Evangelista Siqueira quer regulamentar peso de mochilas escolares

Fotos: SupCom ALERR

Em meio aos livros e demais materiais escolares que as crianças e adolescentes carregam nas mochilas, pode estar escondido um grande problema que vai afetar os pequenos na vida adulta. O excesso de peso que os estudantes carregam diariamente pode ocasionar lesões ortopédicas graves e para que o problema seja controlado ou evitado no Estado de Roraima, o deputado Evangelista Siqueira, (PT) apresentou na Assembleia Legislativa um projeto que poderá estipular o peso ‘tolerável’ a ser carregado por alunos de escolas públicas e privadas.

O parlamentar explica que a demanda surgiu a partir da necessidade de pais e mães que estão enfrentando dificuldades em escolas da Capital pela falta de estrutura ou adequação. “Fui procurado por pais de alunos que tiveram problemas com suas crianças que sentiam dores nas costas pelo excesso de peso nas mochilas. Algumas dessas situações já estão comprovadas por fisioterapeutas e ortopedistas e isso nos preocupou”, comentou Evangelista.

Para que o projeto fosse embasado por meio de pareceres profissionais especializados, Evangelista reforça que procurou a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). “Fizemos uma consulta junto a instituição, de grande respeito no Brasil, e após análise chegamos a esse projeto que visa regulamentar o peso da mochila escolar nas unidades públicas e privadas do Estado”, justificou o parlamentar.

Segundo a proposta, a criança que estiver cursando o Ensino Fundamental poderá carregar apenas 5% do que corresponde ao seu peso corporal e para os adolescentes que estão no Ensino Médio, o percentual não deverá ultrapassar os 10%. “A Secretaria de Estado da Educação (SEED) deverá regulamentar e acompanhar a aplicação quando o projeto se tornar lei”, completou Evangelista.

E para quem já teve problemas e ainda tenta contornar a situação junto às instituições escolares, quando aprovado, o projeto representará segurança para os pais e mães. O professor Osvair Mussato disse que a filha de 9 anos vinha sentindo dores nas costas por conta do peso da mochila que estava acima do que é permitido para a idade dela. “A mochila estava pesando mais de 6 quilos e ela pesa 30, então mais de 10% do peso dela. Procurei a escola e a resposta que obtive é não teria condições de resolver o problema mesmo eu apresentando o laudo”, disse pai.

Em face da parcial recusa da escola para resolver a demanda da criança, o pai decidiu procurar o Ministério Público de Roraima (MPE). “A promotora pediu que eu retornasse a escola e comunicasse que eu estive lá [no MP] e desse a sugestão para eu que mesmo levasse o material escolar dela ou que a instituição instalasse armários, porém como não há nenhuma lei no Estado que obrigue a cumprir alguma coisa nesse sentido, hoje levamos a mochila e deixamos na sala de aula, ela não carrega mais peso. Ela retornou ao médico e passou por mais sessões de fisioterapias, ainda reclama de dores, usa coletes e só tira para dormir. Foi diagnosticado que problema está ligado ao excesso de peso das mochilas”, relatou o pai.

O projeto já está em fase de tramitação nas Comissões Permanentes do Poder Legislativo. Ao final das análises deverá ser colocado em votação em plenário.

 

Tarsira Rodrigues

SupCom ALERR

Educar é Prevenir capacitará professores e alunos da Escola Senador Hélio Campos

Fotos: SupCom ALERR

Nesta terça-feira, 22, uma equipe do Núcleo de Promoção, Prevenção e Atendimento às Mulheres Vítimas de Tráfico de Pessoas, iniciará uma capacitação para os docentes e discentes da Escola Estadual Senador Hélio Campos da Costa. A proposta é repassar informações acerca do assunto tráfico de pessoas para fins de exploração sexual, e a programação será das 10h às 12h e das 16h às 17h45.

