Núcleo Reflexivo Reconstruir repassa orientações sobre violência doméstica na Defensoria Pública

Trabalho desenvolvido pela Procuradoria Especial da Mulher quer que autores de violência contra a mulher repensem suas atitudes por meio do diálogo

A equipe do Núcleo Reflexivo Reconstruir, da Assembleia Legislativa de Roraima, ministrou uma palestra sobre Lei Maria da Penha e feminicídio, nesta segunda-feira (8), na Defensoria Pública do Estado (DPE). A ação faz parte do projeto Diálogo na Sala de Espera, com intuito de levar informações sobre vários assuntos para quem estiver aguardando por atendimento na instituição.

O Núcleo Reflexivo Reconstruir é uma ação da Procuradoria Especial da Mulher (PEM), para que homens autores de violência contra a mulher repensem suas atitudes por meio do diálogo. A psicóloga do núcleo, Antônia Loreto, tirou dúvidas dos participantes e informou como funciona o serviço. “Levar essa informação, principalmente para o público masculino, é uma forma de quebrar o tabu, mostrar que o homem que deseja mudar o comportamento agressivo podem recorrer ao Núcleo Reconstruir”, explicou.

Antônia destaca que muitos casos foram detectados por meio das palestras. Para ela, abordar esses assuntos com o público masculino ajuda a interromper o ciclo de violência, e tornar eles multiplicadores de conhecimento. O aposentado Claudemir Araújo, de 45 anos, foi uma das pessoas que assistiu à palestra. “Muito interessante saber dos direitos tanto da mulher como do homem. A partir do momento em que a pessoa não sabe do seu direito, acaba ferindo o outro, então é importante conhecer”, explicou.

O projeto Diálogos na Sala de Espera é fruto de uma parceria entre a ALE-RR e a DPE, por meio da qual já foram realizadas palestras sobre assuntos como direitos do consumidor, educação e saúde.

Núcleo Reconstruir

O Núcleo Rescontruir faz parte da Procuradoria Especial da Mulher e atua na ressocialização do agressor para interromper o ciclo de violência e proteger futuras vítimas. Uma vez por semana são realizados os encontros em grupo, com palestras e rodas de conversa. Lá, eles são instigados a refletir sobre as questões de gênero e a Lei Maria da Penha. Além disso, fala-se sobre paternidade, família, autoestima, drogas e álcool. Os homens também são atendidos individualmente por uma equipe multiprofissional composta por psicólogo, assistente social, advogado e pedagogo.

Texto: Vanessa Brito

Foto: Eduardo Andrade

SupCom ALE-RR

Procuradora da mulher cobra delegacia especializada 24 horas

Reivindicação foi feita em evento sobre políticas públicas na Câmara Municipal de Boa Vista

 

Durante audiência pública sobre a Campanha da Fraternidade 2019, cujo tema é “Fraternidade e Políticas Públicas”, a Procuradora Especial da Mulher, Lenir Rodrigues (Cidadania), cobrou o funcionamento de uma delegacia especializada em violência doméstica e familiar, com plantão de 24 horas, visto que atualmente esse serviço não existe em Roraima.

O evento foi realizado na Câmara Municipal de Boa Vista (CMBV), nesta sexta-feira (5), e contou também com a presença dos deputados: Catarina Guerra (SD), Evangelista Siqueira (PT) e Nilton do Sindpol (Patriota).

A Procuradoria Especial da Mulher faz parte da estrutura da Assembleia Legislativa de Roraima, órgão que busca a promoção de políticas de proteção à mulher, além da luta contra a violência e as todas as formas de discriminação.

Durante o discurso, Lenir Rodrigues também reivindicou a existência de órgãos municipais e nas comunidades indígenas que promovam este tipo de ação. “Roraima possui altos índices de feminicídio, violência doméstica e tráfico humano. Precisamos trabalhar em rede e valorizar as ações de cada órgão e movimento”, disse

O encontro foi uma iniciativa da vereadora Magnólia Rocha (PRB), para permitir o acesso e a participação de todos os segmentos da sociedade na discussão. Ela explica que após ouvir as demandas, será elaborado um documento com todos os pontos abordados, o qual será enviado para os orgãos competentes. “Vamos acompanhar e esperamos que eles possam acolher as sugestões”, disse.

