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Lei cria programa de educação financeira para crianças e adolescentes nas escolas públicas

A última semana de maio deve ser dedicada ao estímulo à educação financeira para crianças e adolescentes da rede pública de educação em Roraima. É o que define a Lei nº 1.428/20, promulgada pela Assembleia Legislativa de Roraima, para criação do Programa Estadual de Educação Financeira Escolar.

O programa busca tornar a educação financeira acessível a todos os estudantes da rede pública, com atividades, conteúdos lúdicos e conceitos básicos sobre o tema. A escolha da última semana do mês de maio como a Semana Estadual de Educação Financeira, coincide com a data definida pela Confederação Nacional de Educação Financeira (Conef) para realização de eventos nacionais.

A autora da proposta, deputada Catarina Guerra (SD), explica que a motivação partiu de conversas com adolescentes, que apresentaram esta necessidade. “Estudos comprovam que adultos que tiveram acesso a essas informações desde criança se tornaram pessoas saudáveis financeiramente”, justificou a parlamentar. A lei foi promulgada pela Assembleia Legislativa em agosto de 2020.

Com esta visão de independência, a adolescente Sabrina Alves, de 15 anos, sabe aproveitar cada centavo disponibilizado pela mãe. Por isso, ela pesquisou na internet mecanismos para fazer render a mesada. “Como eu tava recebendo a mais, eu vi que eu poderia guardar para usar em algo no futuro”, frisou.

Com meio salário mínimo, Sabrina paga as contas, compra algo para si e guarda o restante. Ela conta que este programa vai auxiliar outros jovens a usarem de maneira correta o dinheiro, o que pode ajudar até mesmo no orçamento da família. “Seria bastante interessante porque ajudaria sim”.

Escola particular adota disciplina há sete anos

Ao menos uma vez por semana, os estudantes do ensino fundamental I e II de uma escola particular localizada no Centro de Boa Vista recebem orientações sobre uso de dinheiro, cartões ou investimento financeiro. A gestora pedagógica Susanmara Nascimento conta que inserir projetos voltados a este assunto se tornou necessário devido à relação de consumo entre os estudantes dentro do ambiente escolar.

“Em 2014 a escola implantou como componente curricular e os alunos têm aula uma vez por semana, do 1º ao 9º ano. Eles têm essa disciplina ofertada em todo ensino fundamental”, explicou Susanmara.

Para atender a todos os estudantes, a escola segmentou a abordagem. Do 1º ao 5º ano, por exemplo, um pedagogo explica como surgiram as moedas, como funciona e como circulam. Para os alunos do 6º ao 9º ano, um professor de matemática trabalha orçamento familiar, fluxo de caixa, cartões de crédito e débito e investimentos.

Os ensinamentos são aplicados na prática, com a realização de eventos como feiras, criação de materiais e venda de itens para amigos e familiares. Parte do dinheiro retorna aos estudantes e a outra parte é doada.

Texto: Yasmin Guedes

Foto: Eduardo Andrade

SupCom ALE-RR

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