Essa unidade escolar, localizada na Rua Francisco Anacleto da Silva, 567, no bairro Dr. Sílvio Leite, será a 20ª instituição a receber o Educar é Prevenir.  O projeto levará capacitação que resultará em conhecimento, novas habilidades e promoverá mudanças de concepções e práticas com relação a essa temática, que é uma realidade no Estado de Roraima.

Ontem, segunda-feira, 21, conforme a coordenadora do projeto, Elizabete Brito, a equipe do Educar é Prevenir deixou na escola o material a ser usado durante a capacitação como a caixa small jail boxes (que simboliza uma jaula), flyers, cartazes, banners e os filmes que contam a história de mulheres que foram traficadas, e que vivenciaram na prática o tormento e a dor de serem exploradas sexualmente.

“A entrega desse material um dia antes da capacitação para os gestores, professores e todos os servidores da escola tem uma finalidade, que é aguçar a curiosidade de todos que passam e se deparam com o material de divulgação, como banners, que são colocados em locais estratégicos da unidade de ensino, para que todos possam ver e parar para ler as histórias”, explicou Elizabete.

Os dias 23 e 24 serão destinados ao repasse das informações ao alunado, e são os próprios professores que vão trabalhar livremente a temática, utilizando a didática que entenderem ser melhor para a compreensão dos estudantes.

“No último dia do evento, sexta-feira, 25, realizaremos uma roda de conversa com a presença de diversas autoridades que fazem parte da rede de enfrentamento. É uma grande oportunidade para os funcionários da escola e para os estudantes conhecerem como funciona a rede, para que na hora de uma eventual necessidade saibam como lidar e a quem recorrer para auxiliar a vítima da melhor forma possível”, esclareceu Elizabete.

Marilena Freitas

SupCom ALERR

Coral do Abrindo Caminhos apresenta-se na abertura da Semana do Assistente Social

Fotos: SupCom ALERR

A noite desta segunda-feira, 21, será mais do que especial para as crianças e adolescentes que integram o Coral do Abrindo Caminhos da Assembleia Legislativa de Roraima (ALERR). A convite do Conselho Regional de Serviço Social, essa turma fará uma apresentação cultural durante a abertura da XI Semana do Assistente Social em Roraima. O evento terá início às 18h no Centro Universitário Estácio da Amazônia, localizado na rua Humberto Silva, 308, no bairro União zona Oeste de Boa Vista.

Esta será a primeira apresentação do ano e a regente do coral, com mais de 100 vozes que incluem crianças e adolescentes entre 07 e 17 anos, Kastorijane Oliveira, explica que esta será a primeira apresentação do ano e que para eles representa pura magia.

“Para nós é um momento muito importante e podemos dizer que esse convite é resultado do trabalho das aulas e dos ensaios. Digo que é algo mágico porque é a primeira vez no palco de muitas crianças que entraram no projeto esse ano. Muitos nem dormiram de ansiedade, pois eles estarão diante do público pela primeira vez e tenho certeza que irão emocionar a todos os presentes. Isso é gratificante, as apresentações são sempre um combustível a mais para o coral”, contou a regente.

Viviane Lima é a coordenadora do Abrindo Caminhos e acredita que essa apresentação é o resultado, além de muito trabalho de todos os envolvidos, de muita dedicação e esforço dos integrantes do coral. “Estão todos bem ensaiados e não veem a hora da apresentação. É na verdade a hora de mostrar um trabalho primoroso. Agradecemos ao Conselho de Assistência Social pelo convite que nos foi feito pelo segundo ano consecutivo”, acrescentou.

O programa – O Abrindo Caminhos da Assembleia Legislativa de Roraima trabalha com as modalidades de Balé, Ginástica Rítmica, Coral, Jiu-Jitsu, Teatro, Futebol e Jazz. Crianças e adolescentes, de 5 a 17 anos, que queiram participar das atividades podem procurar a sede do programa das 8h às 12h e das 14h às 18h. É necessário apresentar a declaração escolar da criança ou adolescente, cópias do comprovante de residência, dos documentos pessoais dos pais ou responsáveis, do RG ou certidão de nascimento do aluno e uma foto 3×4 atualizada. Mais detalhes A Assembleia disponibiliza ainda o 0800 095 0047.