Audiência

A Assembleia Legislativa também realizou uma audiência pública para discutir políticas em âmbito estadual, tendo como ponto de partida o tema da Campanha da Fraternidade 2019, que traz como lema “Serás Libertado pelo Direito e pela Justiça”.

O evento foi realizado no último dia 29, proposto pelo deputado Evangelista Siqueira, e resultou em uma Carta de Intenção com todos os pontos abordados, assinada pelos representantes dos organismos governamentais e não-governamentais e encaminhada ao Governo do Estado, Ministério Público Estadual de Roraima (MPRR), aos deputados federais e senadores. Na ocasião, os participantes pediram a efetivação de direitos e políticas públicas para a população roraimense.

Texto: Vanessa Brito

Foto: Eduardo Andrade

SupCom ALE-RR

Palestras ajudam vítimas a identificar violência doméstica

Violência psicológica é tipo de agressão mais recorrente e desconhecida pelas mulheres

Muitas pessoas são vítimas de violências e não conseguem perceber que estão sofrendo agressão, ameaça ou ofensa. Por este motivo, a Procuradoria Especial da Mulher (PEM), ligada à Assembleia Legislativa de Roraima, tem realizado uma série de palestras por todo o Estado, com foco de informar sobre as leis de proteção, os tipos de violência doméstica e sobre a saúde da mulher.

Neste mês já foram realizadas palestras em Boa Vista, Caracaraí, Alto Alegre, Pacaraima e Cantá. A cada ação realizada, uma ou várias mulheres sentem como se as palavras estivessem sendo ditas diretamente para elas. “Disseram muita coisa que eu não estava ciente. Uma palavra dói mais do que um tapa e eu não sabia que isso era um crime”, disse uma das espectadoras da palestra ministrada pela equipe do Chame (Centro Humanitário de Apoio a Mulher) na última sexta-feira (22), no Cantá.

Violência psicológica

Diferente do que se imagina, não é preciso ser agredida fisicamente para estar em uma relação violenta. Algumas palavras e atitudes podem ferir a autoestima de uma mulher tanto quanto. E isso tem nome: violência psicológica. Esta é a forma mais subjetiva e, por isso, difícil de identificar.

A advogada do Chame, Fabiana Baraúna, explica que a violência psicológica é o tipo de agressão menos conhecida pelas mulheres. “A palestra é uma forma de quebrar esse ciclo de violência. Muitas mulheres quando passam por essa situação, não sabem o que fazer e desconhecem os seus direitos”, informou.

Segundo definição da Organização Mundial de Saúde (OMS) a violência psicológica é entendida como: “Qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação.”

Quem se identificar em uma situação de violência ou ainda a instituição que quiser solicitar uma palestra do Chame, pode procurar a instituição pelo na rua Coronel Pinto, 524 ou pelo telefone (95) 98801-0522. As vítimas podem ter atendimento ainda por meio do ZapChame 98402-0502, que funciona 24 horas, todos os dias, e atende pessoas tanto da Capital quanto do Interior.

Texto: Vanessa Brito

Foto:  Eduardo Andrade

SupCom ALE-RR

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA – Parceria busca a reabilitação de homens agressores por meio de diálogo e cursos profissionalizantes

Assembleia Legislativa e Tribunal de Justiça iniciaram discussões para formalizar parceria no próximo mês

Os poderes Legislativo e Judiciário iniciaram as discussões para elaborar um projeto que sensibilize réus em processos por violência de gênero. A intenção é primeiro fazê-los repensar a atitude praticada por meio do diálogo, em seguida, dar a eles a prioridade em cursos profissionalizantes, para contribuir com o processo de “reabilitação” e diminuir as chances de reincidência.

A proposta foi apresentada no fim da tarde desta quinta-feira (22) ao presidente da Assembleia Legislativa, Jalser Renier (SD), pela juíza Maria Aparecida Cury, titular do 1º Juizado de Violência Doméstica do Tribunal de Justiça de Roraima.

A intenção é que estes homens tenham prioridade em cursos preparatórios ofertados pela Escola do Legislativo. Mas antes disso, eles terão que participar dos trabalhos de sensibilização realizados no Núcleo Reflexivo Reconstruir, projeto da Procuradoria Especial da Mulher, da Assembleia Legislativa de Roraima, que por meio do diálogo, faz os homens pensarem sobre suas condutas.

