e tratamento são ainda pouco conhecidos.

O projeto de lei para orientação às pessoas portadoras da doença e comunidade em geral segue para análise do Poder Executivo.

SupCom ALE-RR

SAÚDE – Projeto de lei garante exame cardíaco a recém-nascidos com síndrome de Down

A medida possibilita que estes bebês tenham um tratamento mais precoce

Foto: Reprodução/TV Assembleia

Para reduzir o índice de morte de bebês com problemas de coração, os deputados aprovaram na sessão desta terça-feira (7), na Assembleia Legislativa de Roraima, um projeto de lei que torna obrigatória a realização do exame de ecocardiograma pediátrico nos recém-nascidos com síndrome de Down nas unidades de saúde.

O projeto de lei de autoria do deputado Valdenir Ferreira (PV) foi aprovado com 13 votos. Conforme explica o deputado, o projeto de lei vem para reduzir o índice de mortes de bebês com a síndrome, pois muitos correm o risco de nascer com problemas cardíacos. “Se o recém-nascido for diagnosticado o quanto antes, nos primeiros 30 dias de vida, pode começar o tratamento mais cedo, garantindo uma melhor qualidade de vida. Na rede privada, este exame pode custar até R$ 400”.

O procedimento deve ser realizado logo após o nascimento nos hospitais públicos ou credenciados ao Sistema Único de Saúde (SUS). No exame será possível avaliar as condições cardiovasculares do paciente, e se for diagnosticada alguma complicação, a criança será encaminhada para tratamento.

UTILIDADE PÚBLICA – Ainda na sessão desta terça-feira (7), foram aprovados dois projetos de decreto legislativo de autoria do deputado Valdenir Ferreira contemplando duas instituições com o título de utilidade pública. Foram beneficiadas as associações UniReino, situada no bairro Cambará e a Associação de Moradores do bairro Cauamé.

A medida representa um avanço para as instituições porque possibilita a destinação de recursos como os de emendas parlamentares. Os Projetos de Decreto Legislativo seguem agora para publicação no Diário Oficial da Assembleia Legislativa de Roraima.

VANESSA BRITO

SupCom ALE-RR

Pessoas com doenças graves podem ter isenção de IPVA

Projeto aprovado na Assembleia Legislativa pretende beneficiar estes pacientes para ajudá-los nos custos com tratamento médico

 

Foto: Reprodução/TV Assembleia

 

Os portadores de doenças graves poderão ter a isenção de Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Um projeto de lei com a proposta foi aprovado na sessão ordinária nesta terça-feira (7) na Assembleia Legislativa de Roraima. Treze deputados estaduais votaram a favor da matéria.

O projeto de lei, de autoria do deputado Naldo da Loteria (PSB), contempla pessoas portadoras de doenças como câncer, diabetes, hipertensão, afetadas por AVC (Acidente Vascular Cerebral) e doença mental irreversível.

A ideia é que, isentos deste pagamento, os pacientes tenham mais condições para arcar com o tratamento médico. “Os pacientes já gastam a maior parte do seu salário na compra de medicamentos com preços elevados, e, na maioria das vezes, ficam sem recursos para pagar seus compromissos como o tratamento médico”.

Conforme o projeto, para ter esse direito, os interessados deverão entrar com requerimento na Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) e apresentar o laudo pericial, para comprovar que é portador de uma das doenças previstas no projeto.  Após a entrada na documentação, o processo leva 30 dias. Caso seja aprovado o projeto, a isenção passará a valer a partir do ano seguinte após o requerimento. O projeto de lei segue para análise do Poder Executivo.

VANESSA BRITO

SupCom ALE-RR

ÓRGÃOS PÚBLICOS – Deputados aprovam projeto que autoriza a instalação de salas de amamentação

Intenção é garantir salas de apoio para que as mães que sentem necessidade de mais privacidade possam amamentar com mais conforto

Foto: Reprodução/TV Assembleia

Entre os nove projetos aprovados pelos deputados na manhã desta terça-feira (7), na Assembleia Legislativa de Roraima, está o n° 150/17, queautoriza a instalação de salas de apoio à amamentação em órgãos públicos do Estado de Roraima. A matéria quer garantir que as mães que sentem necessidade de mais privacidade possam amamentar com mais conforto.

