MUCAJAÍ – Núcleo da Assembleia Legislativa abre inscrições para cursos de idiomas

A partir desta quinta-feira os interessados podem se inscrever nos cursos de inglês e espanhol

O Núcleo da Assembleia Legislativa em Mucajaí abre inscrições a partir desta quinta-feira (28), para cursos de inglês e espanhol. No total, foram ofertadas 200 vagas, distribuídas em seis turmas.

As inscrições podem ser realizadas na sede do núcleo, localizado na rua Padre Ricardo Silvestre, 460, Mucajaí, de 8h às 18h30. No ato da inscrição, os interessados devem apresentar cópia do documento de identidade, CPF (Cadastro de Pessoa Física) e do comprovante de residência.

Segundo a coordenadora da instituição, Juliana Cardoso, a expectativa da equipe do é grande em relação ao início dos trabalhos. “Estamos ansiosos e felizes com a chegada desses novos alunos. Venham se matricular e participar, todos são bem-vindos”, disse a coordenadora.

Todos os cursos têm carga horária de 40 horas e estão divididos em turmas kids, básico e intermediário. As aulas vão iniciar a partir no dia 8 de abril. As turmas de inglês e espanhol na categoria kids atenderão crianças na faixa etária de 9 a 14 anos. Os cursos de espanhol básico e intermediário aceitam alunos a partir dos 15 anos de idade.

Núcleo

No ano passado, o Núcleo da Assembleia Legislativa em Mucajaí atendeu 1,8 mil alunos nos cursos ofertados pela Escola do Legislativo e nas modalidades esportivas do Programa Abrindo Caminhos. A meta da instituição este ano é dobrar o número de atendimentos.

“Faço uma avaliação positiva porque atendemos crianças e adultos, como os pais, que fizeram cursos profissionalizante de alimentação saudável, panificação e de confecção de flores em papel. Os resultados foram satisfatórios porque gerou renda às famílias”, disse.

Confira o cronograma de cursos em Mucajaí

 

CURSO HORÁRIO INÍCIO DIAS DA SEMANA VAGAS
Inglês Kids 8h às 10h 09/04 Terça e Quinta 20
Inglês básico 10h às 12h 09/04 Terça e Quinta 50
Espanhol Kids 8h às 10h 08/04 Segunda-feira 20
Espanhol Básico 10h às 12h 09/04 Segunda-feira 50
Espanhol básico 14h às 16h 12 /04 Sexta-feira 50
Espanhol Intermediário 16h às 18h 12/04 Sexta-feira 50

 

Texto: Marilena Freitas

Foto: Eduardo Andrade

Comissão de Saúde cobra prestação de contas da Sesau

Parlamentares pediram esclarecimentos sobre problemas como a interrupção de cirurgias eletivas e falta de materiais médicos e hospitalares

Os membros da Comissão de Saúde e Saneamento da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) encaminharam à Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), um pedido de informação sobre problemas detectados na assistência. Os parlamentares cobraram ainda a prestação de contas que deve ser apresentada pela pasta na Casa Legislativa a cada quatro meses.

A solicitação é o resultado de questionamentos levantados pelos deputados durante as reuniões da comissão. Conforme o presidente do grupo, deputado Neto Loureiro (PMB), foram feitas perguntas sobre Tratamento Fora de Domicílio (TFD), abastecimento, contratos e dívidas. “Queremos saber o que realmente está se passando e o que é necessário para a gente amenizar ou tentar resolver a situação.”

Outro questionamento levantado pelos parlamentares é com relação às cirurgias eletivas no Hospital Geral de Roraima (HGR). Os procedimentos estavam suspensos por uma interdição ética, promovida pelo Conselho Regional de Medicina de Roraima (CRM-RR) no mês de fevereiro, e retornaram no último sábado (23), após uma liminar da Justiça Federal.