A juíza Maria Aparecida Cury explicou que a Procuradoria Especial da Mulher/ALE-RR foi referência por ter um trabalho consolidado na proteção à mulher. “O Chame [Centro Humanitário de Apoio à Mulher] trabalha essa questão da violência doméstica há muito tempo, com um trabalho também voltado aos homens, com grupos reflexivos. Precisamos conversar com os homens sobre a violência doméstica e familiar e sobre a desigualdade de gênero.”

A procuradora Especial da Mulher, deputada Lenir Rodrigues (PPS), afirma que o Núcleo Reflexivo Reconstruir realiza um trabalho com homens já sentenciados. A equipe realiza um trabalho psicológico e educativo para tentar fazer com que eles não voltem a cometer violência doméstica e familiar.

Já a parceria proposta pelo Tribunal de Justiça busca trabalhar os homens ainda na fase processual inicial, ou seja, antes da sentença. “Para nós é uma honra poder colocar a nossa experiência e nosso grupo técnico à disposição do Tribunal para colaborarmos no projeto do TJ.”

Reconstruir

O Núcleo Reflexivo Reconstruir utiliza o diálogo para sensibilizar o autor da violência, para minimizar as chances de reincidência. Uma vez por semana são realizados encontros em grupo, com palestras e rodas de conversa. Lá, estes homens são instigados a refletir sobre as questões de gênero e a Lei Maria da Penha. Além disso, fala-se sobre paternidade, família, autoestima, drogas e álcool.

Os agressores são apenados do Tribunal de Justiça, encaminhados para o Núcleo pelo juiz da Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas (Vepema); Centro Humanitário de apoio à Mulher (Chame), demais entidades do Poder Público. Homens da sociedade em geral também podem buscar voluntariamente o grupo de apoio.

O Núcleo Reflexivo Reconstruir está localizado na avenida Ville Roy, nº 5.717, Centro – 2º andar, sala 204. Os atendimentos acontecem das 7h30 às 13h30, se segunda à sexta-feira.

Texto: Yana Lima

Foto: Procuradoria Especial da Mulher

SupCom ALE-RR

Ações da ALE-RR voltada para mulheres são destaque em Santa Catarina

Deputada Lenir Rodrigues representou instituição em evento de comemoração ao Mês da Mulher

A procuradora especial da Mulher, deputada Lenir Rodrigues (PPS), apresentou os trabalhos realizados pelo Poder Legislativo roraimense na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). O evento foi realizado na noite desta segunda-feira (18), como parte da programação em referente ao Mês da Mulher.

O convite partiu da Bancada Feminina da Alesc, em parceria com o Fórum Suprapartidário. A Procuradoria Especial da Mulher é responsável por ações como o Centro Humanitário de Apoio à Mulher (Chame), Núcleo de Prevenção ao Tráfico de Pessoas e rodas de conversa envolvendo homens com histórico de violência doméstica (Núcleo Reflexivo Reconstruir).

No evento, a deputada Lenir Rodrigues ministrou a palestra “Políticas Afirmativas de Proteção à Mulher”. “Me lançaram esse convite para que eu pudesse apresentar, como titular da Procuradoria, os trabalhos que realizamos no nosso Estado, por considerarem como um exemplo a ser seguido lá”, destacou.

O convite partiu da deputada Ana de Luca (MDB), coordenadora da Bancada Feminina da Alesc. A parlamentar ressalta a importância de tratar sobre políticas voltadas para o público feminino. “Convidamos a deputada Lenir pelo seu desempenho à frente da Procuradoria Especial da Mulher em Roraima, porque tenho certeza que juntas somos mais fortes se, cada vez mais, tratarmos das políticas afirmativas para a mulher”, pontou.

Durante todo o mês de março a bancada feminina de Santa Catarina promoverá uma programação em prol da mulher, em homenagem ao mês da mulher. Para o evento foram convidados nomes de renome nacional, atuantes no combate à violência doméstica.

Texto: Jéssica Sampaio

Foto: Imprensa Alesc

SupCom ALE-RR

Chame orienta mulheres sobre sintomas e tratamento da endometriose

Palestra foi realizada na Defensoria Pública Estadual; programação segue ao longo do mês

A Procuradoria Especial da Mulher, por meio do Chame (Centro Humanitário de Apoio à Mulher), ministrou na manhã desta quarta-feira (13) uma palestra sobre endometriose para as pessoas que buscam os serviços ofertados pela Defensoria Pública do Estado (DPE).

