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TRÁFICO DE PESSOAS – Live transmitida pela TV Assembleia orienta população sobre o segundo crime mais lucrativo do mundo

Em alusão ao Dia Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, a TV Assembleia (canal 57.3) transmitiu uma live pela plataforma Zoom Online com o tema “Combate ao tráfico de pessoas”, realizada nesta sexta-feira (30).

O fórum foi realizado pelo Programa de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), e mediado pela deputada Lenir Rodrigues (Cidadania), presidente do programa.

Especialistas e representantes de entidades nacionais e internacionais debateram sobre propostas de ações de combate ao tráfico humano. Os internautas também acompanharam a live nas redes sociais do Poder Legislativo via Facebook e YouTube (@assembleiarr).

Mulheres e crianças são as principais vítimas da exploração sexual, trabalho escravo, remoção de órgãos e de outras práticas criminosas, considerado o segundo crime mais lucrativo do mundo, perdendo apenas para o tráfico de armas. A constatação foi discutida por todos os convidados.

No âmbito estadual o tema é política pública na ALE-RR por meio do projeto ‘Educar é Prevenir’, que parte do Programa de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania. O público alvo do projeto são as escolas públicas estaduais da capital e do interior.

Lenir Rodrigues é presidente do Programa e destaca a importância do diálogo na formação e divulgação do tema à sociedade. “O programa Educar é Prevenir acolhe, auxilia as vítimas. Uma das coisas que temos que trabalhar é a questão do acolhimento da vítima e o acompanhamento psicológico. É importante fazer a retomada da vida, e isso ajudamos a fazer. O tráfico de pessoas é algo muito mais grave do que a gente imagina. Nós temos os mecanismos de defesa e trabalhamos com muita dedicação na Assembleia Legislativa”, afirmou a parlamentar.

O coordenador do Centro de Promoção às Vítimas de Tráfico de Pessoas da ALE-RR, Glauber Batista, destacou o trabalho importante da instituição no combate ao crime. “Trabalhamos a prevenção e o atendimento à vítima. Temos uma equipe especializada para fazer este atendimento humanizado. Fazemos o relatório e a encaminhamos ao órgão competente”, explicou.

A coordenadora de Proteção da Organização Internacional para Migrações da ONU (OMIRR), Giulia Camporez, fez um recorte contextualizando a população imigrante, as quais são vítimas em potencial do crime.

 “O crime de tráfico de pessoas é muito mais amplo e não é restrito à população imigrante. Ocorre desde antes deste fluxo migratório intenso que vivemos hoje em Roraima. Porém, a vulnerabilidade dessas pessoas agrava a situação. A remoção de órgãos também é uma realidade”, afirmou.

A juíza de Direito do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), Graciete Sotto Mayor, afirmou que a população vulnerável é o alvo mais atingido pelo crime, e que a legislação assegura os direitos das vítimas.

“Além das mulheres, as crianças foram inseridas nessa realidade. É uma grave violação dos direitos humanos. Esse crime tem raízes na escravidão, entretanto, foi com a exploração sexual que o tráfico de pessoas começou a chamar atenção e ter mais visibilidade jurídica”, destacou.

Membro do Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual de Crianças e Adolescentes, Socorro Santos, fez uma linha do tempo sobre o crime em Roraima. “Em 1996 fizemos a primeira pesquisa no Estado sobre a realidade do abuso e violência contra criança. Depois que formamos a primeira equipe multiprofissional, anos depois, vimos que o crime começou a surgir. Já resgatamos mais de 35 mulheres”, relembrou.

A policial Rodoviária Federal (PRF), Verônica Cisz, apresentou as ações desenvolvidas pela instituição para combater o tráfico de pessoas por meio do “Projeto Mapear”. O programa faz um levantamento dos pontos mais vulneráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes em todas as rodovias federais.

“É um trabalho que preza pelos direitos humanos. Mapeamos pontos que poderiam ter a possibilidade da exploração sexual, e foi aí que esse trabalho cresceu. Vimos que o trabalho escravo passou a fazer parte também do nosso dia a dia. É uma realidade muito difícil”, apontou.

AÇÃO

No sábado (31), das 16h até às 22h, será realizado um evento no shopping do Bairro Caçari para sensibilizar a sociedade sobre o crime de tráfico de pessoas nas diferentes modalidades. Durante a programação serão entregues cartilhas informativas e haverá a exposição de modelos vivas.

Texto: Kátia Bezerra
Foto: Reprodução TV Assembleia
SupCom ALE-RR

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