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Assembleia Legislativa encaminhará para autoridades dados apresentados em audiência

Durante a audiência pública realizada na tarde desta quinta-feira (15) no plenário Deputada Noêmia Bastos Amazonas, da Assembleia Legislativa de Roraima, com o tema ‘Campanha da Fraternidade 2018: Fraternidade e Superação da Violência’ com o lema ‘Em Cristo somos todos irmãos (Mt 23,8)’, representantes de segmentos sociais, de órgãos públicos e religiosos, apresentaram dados referentes aos índices de violência no Estado.

O autor do requerimento para realização dessa audiência, deputado Evangelista Siqueira (PT), aproveitou para expor alguns números relevantes que mostram Roraima como o Estado em que há mais mortes de mulheres no País e que o Brasil é o quinto país mais perigoso do mundo para as mulheres. Houve ainda um aumento de 113% de homicídios entre 2005 a 2015.

Contou que a audiência teve o propósito de discutir o tema violência como um todo e traçar um caminho para melhorias no futuro. “Não podemos nos calar, pois Boa Vista Roraima estão crescendo em termos populacionais e o fluxo de violência é comum nesses lugares? Não”, questionou o parlamentar.

Entre os participantes a integrar a mesa de trabalhos da audiência, o Bispo Dom Mário Antonio da Silva falou sobre a importância da união entre todos os cidadãos, para juntos colocarem um fim na violência. Apresentou trechos do Texto-Base, discutido entre as comunidades católicas e paróquias no intuito de traçar metas. “Somos irmãos em Cristo e a campanha nos convida a viver em família. A campanha é um grande convite e que haja o perdão e a conciliação. Nossas comunidades estão se reunindo, discutindo o texto-base e propostas para prática da justiça, através do diálogo, da união, da comunhão, da solidariedade com o próximo”, contou.

O coordenador da Campanha da Fraternidade em Roraima, Irmão Danilo Correia, destacou que o tema propõe a superação da violência. “Se somos irmãos, por que a violência, a prostituição, a xenofobia, a corrupção? Com esse evento aqui a gente acredita que possa sair ideias concretas em se tratando de políticas públicas e os próximos passos serão fazer valer os compromissos firmados nas paróquias”, ressaltou.

A audiência pública foi marcada ainda por diversas abordagens sobre a morte da vereadora Mirelle Franco (PSOL/RJ), com quatro tiros na cabeça, ocorrido na noite dessa quarta-feira (14). Os participantes lamentaram a forma como o caso aconteceu e usaram esse crime como resultado do aumento da criminalidade.

O coordenador Geral da Atenção Básica do Estado de Roraima, Sandro Marley Fernandes, ressaltou que a violência atingiu vários níveis com crescimento nas taxas de acidentes de trânsito, de homicídios, lesões, entre outros. Apontou que a violência no trânsito atingiu pouco mais de 7 mil pessoas nos últimos três anos.

Além desses dados, o coordenador Diocesano da Pastoral da Juventude, Leonardo Brito, falou que em Roraima é crescente o número de homicídios envolvendo os jovens e que não há políticas direcionadas para conter esse avanço, a começar pela ausência de dados estatísticos sobre esse tipo de crime contra jovens.

Ao final, o deputado Evangelista Siqueira abriu um espaço para que os participantes da audiência pública colaborassem com informações pertinentes ao tema. Entre as pontuações apresentadas pelo presidente da Central Única dos Trabalhadores do Estado de Roraima (CUT), Gilberto Rosas, o combate a violência será mais eficaz com a união de todos os Poderes, em todas as esferas. “A violência não tem cor, não tem credo e não tem raça”, disse ele.

A professora universitária Antônia Costa pediu para que as autoridades olhassem com mais atenção para ações violentas quanto ao uso da água no Estado. Além disso, solicitou campanhas para acabar com a violência nas redes sociais e nos meios de comunicação. “É triste uma mãe ter um filho assassinado e saber primeiro pelas redes sociais”, complementou.

Todas as demandas apresentadas nesta audiência serão encaminhadas para representantes do Governo de Roraima, para Prefeitura de Boa Vista e Governo Federal. “Todas as demandas serão encaminhadas para todos os Poderes cobrando uma atitude dentro da função de cada um”, explicou Evangelista Siqueira.

Por Yasmin Guedes

SupCom/ALE-RR

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