Na ocasião foram divulgados os sintomas da doença e a Lei nº 1.111/16, de autoria da deputada Lenir Rodrigues (PPS), que institui a Semana Estadual de Educação Preventiva e de Enfrentamento à Endometriose. O evento faz parte do calendário oficial do Estado no dia 13 de março, data em que foi realizada a 1ª Endo Marcha no Brasil.

A programação segue ao longo do mês. As próximas palestras serão ministradas nos municípios de Alto Alegre (dia 15) e Cantá (dia 22), a 95 e 38 quilômetros de Boa Vista. Também serão realizadas panfletagens no centro da cidade para orientar mulheres sobre os sintomas, para que elas busquem acompanhamento médico.

“Essa é uma semana para levar a informação à sociedade roraimense, e esse [Defensoria Pública] é um espaço propício porque atende a população de menor poder aquisitivo. É uma oportunidade de mostrar que a lei estadual veio para instituir dentro da saúde um atendimento especializado”, explicou Socorro Santos, membro da Procuradoria Especial da Mulher.

A dona de casa Yla Maria Vieira Oliveira, de 40 anos, diz que nunca teve problemas com dores menstruais, mas avalia o tema da palestra como de utilidade pública. “Não conhecia a lei, mas achei muito importante a palestra porque ajuda as mulheres a saberem sobre a endometriose e a buscarem ajuda junto a um profissional de saúde.”

O assessor especial da DPE, Celson Figueiredo, disse que a parceria com a Assembleia Legislativa tem um efeito preventivo na vida das pessoas que buscam atendimento na instituição. “A Defensoria acha importante essas palestras porque, enquanto os assistidos aguardam atendimento, tiram proveito dessas informações. Muitos não sabem que existe essa doença, tampouco que existe uma semana voltada para a conscientização.”

Sintomas da endometriose

O enfermeiro Felipe Ramos falou sobre os sintomas provocados pela doença, causada pela migração de parte do revestimento do útero (endométrio) para fora dele. Com isso, são gerados cistos, cicatrizes ou aderências. Embora nem todas as mulheres com endometriose apresentem sintomas, a doença pode provocar dor intensa

“Durante o período menstrual há um incômodo, mas todo incômodo em excesso é um indicativo de que algo não está normal”, afirmou, ao ressaltar que dores nas pernas, nas costas, durante ou após a relação sexual também são indicativos de endometriose.

Ele recomenda que as mulheres com esses indícios procurem o mais rápido possível um clínico geral e comunique o que está sentindo, para que esse profissional de saúde a encaminhe para um especialista e o tratamento seja iniciado.

Texto: Marilena Freitas

Foto: Alfredo Maia

SupCom ALE-RR

Procuradoria Legislativa realiza “Roda de Conversa com Mulheres” na Assembleia Legislativa de Roraima

Assuntos como violência doméstica e direitos da mulher foram debatidos durante bate papo

Dando continuidade as celebrações do Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia último dia 8 de março, a Procuradoria Geral da Assembleia Legislativa de Roraima, realizou na tarde desta segunda-feira (11), no plenário Deputada Noêmia Bastos Amazonas, uma “Roda de Conversa com Mulheres” com o intuito de homenagear servidoras e convidadas, com assuntos relacionados a independência, direito, família e política.

Para o evento, foram convidadas mulheres com papel importante no Estado, entre elas, a juíza Maria Aparecida Cury, titular do 1º Juizado de Violência Doméstica do Tribunal de Justiça de Roraima que destacou alguns assuntos relacionados a questão da violência que muitas mulheres ainda sofrem não só em Roraima, mas em todo o país. “A violência contra a mulher está na sociedade e na mídia todos os dias. Há muitas resistências em relação aos direitos das mulheres porque eles existem apenas no papel, então para colocar em prática é que encontramos resistência”, frisou.

Ela ainda ressaltou que uma das mudanças mais significativas neste sentido foi a implantação da Lei Maria da Penha. “O Brasil não tinha uma legislação que punisse o homem autor de violência doméstica e familiar, então esse é um grande marco. Tivemos avanços, como a lei do Feminicídio, agora a lei que criminaliza o descumprimento de medida protetiva, a lei que criminaliza o assédio, todos esses são avanços. Mas são avanços legislativos, nós precisamos avançar na mudança de cultura”.

