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Presidente da Funai se reunirá com indígenas Waimiri-Atroari para tratar do Linhão de Tucuru

Outro ponto a ser discutido durante a reunião é sobre uma demanda das comunidades Samaúma, Itaquera, Xixuaua, localizadas na região do Baixo Rio Branco e no rio Jauaperi.

O presidente interino da Funai (Fundação Nacional do Índio), Franklimberg Ribeiro de Freitas, estará em Roraima nos dias 26 e 27 de setembro para participar de uma reunião com os indígenas da comunidade Waimiri-Atroari e representantes da Ong (Organização não governamental) TWA. Na pauta, a retirada da corrente na BR-174, obra do Linhão de Tucuruí e outras questões que envolvem comunidades do Baixo Rio Branco. A informação é do vice-presidente da Assembleia Legislativa de Roraima, deputado Coronel Chagas (PRTB), que está em Brasília, onde participou nesta quinta-feira, 24, como presidente do Parlamento Amazônico, de alguns encontros.

Segundo Coronel Chagas, a visita do Parlamento Amazônico a Funai se deu em razão das questões que estão dificultando o crescimento econômico de Roraima, principalmente por conta da situação existente na terra indígena Waimiri-Atroari, no que se refere ao impedimento da liberação da obra que vai interligar Roraima ao SIN (Sistema Interligado de Energia), por meio do Linhão de Tucuruí. “Viemos pedir ao presidente da Funai seu empenho, para que ele possa deliberar e a Funai dá a autorização para que seja reiniciada essa obra. Ele [Franklimberg Freitas] nos informou que durante a reunião no final de setembro, vai tentar obter com os indígenas o consentimento para liberação dessa obra”, declarou o parlamentar.

Outro ponto a ser discutido durante a reunião é sobre uma demanda das comunidades Samaúma, Itaquera, Xixuaua, localizadas na região do Baixo Rio Branco e no rio Jauaperi, que vivem do extrativismo vegetal (extração da castanha do Pará), onde há 10 anos existe uma corrente no rio colocada pela comunidade Waimiri-Atroari e pela Ong TWA, que impede os ribeirinhos de acessarem, por meio do rio Jauaperi, uma área extrativista, que é fonte de renda dos ribeirinhos.

Coronel Chagas disse que existe uma iniciativa do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Biodiversidade) em criar uma reserva extrativista nessa região, para que as comunidades façam o extrativismo da castanha. “O ICMBio precisa do consentimento da comunidade Waimiri-Atroari”, comentou. “Importante destacar que levamos outra demanda ao presidente da Funai, referente aos estados do Amazonas e Roraima, que é sobre a colocação da corrente que impede o trânsito de pessoas e de veículos na BR-174, em um trecho dentro da reserva indígena Waimiri-Atroari. Protocolamos um documento externando nossa indignação com essa situação, e o presidente Franklimberg disse que vai se empenhar, mas no primeiro momento vai dar prioridade em resolver a questão da obra do Linhão de Tucuruí, que é uma situação urgente, pois ele quer que Roraima tenha energia segura e confiável”, afirmou.

Parlamento Amazônico – Coronel Chagas também participou de uma reunião administrativa do Parlamento Amazônico. Ficou deliberado que a próxima encontro do grupo será em setembro, em Manaus, com data a ser definida. Em 26 de outubro, será na Assembleia Legislativa de Rondônia, e terá duas palestras: uma sobre a recuperação da BR-319 que liga Manaus a Porto Velho, única estrada que chega ao sul do Brasil partindo de Boa Vista ou Manaus, e a outra tratará sobre mineração em terras indígenas.

Além de Coronel Chagas, participaram os deputados roraimenses Gabriel Picanço (PRB), Chico Mozart (PRP), Naldo da Loteria (PSB), Masamy Eda (PMDB) e Soldado Sampaio (PCdoB).

Por Edilson Rodrigues

SupCom/ALE-RR

 

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