O projeto é de autoria da deputada Aurelina Medeiros (Podemos). A parlamentar explica que a fase da amamentação é a mais importante da vida de uma criança, e que precisa ser estimulada. “É uma fase que ocasiona uma série de benefícios à vida do bebê, fortalecendo a imunidade contra doenças e é a única fonte de alimentação das crianças”, ressaltou Aurelina.

O projeto de lei prevê que as salas de apoio à amamentação deverão ser instaladas em área apropriada, com equipamentos necessários, dotados de assistência adequada. Conforme Aurelina, muitas mães ficam privadas de liberdade em locais públicos, dificultando a amamentação. “É comum nós vermos muitas pessoas em hospitais e em filas de instituições, procurando se esconder dentro de um banheiro, em algum lugar para dar de mamar aos seus filhos. Com a aprovação do projeto essas mães serão beneficiadas”, afirmou. Projeto segue agora será encaminhado para análise do Poder Executivo

AGOSTO DOURADO – O projeto foi aprovado em pleno Agosto Dourado, mês voltado para campanhas que reforçam a importância do leite materno para o desenvolvimento das crianças até dois anos e exclusivo até os seis meses de vida, orientação preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Neste ano, o tema da campanha é: “Amamentação: a base da vida”, chamando a atenção para importância vital da amamentação na construção de uma saúde com base sólida.

 

JÉSSICA SAMPAIO

SupCom ALE-RR

Deputados votam nove projetos e limpam pauta na sessão desta terça-feira

Durante sessão ordinária, foram aprovados projetos voltados para a saúde, educação, cultura e bem-estar social

Foto: SupCom ALE-RR

Durante a sessão ordinária desta terça-feira (7), na Assembleia Legislativa de Roraima, nove matérias foram aprovadas pelos parlamentares, entre projetos de leis que seguirão para sanção governamental, requerimento e projetos de decretos legislativos. Um dos projetos de lei foi o nº 100/17, de autoria do deputado Masamy Eda (PSD), para a inclusão de “auxiliares da vida escolar” nas instituições de ensino pública e privada em Roraima para atender alunos com deficiência física.

A proposta é pra que haja a disponibilidade de um profissional para acompanhar até três estudantes com deficiência durante as aulas, cuja necessidade deverá ser justificada com apresentação de laudo médico.

Conforme o parlamentar, esse tipo de apoio fortalece a educação no Estado e ajuda no desenvolvimento escolar da criança ou adolescente estudante, além de promover a inclusão. “Pessoas me procuraram aqui nesta Casa e percebi, andando pelas redes escolares aqui no Estado, que os alunos com deficiência vão para sala de aula, mas não têm os cuidados necessários. Espero que o Executivo atenda a esse pedido”, complementou Eda.

ADAPTAÇÃO – Outra matéria apreciada pelos parlamentares obriga as escolas de Roraima a disponibilizarem assentos específicos para população obesa. O projeto de lei nº 94/17, de autoria do deputado Marcelo Cabral (MDB), prevê a destinação de 5% do total de cadeiras existentes nas escolas para atender a esta demanda.

As famílias deverão informar sobre a necessidade do assento especial no ato da matrícula escolar, para que o objeto seja providenciado junto ao órgão competente. Caso seja sancionada a lei, o Governo terá o prazo de 180 dias para o cumprimento da legislação.

 

YASMIN GUEDES

SupCom ALERR

GARANTIA – Consumidores têm até 90 dias para reclamar sobre defeito em produtos

Esta foi uma das orientações repassadas pelo Procon Assembleia às pessoas que aguardavam atendimento na Defensoria Pública

 

Foto: SupCom ALE-RR

 

Enquanto aguardava atendimento na Defensoria Pública do Estado de Roraima, a cozinheira Nilcirene Lopes dos Santos, de 39 anos, teve a oportunidade de tirar dúvidas sobre os direitos do consumidor, durante a palestra conduzida pelo Procon Assembleia. Agora ela já sabe: se o produto adquirido apresentar algum defeito, ela tem direito a garantia de 30 ou 90 dias, a depender do tipo de produto.