 

Tarsira Rodrigues

SupCom ALERR

Sabadão Concurseiro conta com aproximadamente 90 novos alunos

Fotos: SupCom ALERR

Nem mesmo a oscilação do tempo, neste sábado, 19, impediu que os concurseiros de plantão assistissem as aulas das quatro disciplinas ofertadas durante a quinta edição do Sabadão Concurseiro, realizado pela Escola do Legislativo Cursos Preparatórios – Unidade do Silvio Botelho, que contou com a participação de quase 300 alunos, sendo que aproximadamente 90 deles assistiram aula na instituição pela primeira vez.

“A nossa expectativa superou neste 5º aulão, e isso é muito satisfatório porque estamos vendo que o objetivo da Escola do Legislativo está sendo alcançado. Sabemos que 70% dos alunos que estão aqui vão fazer o concurso da Assembleia Legislativa. A nossa segunda demanda é para o concurso da Polícia Militar (PM), e estamos nos organizando para essa semana iniciarmos as inscrições dos cursos que vão atender o edital de Polícia Militar”, disse a coordenadora da instituição, professora Cristina Mello, ao ressaltar que foram distribuídas 800 apostilas.

Neste sábado foram ministradas as disciplinas de Direito Constitucional, Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Estado de Roraima (ALE/RR), Português e Resolução de Questões de Direito Administrativo, sendo esta última ministrada pelo professor Lausson Magalhães.

“Essa nossa aula foi específica para o conteúdo pedido no edital do concurso da Assembleia. Trabalhamos várias questões para aprimorar e agilizar os alunos no entendimento das questões e resoluções, para que no dia da prova tenham êxito nesta disciplina. São questões que a Funrio, Fundação responsável pela prova do concurso da Assembleia, já aplicou em outros concursos, para que eles vejam como a instituição trabalha dentro dessa temática. É muito provável que essas questões respondidas aqui nas aulas caiam no dia da prova, já que é a mesma banca”, explicou o professor.

A aluna Cleide Feitosa, 42 anos, casada, natural de Belém (PA), soube das aulas da Escola do Legislativo por meio do rádio, e está há cerca de 20 dias frequentando a instituição, pois concorre a uma das vagas de Assistente Legislativo. “Estou conciliando o serviço de casa, de cuidar do marido, o trabalho externo e os estudos. Quando não estou aqui e tenho folga em casa, tranco-me no quarto e vou ler minhas apostilas. Gosto muito das aulas da Escola do Legislativo e minha nota é 100, porque não existe curso de graça do lugar de onde vim”, avaliou.

A assistente social Regiane Oliveira, 35 anos, solteira, é mãe de três filhos e consegue organizar o tempo de forma a reservar parte para estudar. O Sabadão Concurseiro foi uma ótima ideia porque durante a semana tem os afazeres domésticos e o cuidado com os filhos, como deixar e buscar na escola. “Agora que está se aproximando a data das provas está mais maçante, mas tenho que intensificar. Venho estudando a quase um ano Direito Administrativo e Constitucional, que sempre cai em prova, independente do cargo ofertado. E como não estou trabalhando, tenho dedicado bastante tempo, em média estudo três a quatro horas por dia”, afirmou.

 

Marilena Freitas

SupCom ALERR

Abrindo Caminhos reúne 40 mães de alunos em cursos de panificação e de flores

Fotos: SupCom ALERR

Como parte das ações do mês das mães, o programa Abrindo Caminhos da Assembleia Legislativa de Roraima promove neste sábado, 19, um Curso de Panificação, manhã e tarde, e uma Oficina de Flores, que aconteceu pela manhã, para mães de alunos que participam das atividades do Abrindo Caminhos. São 40 participantes e a maioria faz cursos profissionalizantes para ampliar conhecimentos e aumentar as chances para entrar no mercado de trabalho. Mas em meio a esse celeiro de buscas há aquelas que querem ocupar a mente para afastar a depressão.

