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NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
Servidores participam de ciclo de palestras sobre alimentação e cultivo de hábitos saudáveis

Em alusão à campanha Novembro Azul, voltada à saúde do homem, e ao Dia Mundial do Diabetes, comemorado anualmente em 14 de novembro, o Núcleo de Saúde vinculado à Superintendência de Gestão de Pessoas da Assembleia Legislativa de Roraima promoveu, nesta sexta-feira (26), um ciclo de palestras direcionado aos servidores, no Plenário Deputado Valério Caldas de Magalhães.

“Com a reestruturação administrativa da Casa, o Núcleo de Saúde migrou para a Superintendência de Gestão de Pessoas, o que já caracteriza para a gente o nosso cuidado com o servidor. No mês passado, houve ações e palestras em alusão ao Outubro Rosa. Então, agora nada mais justo que hoje tratemos da saúde do homem e prevenção da obesidade”, afirmou a superintendente de Gestão de Pessoas, Georgia Briglia, ao dar boas-vindas aos servidores.

A proposta do núcleo foi unir homens e mulheres no mesmo espaço e estimulá-los a cultivar hábitos mais saudáveis, além de buscar orientação médica, já que o diagnóstico precoce, especialmente dos cânceres, podem ser determinantes para o sucesso do tratamento.

Saúde integrativa 

Medos e preconceito ainda são os principais motivos que afastam os homens dos consultórios médicos. Com o intuito de desmistificar tabus, para além do exame de próstata, o médico urologista integrativo Mario Maciel abriu o evento com o tema “Saúde: um olhar além do trivial”.

Para ele, as abordagens apenas da doença afastam os homens, que tem uma expectativa de vida inferior à das mulheres. Em parte, porque o machismo os leva a crer que cuidar da própria saúde expõe vulnerabilidades, o que não é “coisa de homem”.

“No homem, falta esse sentimento de amar-se, especialmente nós, latinos. Então, essa questão do machismo é muito forte, e com isso estamos padecendo; 7,2 anos a mais as mulheres vivem em relação aos homens”, disse.

 

 

A herança genética regula apenas 30% da saúde global do homem, enquanto 70% são controlados pelo estilo de vida. Com os hábitos cotidianos influenciando o desenvolvimento de moléstias, o especialista sugere que a medicina se volte para saúde e qualidade de vida dos indivíduos de maneira integrada, e não apenas para o sintoma físico.

“Nós estamos fazendo a medicina da doença, mas o corpo é integrado. Às vezes, a problemática masculina de uma disfunção sexual está na esfera financeira, não na falta de sono. Ou seja, está em outro ambiente sistêmico e não apenas do genital. E é isso que a gente precisa desconstruir, pois, às vezes, o órgão está dando apenas o sinal de alerta, ele não é a causa principal”, explanou.

Ao defender a medicina integrativa, Maciel questionou a plateia sobre a relação do nível de satisfação pessoal e o alinhamento do corpo físico, energético, mental e espiritual. “Faça uma reflexão e procure o melhor momento da sua vida, e você verá que a sua alta performance naquele momento ocorre, pois tudo isso estava alinhado”, argumentou.

A nova perspectiva chamou atenção da servidora Sandra Dresch. Para ela, a palestra trouxe uma dimensão holística do que significa ter saúde. “Nós temos tendência de resolver nossos problemas de saúde com pílulas, mas não resolvemos. Aqui, vimos como é importante o equilíbrio mental, ter fé, ir ao médico, fazer atividade física, ou seja, ter um estilo de vida harmônico para ser saudável”, destacou.

Diabetes e alimentação 

A prevenção e/ou controle do diabetes por meio da alimentação saudável foram discutidos pelos nutricionistas Kethellen Fernandes e Lucas Pires, e a chefe de cozinha Tatiane Afonso. De maneira didática, os palestrantes se revezaram para trazer conceitos, sintomas, principais tratamentos, tanto comportamentais como medicamentosos, e estratégias dietéticas como a dieta DASH (abordagem dietética para interromper a hipertensão, em inglês), que atua na diminuição da pressão arterial, e a low carb (que consiste em diminuir a ingestão de alimentos ricos em carboidratos).

Segundo dados da Federação Internacional de Diabetes (IDF), a doença atinge cerca de 16 milhões de brasileiros de 20 a 29 anos. A principal característica é a elevada concentração de açúcar no sangue, consequência do desregulamento do hormônio insulina, produzido pelo pâncreas.

A atividade física diária e a atenção com a composição e rotulagem nutricional dos alimentos devem fazer parte da rotina de quem quer manter os níveis de insulina regulares, pois se o diabetes não for tratado, há riscos de se agravar ou desenvolver outras enfermidades.

“É uma doença muito séria, pois está relacionada com doenças do coração, aumento do colesterol ruim, cegueira, hipertensão arterial, pode comprometer os rins, reduzir gradativamente as funções das pernas e dos pés”, chamou a atenção a nutricionista Kethellen Fernandes.

O consumo de alimentos voltados para dietas com restrição de açúcares, como os diet, light e zero açúcar, também fez parte do debate. Os termos pomposos costumam confundir o consumidor que, muitas vezes, não sabe qual nutriente teve o valor reduzido, conforme explicou Lucas Pires.

“O diet vai ter uma ausência do açúcar e do carboidrato. Já o light, reduz em torno de 25% o açúcar. E quando nos referimos ao zero, este não tem açúcar adicionado nem o proveniente dos próprios alimentos. A zero adição se deve ao fato de que na sua confecção não foi acrescentado a mais, mas existe o próprio alimento. Por isso, é preciso ver a forma como algumas indústrias fabricam esses alimentos e dar prioridade aos naturais”, destacou.

Prevenir é o melhor remédio 

Além das palestras de conscientização, uma equipe multidisciplinar aferiu a pressão arterial, glicemia capilar e o índice de massa corporal (IMC) dos servidores. Para Antônio Sousa, que sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) em 2017 e descobriu que tinha diabetes numa ação de saúde, o check-up oferecido pela Assembleia Legislativa é uma forma de prevenção que deveria ser seguida por instituições públicos ou privados.

“Isso deveria ser feito por todos os órgãos, porque dá sequência ao tratamento das pessoas que acabam descobrindo que têm algum problema de saúde. Eu já tinha desmaiado uma vez e não sabia por quê. Numa ação da empresa, eu descobri que tinha diabetes”, afirmou.

 

Texto: Suellen Gurgel

Foto: Nonato Sousa

SupCom ALERR

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