“Outra resposta que buscamos, é com relação as cirurgias eletivas que voltaram a acontecer, mas quando fizemos o pedido de informação ainda estavam paradas. Então a gente pergunta isso também e algumas outras situações”, destacou Neto Loureiro.

No próximo mês, o parlamentar ressaltou que irá cobrar uma audiência pública para prestação de contas da Sesau, a qual deve ocorrer a cada quatro meses e que, segundo ele, desde 2017 não é realizada. “Vamos pedir dados, solicitando informações ao governo de relatórios quadrimestrais para ser apresentados em audiência”, concluiu.

Texto: Jéssica Sampaio

Foto: Alex Paiva/ Eduardo Andrade

Instituições concordam que bloqueio da BR-174 deve ser resolvido por meio do diálogo

Representantes presentes em audiência pública promovida pela Assembleia Legislativa defendem retirada da corrente por meio do consenso com os waimiri-atroari

O bloqueio da BR-174 das 18h às 6h da manhã, no trecho da reserva indígena Waimiri-Atroari, foi tema de audiência pública nesta quinta-feira (28) na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), proposta pelo deputado Jeferson Alves (PTB). Foi consenso entre as instituições presentes que é necessário o diálogo entre índios e não-índios para resolver o impasse que diariamente isola Roraima do restante do país por 12 horas.

Os representantes da etnia Waimiri-Atroari não participaram do evento. O resultado da audiência, segundo o deputado, será encaminhado para o Governo Federal. “O governo Bolsonaro teve 70% dos votos em Roraima, prometendo a retirada dessa corrente. Ele tem que se manifestar”, afirmou Jeferson Alves.

Durante o bloqueio, só e autorizada a passagem de ônibus de linha interestadual, caminhões com cargas perecíveis e ambulâncias. Os representantes dos segmentos econômicos do Estado e da Assembleia Legislativa foram unânimes em defender a retirada da corrente.

Representantes do Ministério Público de Roraima (MPRR) e da Universidade Federal de Roraima (UFRR) disseram que o primeiro passo para o diálogo foi a realização da audiência pública, dando oportunidade para ouvir os atores envolvidos no processo, e de se analisar o contexto histórico desse bloqueio.

Sem definir se é favorável ou contra a permanência da corrente, mas contestando o posicionamento dos segmentos econômicos, o líder indígena Anselmo Yanomami, fez vários questionamentos. Se discute a retirada da corrente como se os povos indígenas fossem a única causa do atraso para Roraima”, criticou.

O discurso dele foi contestado pelos parlamentares que participaram da audiência, como Neto Loureiro (PMB). “A corrente é apenas um dos atrasos. Precisamos de diálogo, mas sou a favor da retirada da corrente”, rebateu.

Na mesma linha, a deputada Aurelina Medeiros (Podemos) ressaltou que o direito de ir e vir é para todos. “Não pensamos que os índios são o atraso do Estado, mas que a corrente é o atraso da própria comunidade indígena”, afirmou.

Participaram também da audiência os deputados Éder Lourinho (PTC), que defendeu o fim da corrente de bloqueio, e a deputada Catarina Guerra (SD), que afirmou que o único caminho para a solução é o diálogo, uma vez que tanto os favoráveis quanto os contrários defendem respeito aos seus interesses.

Governo afirma que bloqueio não é regulamentado

O secretário estadual de Planejamento, Marcos Jorge, ressaltou que não há regulamentação legal para a prática. “Parabenizo o Poder Legislativo por essa discussão, pois há uma cultura de se fechar essa corrente por 12 horas, mas não há nenhuma norma que autorize o fechamento. E pensando no desenvolvimento pacífico de todo o estado de Roraima, é que o Governo se manifesta pela retirada da corrente”, disse.

O professor da Universidade Federal de Roraima, Marcos Braga, defendeu o direito de consulta às comunidades indígenas para se encontrar caminhos que resolvam a situação. Ele ressaltou que o cenário atual é bem diferente da época em que o 6º BEC (Batalhão de Engenharia e Construção) colocou a corrente, quando na década de 60 e 70, a etnia foi quase dizimada.

