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Renato Silva demostra preocupação com mortes na única maternidade pública de Roraima

Durante a sessão plenária da Assembleia Legislativa de Roraima na manhã desta terça-feira (03), o deputado Renato Silva (Republicanos) usou a tribuna para demostrar preocupação com o número de óbitos no Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth. Conforme o parlamentar, em 2019, um bebê morreu a cada dois dias, um total de 170 óbitos no ano.

Durante seu discurso, o deputado apresentou dados que, na avaliação dele, são preocupantes. “Nos últimos cinco anos foram registrados 1.600 óbitos fetais e infantis e 38 óbitos de mães. Nesse período, outras 896 mortes de mulheres em idade fértil foram registradas pela maternidade. Traçando um perfil destas pacientes, as mulheres indígenas são as que mais morrem”, informou.

Renato também demonstrou apreensão diante do cancelamento das cirurgias na maternidade e com o alto índice de pacientes estrangeiras, o que causa superlotação na unidade.

Após a fala do deputado, o presidente da Assembleia Legislativa, Jalser Renier (Solidariedade), explicou que medidas estão sendo tomadas diante da situação da saúde pública no Estado. “Estamos em contato com todos os médicos da cidade e do interior, para que possamos evoluir em uma audiência pública, com objetivo de apresentar proposta para o Governo através de todos os profissionais daquela instituição”.

Renato Silva destacou ainda o trabalho realizado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde, que tem constatado irregularidades tanto no hospital materno quanto em outras unidades. “Tudo que a CPI da Saúde viu na maternidade continua do mesmo jeito, nada muda, e quem sofre são as mães que dependem daquele lugar”.

Fechamento da BR-174

Também durante sessão plenária desta terça-feira (3), o deputado Jeferson Alves (PTB) usou a tribuna para defender a liberação da BR-174, rodovia que liga Roraima ao restante do país, cruzando a Terra Indígena Waimiri-Atroari, onde a rodovia é bloqueada todos os dias, das 18h às 06h. “Tomei uma atitude em um ato simbólico de retirar a corrente do Jundiá. Através desse ato quis dizer para todo o Brasil que Roraima não pode viver isolado do restante do país.”

O deputado se defendeu das acusações de cárcere privado, depredação do patrimônio público e invasão de terra indígena. “Isso não é verdade. Não tenho nada contra os povos indígenas, eu tenho contra fechar uma BR e isolar o Estado. A corrente está há mais de trinta anos, é ninguém faz nada, não posso aceitar isso”.

Jeferson criticou a atuação de ONGs (Organização Não Governamentais) ligadas aos povos indígenas, e cobra providências das instituições responsáveis. “Vemos os indígenas jogados à própria sorte, e cadê essas instituições que dizem que são a favor deles, estão me criticando, porém estou fazendo minha parte em não aceitar que essa situação continue assim.”

Texto: Ana Lucia Montel

Foto: Jader Souza

SupCom ALE-RR

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