A assessora da Procuradoria, Bruna Reis, participou do evento e parabenizou a Casa Legislativa por abordar assuntos como esses no ambiente de trabalho. “É de fundamental importância, justamente por se tratar de ambiente de trabalho e traz a discussão para podermos enxergar o lugar de cada mulher”.

O procurador geral da Assembleia Legislativa, Luíz Fernando Lima, falou da necessidade de discutir assuntos sobre direitos das mulheres na sua rotina de trabalho. “A intenção foi homenageá-las pelo Dia Internacional da Mulher. Então as servidoras da Pocuradoria e também outras servidoras da casa puderam discutir assuntos sobre seus direitos, evolução e abrir um leque para que esse assunto faça parte da rotina de trabalho’, concluiu.

Texto: Jéssica Sampaio

Foto: Lucas Almeida

SupCom ALE-RR

Chame ministra palestra sobre violência doméstica às servidoras da Secretaria de Agricultura

Como parte das comemorações em alusão ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no Dia 8 de Março, o Chame (Centro Humanitário de Apoio à Mulher) ministrou mais uma palestra sobre a violência doméstica, com o intuito de informar sobre os diferentes tipos de agressões praticadas contra as mulheres.

O evento foi realizado nesta segunda-feira (11), na Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seapa). O tema proposto, segundo a advogada do Chame, Aline Monteiro, busca conscientizar as mulheres para que saibam identificar as formas de violência e orientar as vítimas a como proceder diante de uma agressão.

“Muitas mulheres sofrem algum tipo de violência, e por desconhecimento, nem sabem que se trata de uma violência. As palestras são formas de conscientizar a vítima para que procurem ajuda, para que sejam resguardados os seus direitos. Durante todo esse mês o Chame ministrará várias palestras”, disse.

Aline ressalta ainda, que gradativamente o empoderamento da mulher vem ocorrendo, o que abre um leque para novas denúncias. E na maioria das vezes, quando termina a palestra, a equipe do Chame já inicia o atendimento, ainda no evento.

A mais comum e a mais difícil de identificar entre as violências domésticas é a psicológica, pois acontece silenciosamente. Muitas vezes, conforme explicou Aline, a vítima não tem consciência sobre o que está acontecendo. Ela citou como exemplo a ação do agressor em promover o afastamento da mulher do meio social, de proibir de estar na companhia de amigos e até da família.

No rol das agressões estão também a violência verbal, a patrimonial, a sexual e a física, fácil de identificar por deixar marcas. “Mas um aperto no braço, um puxão de cabelo, controlar o dinheiro e esconder documentos pessoais são também formas de violência que precisam ser combatidas”, reforça a advogada do Chame.

A economista Elizabeth Bessa, 62 anos, afirmou que o papel do Chame é fundamental no empoderamento de gênero. “É importante e deve ser mais divulgado, massificar a informação porque as mulheres que mais sofrem esse tipo de violência são as da periferia, por não terem conhecimento sobre seus direitos”, avaliou Elizabeth.

A servidora pública Marlete Nobre, 58 anos, disse que nunca sofreu e nem presenciou a prática da violência doméstica, mas avalia com essencial as palestras que tratam sobre o assunto alcançarem diferentes locais como escola, empresas e órgãos públicos em geral.

“Hoje temos que estar informadas, atentas a todas essas situações. Não se pode deixar para depois, é preciso denunciar. As mulheres não podem ter medo, mas sim atitude. Não podemos mais permitir maus-tratos e coação por parte dos homens”, afirmou.

 

Texto: MARILENA FREITAS

Foto: Eduardo Andrade

SupCom ALE-RR

DIA DA MULHER – Procuradoria Especial realiza programação em três municípios

Boa Vista, Caracaraí e Alto Alegre receberão palestras e apresentação musical

Em alusão ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março, a Procuradoria Especial da Mulher, do Poder Legislativo, realiza uma programação em Boa Vista, Alto Alegre e Caracaraí. As atividades contam com palestras, atendimento multidisciplinar pela equipe do Chame (Centro Humanitário de Apoio à Mulher), e uma homenagem às mulheres que desenvolvem trabalhos de destaque no Estado.