“Eu pensava que fosse apenas sete dias. Já passei por essa situação, meu celular estava com problemas, foi horrível a situação, mas agora sei como agir”, relembrou. De acordo com o artigo 26 do Código de Defesa do Consumidor, no caso de produtos duráveis – que não desaparecem com o tempo – como eletrodomésticos e celulares, a garantia é de até 90 dias. No caso de produtos não duráveis – aquele que acabam depois do uso – como alimentos, pasta de dente, sabonete e outras coisas, o prazo é de 30 dias.

Ela foi uma das 40 participantes da palestra sobre Direitos Básicos do Consumidor, ministrada pelo Advogado do Procon, Samuel Werber. “Enquanto esperam para ser atendidas, as pessoas aproveitam esse tempo para aprender os seus direitos como consumidor, que muitas vezes são desconhecidos. É um bate papo para tirar dúvidas de situações do dia a dia”.

As orientações foram ministradas no hall da instituição, localizada na avenida Sebastião Diniz, Centro. A ação faz parte do projeto Diálogo na Sala de Espera, realizado pela Defensoria Pública do Estado de Roraima tendo como uma das parcerias a Assembleia Legislativa de Roraima, que disponibiliza profissionais para levar a informação à população.

O assessor especial da Defensoria, Celson Figueiredo, relata que o projeto surgiu há dois anos com objetivo de abordar vários temas de forma educativa. “As pessoas têm a oportunidade de esclarecer questionamentos e adquirir novos aprendizados que poderão ajudar no cotidiano”.

VANESSA BRITO

SupCom ALE-RR

LEI MARIA DA PENHA – CHAME realiza panfletagem para informar população sobre violência contra a mulher

Violência psicológica está entre os crimes mais sofridos pelas mulheres

 

Foto: Alfredo Maia/SupCom ALE-RR

 

Para marcar o aniversário de 12 anos da Lei 11.340/06, conhecida como Maria da Penha, o Centro Humanitário de Apoio à Mulher (CHAME), da Procuradoria Especial da Mulher, realizou na manhã desta terça-feira (7), uma panfletagem na frente da Assembleia Legislativa de Roraima. Com a distribuição de informativos, o intuito é alertar a população sobre os sinais de violência e onde procurar ajuda.

A advogada do CHAME, Aline Monteiro, explica que a lei protege as mulheres de todo o tipo de violência. “A violência física é mais fácil de ser observada, mas a maioria das vítimas sofrem ou já sofreram violência psicológica”, enfatizou a advogada destacando que as mulheres podem denunciar diretamente na polícia ou buscar orientação em instituições como o CHAME.

Para a responsável pelo Centro, Cícera Nóbrega, apesar de os números de violência contra as mulheres serem crescentes, o trabalho de sensibilização deve sempre existir. “A violência doméstica é uma realidade no nosso Estado. Nós estamos entre os primeiros em relação à violência doméstica e isso não é bom. O objetivo do nosso trabalho é ajudar nesse enfrentamento”, explicou.

Abordado durante a ação, o motorista Ernandes Brandão ressaltou a importância da ação para que a sociedade se informe e não fique inerte perante a violência sofrida pelas mulheres. “A lei veio para conscientizar sobre a agressão sofrida pelas mulheres, porque além de alertar, encoraja as mulheres a denunciar”.

Quem também participou da ação foi a jornalista Mayara de Oliveira. Ela enfatizou que informações são sempre importantes para chamar atenção da população. “Muitas mulheres ainda desconhecem a lei. Alguns atos podem parecer mínimos, mas muitas vezes são formas de violência”, afirmou.

O CHAME promove gratuitamente, acompanhamento jurídico, psicológico e social da mulher e da família vítimas de violência doméstica, garantindo assim, seus direitos através da Lei Maria da Penha. Quem quiser mais informações sobre como o Centro, pode entrar em contato pelo ZapChame – número do Chame pelo aplicativo WhatsApp (98402-0502) – ou pelo call center da Assembleia Legislativa 0800 095 0047. O trabalho é sediado na Rua Coronel Pinto, nº 524, Centro.

