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Joaquim Ruiz discorda da criação de campo para abrigar refugiados da Venezuela

“Com o apoio da ONU e do Governo Federal teremos como assentar dezenas de famílias”, disse o parlamentar Joaquim Ruiz.

O deputado Joaquim Ruiz (PTN) é contra a criação de um campo para abrigar os refugiados da Venezuela, alternativa sugerida pela comissão da Organização das Nações Unidas (ONU), que chegou a Roraima nesta quarta-feira, 17, junto com a equipe da Presidência da República, para conhecer de perto a situação dos imigrantes.

O parlamentar sugeriu a criação de um projeto de desenvolvimento na região do Baixo Rio Branco, localizada no município de Caracaraí, na divisa dos estados de Roraima e Amazonas. “Temos uma região geograficamente regularizada, como o Baixo Rio Branco, com uma população extremamente rarefeita, que poderíamos transformar aquela área pobre numa região pujante na produção de alimentos. Com o apoio da ONU e do Governo Federal teremos como assentar dezenas de famílias”, justificou o parlamentar, ao salientar que esse projeto atenderia os imigrantes também de Cuba e do Haiti.

O alojamento na fronteira, disse o parlamentar, seria para fazer a triagem não somente na área de saúde, mas com a ajuda do Sistema Nacional de Emprego verificar a formação profissional, haja vista que na cidade há muitos venezuelanos graduados, pós-graduados, inclusive com mestrado, os quais estão trabalhando em subempregos.

“Há informações que existem mais de quatro médicas se prostituindo nas ruas de Boa Vista porque não têm como trabalhar. Se o governo brasileiro tem o Programa Mais Médicos, para atender os cubanos, porque não abre uma exceção para os venezuelanos que estão em Boa Vista para atender regiões como Uiramutã e o Baixo Rio Branco? É preciso abrir exceção para enfermeiros atender nas regiões onde não temos esses profissionais. Estou falando hoje para que a equipe do governo Temer abra essa exceção”, disse, ao insistir no aproveitamento da mão-de-obra qualificada.

O deputado Mecias de Jesus (PRB) aprovou a sugestão de Ruiz, mas ressaltou que enquanto não houver em Roraima grandes indústrias para atender essa demanda de empregos, o problema vai continuar. Na opinião dele é preciso empenho de toda a nossa classe política do Estado para trazer grandes empresas para gerar emprego. “Quanto à questão dos venezuelanos só há uma solução, um esforço conjunto dos governos federal, estadual e da Venezuela porque não estamos dando conta de solucionar o problema dos nossos profissionais, do nosso povo, e de repente houve essa invasão e, de fato, não podemos virar as costas para eles.  Roraima tem hoje cerca de 50 mil venezuelanos. O Governo Federal tem que intervir e buscar uma solução em conjunto, porque hoje quem padece é Roraima e Amazonas”, disse.

Por Marilena Freitas

SupCom/ALE-RR

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