É o caso de Luciana Carvalho de Oliveira, 35 anos, moradora do bairro Cambará, universitária e mãe de um filho de seis anos, o João Lucas, que prática Jiu-Jitsu no Abrindo Caminhos. É claro que ela pensa em colocar em prática e ganhar dinheiro, mas o principal motivo que a levou a fazer o curso é por sofrer com depressão, a doença do século.

“Passei a ter depressão logo após o meu parto, depois de uma discussão com o pai do meu filho, que muito queria uma menina. Venho aos cursos do Abrindo Caminhos para conhecer pessoas, fazer novas amizades e fugir da depressão. Quando chego aqui me sinto muito bem. Aqui eu tenho outra família, pois sou acolhida desde a entrada até a saída. É tudo o que eu preciso”, contou.

Esse é o segundo curso que Luciana se inscreve. “No primeiro curso aprendi a fazer ovos de Páscoa e até ganhei uma graninha, vendendo aos meus vizinhos. O de panificação também quero colocar em prática, pois já faço sob encomenda bolos e salgados para festas. Quis fazer esse curso em outra instituição, mas as minhas condições financeiras não permitiam. Aqui no Abrindo Caminhos é uma porta aberta não somente para os filhos, mas também para os pais”, afirmou.

A logística da dona de casa Ana Paula da Conceição Nascimento, 33 anos, para fazer o curso de panificação é digna de um filme. Ela mora no bairro Cidade Satélite, mas como não tinha com quem deixar a filha de 7 anos, traçou uma estratégia: dormiu de sexta para sábado no trabalho do marido, para que ele cuidasse da garota até ela retornar do curso. “Hoje sai cedo para chegar no horário. Estou com os meus pés enlameados, mas todo esse esforço valerá a pena, porque no futuro será uma fonte de renda para ajudar em casa. Já tinha pensado em fazer um curso de panificação, mas o problema era o financeiro porque esse curso é caro. Esse está sendo uma benção, ainda mais que todo o material é gratuito”, disse, ao relatar que está pensando no retorno financeiro que terá quando colocar em prática o aprendizado”, afirmou.

A professora Elizabete Aguiar tem 49 anos, e há mais de 20 trabalha na área de panificação e confeitaria, e garante que o retorno financeiro é bom. Há mais de um ano ministra curso no Abrindo Caminhos e aproximadamente 100 alunas receberam as dicas dela. “É uma satisfação muito grande saber que estamos contribuindo para que essas mães tenham um ganho extra. O segredo para sair tudo gostoso é fazer com carinho e paciência”, contou.

Oficina de Flores – As dez mães inscritas na Oficina de Flores, ministrada pela instrutora Aline Félix Ferreira, 26 anos, estão todas desempregadas e veem na oportunidade a chave para o empreendedorismo. “Para mim é muito gratificante somar com o Abrindo Caminhos ensinando um pouco do que sei”, disse Aline, ao salientar que o artesanato para ela é um grande hobby.

A coordenadora do Abrindo Caminhos, Viviane lima, disse que mais de 150 mães de alunos já fizeram cursos oferecidos pela instituição. “Avalio esses cursos como uma oportunidade para as mães, que poderão ter uma renda extra sem sair de casa, com a possibilidade de cuidar dos filhos e da família. Assim está sendo nossa manhã de sábado que, além de cheirosa e gostosa, está florida”, disse, ao ressaltar que a coordenação estuda a possibilidade de repetir esses cursos.

Cristina Simeão Araújo, 38 anos, casada, dois filhos, está desempregada. Como já costuma organizar as festas da família e dos amigos, viu na oficina uma forma de ampliar o leque de conhecimento. “Estou pretendendo trabalhar com decoração de festa, então esse curso está sendo um ótimo caminho. E a partir de agora, todos os cursos oferecidos pelo Abrindo Caminhos, eu vou fazer”, afirmou.

