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Polícia Militar reafirma que foi recebida a tiros em ação no município de Rorainópolis

Na primeira oitiva da Comissão Especial criada na Assembleia Legislativa de Roraima para acompanhar a morte do funcionário do setor madeireiro, Francisco Viana da Conceição, no último dia 31 de janeiro, em Rorainópolis, o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) não enviou representante. Na ocasião a Polícia Militar de Roraima, também envolvida no episódio, reafirmou que a equipe foi recebida a tiros pelos trabalhadores.

A informação foi passada pelo comandante da Cipa (Companhia Independente de Policiamento Ambiental), capitão Paulo Anderson Silva, na tarde desta quinta-feira (6), na presença dos deputados Renan Filho (Republicanos), Betânia Almeida (PV), Chico Mozart (Cidadania) e Éder Lourinho (PTC).

O comandante afirmou que a Polícia Militar destacou oito policiais para acompanharem o Ibama em uma ação na região, diante da denúncia de extração ilegal de madeiras. Segundo ele, ao chegarem no local, a PM abordou os envolvidos, que teriam corrido para a mata e atirado contra a equipe. “Os conhecimentos são relatos de PMs. Quanto ao disparo, não tenho como dizer, pelo relatório, de quem partiu”. As armas, segundo o comandante da Cipa, foram entregues para perícia pela Polícia Federal.

Outras autoridades, como o delegado-geral de Polícia Civil, Herbert Amorim, o delegado de Rorainópolis, Cid Guimarães, e o delegado regional do Sul de Roraima, Fernando Cruz, falaram sobre o que tinham de conhecimento do ocorrido. Eles pontuaram que as investigações estão a cargo da Polícia Federal de Roraima e que os agentes do Ibama buscaram as autoridades federais para esclarecer os fatos.

Interferência em cena do crime dificulta investigação, afirma advogado

No decorrer das oitivas, o advogado da família de Francisco, Lauro Augusto Nascimento, falou que não houve preservação do local do crime e que a polícia “depositou” o corpo no hospital regional sem identificar a vítima, e acrescentou ainda que os militares não procuraram a delegacia para prestar esclarecimentos sobre o ocorrido. “Existem pessoas e há uma preliminar da dinâmica de todos os fatos. O resto agora é com a Polícia Federal”.

Participou ainda o prefeito de Rorainópolis, Leandro Pereira (SD), que falou sobre o sentimento de revolta dos moradores pela morte de Francisco, considerado na região como uma pessoa “tranquila e pacata”.

Próximos passos

Diante da ausência do representante do Ibama, a Comissão Especial Externa reconvocará a instituição para esclarecer informações que ficaram vagas nesta primeira oitiva. “Infelizmente pouco foi falado e já no final, através do advogado da família, tivemos conhecimento de que possivelmente o tiro veio de um policial militar e isso não podemos afirmar”, frisou o presidente da comissão, deputado Renan Filho.

Todas as informações serão anexadas a um relatório a ser produzido pela relatora, deputada Betânia Almeida. “Vamos ouvir ainda, se possível, o delegado da Polícia Federal. Os depoimentos e as informações nos ajudarão e tenho certeza que não será um caso de difícil elucidação”. A parlamentar lamentou que o ocorrido tenha deixado uma viúva e cinco filhos sem pai.

Texto: Yasmin Guedes

Foto: H. Emiliano

SupCom ALE-RR

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