“É uma forma de reconhecermos o trabalho das mulheres em várias áreas, e dizer que elas podem ser um exemplo de luta, para que possamos continuar nessa busca pelo empoderamento das mulheres”, explicou a procuradora Especial da Mulher, deputada Lenir Rodrigues (PPS).

A solenidade chamada Mulheres de Destaque será realizada no dia 8, a partir das 9h, no Plenário Noêmia Bastos, da Assembleia Legislativa de Roraima. Serão homenageadas mais de 100 profissionais que atuam em diversos setores em Roraima. Elas receberão um diploma de reconhecimento. Haverá apresentação musical, e palestra sobre Feminismo na Contemporaneidade com a professora Frances Rodrigues.

Caracaraí

No mesmo dia, a partir das 15h, no município de Caracaraí, a programação começa com a palestra sobre a Importância da Saúde Feminina, Cuidados com o Corpo e da Mente, sendo conduzido pelo enfermeiro Felipe Ramos e a psicóloga Jane Meire.  Às 16h, a deputada Lenir Rodrigues ministrará uma palestra sobre a importância da mulher na sociedade.

Às 16h30, haverá corte de cabelo, automaquiagem, designer de sobrancelhas, e o atendimento multidisciplinar do Chame. Às 18h, a programação encerra com apresentação do coral Abrindo Caminhos. O Núcleo da Assembleia Legislativa está localizada na avenida Presidente Kennedy, 1115, Centro.

Alto Alegre

No dia 15, o Núcleo da Assembleia em Alto Alegre em parceria com a Procuradoria, realiza a partir das 13h30, uma palestra sobre Violência Doméstica e a Saúde da Mulher. A unidade fica localizada na localizado na Avenida João XXIII, s/n, no centro. Mais informações pelo telefone 0800 095 0047.

Boa Vista

O Chame é uma das ações desenvolvidas pela Procuradoria Especial da Mulher, e vem realizando um séries de palestras sobre violência doméstica, tipos de violência e a rede de atendimento. Confira as próximas palestras:

– Dia 1º (sexta-feira) –  no Hospital das Clínicas, das 8h20 às 9h, e das 14h20 às 15h.

–  Dia 7, no Instituto Federal de Roraima (IFRR), às 9h30.

– Dia 11, na Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).

– Dia 13, no Centro de Referência de Assistência Social (Crás) do município de Mucajaí, às 14h.

Texto: Vanessa Brito

Foto: Eduardo Andrade

SupCom ALE-RR

CHAME – Professores da comunidade Canauani recebem orientações sobre violência doméstica

Solicitação partiu da escola, devido ao crescimento da violência doméstica na região

 

Foto: Divulgação/Chame

Nesta quinta-feira (7), o Chame (Centro Humanitário de Apoio à Mulher), da Assembleia Legislativa, realizou palestras sobre violência doméstica direcionada a professores da comunidade indígena do Canauani, no município do Cantá, a 36 quilômetros da Capital.

O encontro ocorreu na escola Municipal Indígena Professora Leomar Cruz Cadete. A equipe multidisciplinar do Chame, composta por advogada, psicóloga e assistente social, levou informações sobre a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/06), os tipos de violência, relacionamento abusivo, o ciclo da violência e as consequências para as crianças.

Segundo a coordenadora do Chame, Elizabete Brito, a solicitação partiu da própria escola devido ao crescimento da violência doméstica na região. “A palestra foi produtiva, pois muitos participaram e tiraram dúvidas”, disse, ao citar que a equipe ouviu relatos como o de uma mulher que após quase 20 anos de relacionamento, sofreu tentativa de homicídio por parte do ex-companheiro.

Os homens tiveram participação ativa durante a palestra. De acordo com Elizabete, entre as principais dúvidas do público masculino, estava a abrangência da Lei Maria da Penha, e em quais situações os homens podem ser aparados em caso de violência doméstica cometida pela mulher. “Todas as perguntas foram respondidas pela advogada”, esclareceu.

Na busca por esclarecer dúvidas dos cidadãos sobre violência doméstica e familiar, o Chame está à disposição para ministrar palestras como esta. Os interessados devem oficializar o pedido na sede do centro, localizada na rua Coronel Pinto, nº 524, no Centro. Outras informações pelo 98801-0522.

YASMIN GUEDES

SupCom ALE-RR