“Temos que levar em consideração a digressão histórica porque o contexto há 40 anos era outro. Discutir junto aos waimiri-atroari uma nova flexibilidade, porque o controle tem que existir”, disse o pesquisador.

Participaram ainda representantes da Fecomércio, Coopertan (Cooperativo de Transporte Autônomo Cargas do Norte), Famer (Federação das Associações de Moradores de Roraima), Sindigrãos (Sindicato das Indústrias de Grãos).

Texto: Marilena Freitas

Foto: Eduardo Andrade

CRISE MIGRATÓRIA – Deputados discutem dados da Operação Acolhida em Roraima

Exército expôs um balanço sobre o primeiro ano da operação; uma audiência pública foi proposta para apresentação dos dados à sociedade

Na tarde desta quarta-feira (27), os deputados da Comissão de Relações Fronteiriças da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) se reuniram com representantes da Operação Acolhida, para tratarem sobre a atual situação da imigração venezuelana no Estado. A reunião foi realizada na 1ª Brigada de Infantaria de Selva, no bairro 13 de Setembro.

Durante a reunião, o Exército apresentou dados sobre o primeiro ano da Operação Acolhida em Roraima, que nos últimos 12 meses desenvolveu uma força-tarefa para o ordenamento da fronteira, acolhimento e interiorização de venezuelanos de Roraima para o restante do país.

Para a presidente da Comissão de Relações Fronteiriças, deputada Ione Pedroso (SD), o encontro serviu para que os parlamentares tenham uma real noção do trabalho da operação no Estado. “Foi de extrema relevância pra gente ter um retorno do trabalho que está sendo feito e manifestar aos nossos pares, a própria Assembleia e a população, sobre esse trabalho feito a frente dessa problemática que estamos enfrentando.”

Ao final da reunião, a deputada Ione Pedroso propôs uma audiência pública para apresentação dos dados à comunidade e para que outras instituições envolvidas possam sugerir providências para que o Estado de Roraima seja menos penalizado pelo acolhimento de imigrantes venezuelanos.

O deputado Renan Filho (PRB) também participou da reunião como membro da Comissão de Relações Fronteiriças, além de Neto Loureiro (PMB), como p da Comissão de Saúde.

Roraima recebe 500 imigrantes por dia, afirma Exército

Conforme os dados apresentados pela Operação Acolhida, chegam ao Brasil aproximadamente 500 venezuelanos por dia, desses, menos da metade solicitam refúgio ou residência temporária. Até hoje 5.121 venezuelanos foram interiorizados à 19 estados do país, a maior quantidade foi para o estado de São Paulo. O processo de interiorização iniciou no dia 5 de abril de 2018.

Para o coordenador-operacional-adjunto da Operação Acolhida, coronel Georges Kanaan, essa força tarefa tem o objetivo de cooperar com os órgãos com relação nas ações humanitária aos imigrantes. Durante a reunião, o Exército manifestou o desejo de transferir a responsabilidade da Operação Acolhida para o Estado, de acordo com o coronel Kanaan, é importante que o governo fique por dentro desse fluxo migratório. “Cabe ao Governo do Estado uma resposta a esse fluxo migratório que está ocorrendo no próprio estado. A operação é uma resposta a essa imigração que vem acontecendo desde 2015 e cresce até se transformar o que encontramos em 2017”, citou.

Sobre o interesse do Poder Legislativo em relação às atividades desenvolvidas pela Operação no Estado, o general Márcio Bessa avaliou de forma positiva a iniciativa. “É importante que todos tenham conhecimento dos resultados da Operação Acolhida, que são realmente grandiosos. É desenvolvido um trabalho em Pacaraima como aqui em Boa Vista e é importante que seja divulgados”, concluiu.

Texto: Jéssica Sampaio

Foto: Alex Paiva