JÉSSICA SAMPAIO

SupCom – ALERR

TV Assembleia completa três anos de atuação em Roraima

O foco do canal é aproximar o cidadão das ações do Poder Legislativo

Foto: SupCom ALE-RR

Com apenas um clique no controle remoto, a dona de casa Heloisa Coutinho consegue ficar informada sobre as ações do Poder Legislativo. Ela, assim como toda a população roraimense – e até de outros estados, pela internet – pode acompanhar, em tempo real, as sessões plenárias por meio da TV Assembleia, canal 57.3. O conteúdo é transmitido também pelas redes sociais.

“Assisto, por causa das informações transmitidas, para ficar por dentro da política de Roraima. Acho muito importante esse trabalho de repassar as ações da Assembleia para o povo”, disse a dona de casa.

A TV Assembleia é a primeira emissora pública do parlamento no Estado, e nesta terça-feira (7) completa três anos, com uma trajetória marcada por conquistas e desafios.  A repórter Tarsira Rodrigues é a integrante mais antiga da equipe, fazendo parte desde o início dos trabalhos. Ela relembra que o começo foi marcado uma equipe pequena e poucos equipamentos. “No início ficamos muito temerosos e enfrentamos vários desafios, como por exemplo, montar um estúdio com poucos recursos. Outro desafio foi, e ainda é, traduzir os assuntos parlamentares numa linguagem simples para a população”.

O canal foi ao ar pela primeira vez no dia 7 de agosto de 2015, já com tecnologia digital e conta com 24 horas de programação. O presidente da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), Jalser Renier (Solidariedade) explica que a emissora tem estreitado ainda mais a relação do Poder Legislativo com a sociedade de Roraima, dando ao povo a oportunidade de acompanhar a atuação dos 24 parlamentares. “Sabemos que a comunicação tem o poder de provocar mudanças positivas na vida de uma comunidade e é com esse foco que os profissionais que formam a equipe da TV Assembleia trabalham todos os dias”.

A superintendente de Comunicação da ALE-RR, Élissan Paula Rodrigues, explica que além da TV, o canal busca se aproximar da população por meio de aplicativos, telefone e por e-mail. “A TV é para todos, desde o cidadão mais humilde ao melhor situado na sociedade. Nossa intenção é melhorar cada vez mais, e contribuir para o desenvolvimento social e cultural da população”.

PROGRAMAÇÃO – O carro chefe da programação da emissora é a transmissão ao vivo das sessões plenárias, realizadas às terças, quartas e quintas-feiras. Há ainda o jornal Assembleia Informa, um jornal ao vivo que vai ao ar às 18h, com assuntos do Poder a Legislativo e também de utilidade pública.

A TV dispõe ainda do programa Em Pauta, com entrevistas sobre assuntos da atualidade e para abordar os principais acontecimentos, o Resumo da Semana. Além disso, a grade é composta por documentários, conteúdo jornalístico feito para abordar com mais profundidade questões sobre educação, social e cultural, produz documentários e reportagens.

VANESSA BRITO

SupCom ALE-RR

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA – Registros crescentes podem indicar que mulheres estão denunciando mais

Lei Maria da Penha completa 12 anos nesta terça-feira e na análise do CHAME, mulheres estão mais conscientes sobre a violência doméstica e familiar

 

Foto: SupCom ALE-RR

Segundo o Mapa da Violência – Homicídio de Mulheres 2015, o Brasil é o quinto país mais perigoso para as mulheres, e Roraima está no topo do ranking com a maior taxa de homicídios do país.  Neste contexto, a Lei Maria da Penha, que completa 12 anos nesta terça-feira (7), tem exercido papel fundamental para reduzir estes índices e coibir a violência doméstica e familiar.

Para a advogada do Centro Humanitário de Apoio à Mulher (CHAME), Fabiana Baraúna, a divulgação da lei tem encorajado muitas mulheres a buscarem ajuda e a denunciarem vários tipos de violência. Neste primeiro semestre, por exemplo, a instituição realizou 564 atendimentos, sendo 161 denúncias de violência psicológica, 142 de violência moral e 88 casos de violência física.

Muitas mulheres sequer sabem que estão sendo vítimas de violência, o que leva a profissional a acreditar que o aumento também se deve ao fato de mais mulheres terem coragem de romper a cadeia de violência e denunciarem a violência sofrida. “Há um número crescente de denúncias. Em muitos casos, mulheres que sofriam violência há muito tempo têm se informado mais sobre o assunto e estão se empoderando para denunciar esse tipo de violência”, avaliou a advogada.

Antes da sanção da lei as mulheres não possuíam um instrumento legal específico para a violência doméstica, então era necessário recorrer ao Código Penal e, muitas vezes, o agressor ficava impune. “A violência é muito ampla, às vezes a mulher tem filho, ou dependente financeiro e emocionalmente do companheiro e ele não a deixa andar com as próprias pernas”, pontuou.

Desde 2009, a Assembleia Legislativa de Roraima, por intermédio da Procuradoria Especial da Mulher, possui o CHAME, com atendimentos voltados a mulher vítima de violência doméstica e familiar, ou de vulnerabilidade. O atendimento é feito por psicólogos, advogados e assistentes sociais.

Uma das ferramentas de combate à violência contra a mulher desenvolvida pela Procuradoria é o Zap Chame, para atendimentos por mensagem instantânea. Desde que foi criado, mais de 400 mensagens foram encaminhadas para o número (95) 98402-0502, disponível 24h, todos os dias da semana, incluindo sábados, domingos e feriados. Por ele é possível tirar dúvidas sobre como proceder em casos de agressão.

O centro funciona de segunda a sexta-feira, das 7h30 as 13h30, no prédio localizada na rua Coronel Pinto, nº 524, no Centro de Boa Vista, por trás da Assembleia Legislativa.

MARIA DA PENHA – Há 12 anos era sancionada a Lei nº 11.340, batizada com inspiração no caso de Maria da Penha, uma mulher que sofreu duas tentativas de homicídios, uma com um tiro nas costas que a deixou paraplégica e outra por fio elétrico durante o banho. O caso correu na Justiça por quase 20 anos e foi necessária a condenação pela corte interamericana para ter uma solução, momento este em que a OEA (Organização dos Estados Americanos) sugeriu que o Brasil tomasse medidas em proteção às mulheres, com a aplicação de legislação específica.

Violência psicológica é a mais incidente

entre as mulheres que procuram o CHAME

 

A Lei Maria da Penha é a principal legislação brasileira para enfrentar a violência contra a mulher. Mas o que poucos sabem é que a violência doméstica vai muito além da agressão física ou do estupro.  A violência psicológica é a mais incidente nas estatísticas de atendimento às mulheres que buscam o CHAME (Centro Humanitário de Apoio à Mulher).

De janeiro a julho deste ano, 161 casos foram registrados pelo setor de psicologia da instituição. Em segundo vem violência moral, com 142 casos, seguido por violência física, com 88 registros.

Em quarto lugar, a violência patrimonial, quando entra em jogo a retenção de bens ou documentos, com 61 denúncias e a violência sexual, com 19 casos. A equipe registrou ainda que 12 pessoas relataram sofrer por violência cibernética, quando a vida íntima e/ou pessoal é exposta na internet, por meio de redes sociais ou por aplicativos de mensagens instantâneas.

Para a psicóloga Adriana dos Prazeres, a violência psicológica interfere no desenvolvimento pessoal e emocional da vítima. “Não vemos marcas como a de um tapa, um soco, então muitas pessoas vivem a violência psicológica e não percebem. A autoestima destas mulheres começa a baixar, ela pode começar a desencadear uma depressão e se fechar para o mundo vivendo em ambiente violento”, destacou a profissional.

Com isso, a vítima está vulnerável a desencadear uma série de problemas de saúde, como gastrite, enxaqueca, depressão, podendo até chegar ao suicídio. Por isso é importante que a vítima e pessoas próximas enxerguem os sinais deste tipo de violência.  “Se uma pessoa deixou de ser como era antes, está menos ativa,  produtiva, não tem mais convivência com os amigos, está triste, não quer mais sair, e se o companheiro dessa pessoa continua tendo a vida como antes, alguma coisa está errada”, alertou Adriana dos Prazeres.

Além do CHAME, as vítimas – ou qualquer pessoa que testemunhe uma agressão –  podem ligar para o 180 ou procurar a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam).

YASMIN GUEDES

SupCom  ALE-RR