Marilena Freitas

SupCom ALERR

Escola do Legislativo abre novas turmas para cursos de idiomas e Informática

Fotos: SupCom ALERR

Na busca pela qualificação para o mercado de trabalho, a cabelereira Yasmine Rosário Rojas, atualmente desempregada, procurou a Escola do Legislativo – Cursos Preparatórios, Unidade Silvio Botelho, por indicação de uma amiga, para realizar a inscrição no curso de Informática Básica.

Da Venezuela, a profissional da beleza veio ao Brasil para tratar da saúde do filho, pois devido a escassez de medicamentos naquele país, não havia como controlar as convulsões da criança. “Isso foi uma das coisas que me fizeram vir para cá. Lá eu trabalhava como cabelereira e aqui estava trabalhando em um salão de beleza, mas não estou mais”, contou Yasmine, dizendo que o curso abrirá outras oportunidades de trabalho.

A amiga de Yasmine, a balconista Raimunda Mesquita, foi a responsável em levar a estrangeira até a unidade, para se inscrever e assim amplie a grade de cursos no currículo, adquira mais conhecimento e se prepare para o mercado de trabalho. “Eu vim para fazer o curso e ter a oportunidade porque é gratuito e em instituições privadas é muito caro. Avisei minha amiga que está a procura de emprego e com um curso fica mais fácil”, comentou, ressaltando a pretensão em participar de outras capacitações ofertadas pelo Poder Legislativo.

A Escola do Legislativo – Cursos Preparatórios, Unidade Silvio Botelho, está com inscrições abertas para mais de 10 turmas em cursos de capacitação como Informática, Inglês, Espanhol, Arte de Falar em Público, Técnicas de Vendas e Chefia e Liderança, com carga horária que varia entre 12 a 40 horas.

Para participar, os interessados devem procurar o prédio localizado na avenida Solón Rodrigues Pessoa, nº 1.313, bairro Silvio Botelho, zona Oeste de Boa Vista, no horário das 8h às 22h, sem intervalo para o almoço. É necessário ter no mínimo 16 anos e levar cópia e original do CPF, comprovante de residência e um documento oficial com foto (RG, Carteira de Trabalho ou Carteira Nacional de Habilitação). Todos os cursos são gratuitos.

“Nós sabemos que a demanda do mercado de trabalho é muito grande, a concorrência também e as pessoas têm que se preparar da melhor maneira possível. Então devem aproveitar essa oportunidade que a Escola do Legislativo proporciona, por meio de cursos gratuitos”, explicou a coordenadora da Unidade, Maria Cristina Melo.

Dúvidas quanto às ofertas e horários, os interessados podem ligar para o 0800 095 0047 ou 98402 3402.

Curso Período de aula Dias Horário
Inglês Básico 22/05 a 28/08 14h às 16h
Inglês Avançado 24/05 a 27/07 5ª e 6ª 14h às 16h
Arte de Falar em Público 28/05 a 01/06 2ª a 6ª 8h às 12h
Informática Básica 28/05 a 11/07 2ª/4ª e 6ª 8h às 10h
Informática Básica 28/05 a 11/07 2ª/4ª e 6ª 10h às 12h
Informática Básica 28/05 a 29/06 2ª/4ª e 6ª 18h às 20h
Informática Básica 28/05 a 29/06 2ª/4ª e 6ª 20h às 22h
Espanhol Básico 29/05 a 31/07 3ª e 5ª 8h às 10h
Espanhol Intermediário 29/05 a 31/07 3ª e 5ª 10h às 12h
A Arte de Falar em Público 04 a 08/06 2ª a 6ª 18h às 22h
Inglês Básico 04/06 a 06/08 2ª e 4ª 8h às 10h
Técnica de Vendas 11 a 15/06 2ª a 6ª 18h às 22h
Chefia e Liderança 18 a 22/06 2ª a 6ª 18h às 22h

Yasmin Guedes

SupCom ALERR

População apresenta demandas durante sessão ordinária em Mucajaí

Fotos: SupCom ALERR

A participação dos moradores de Mucajaí foi bastante significativa durante a sessão ordinária, promovida pela Assembleia Legislativa de Roraima, dentro da programação do ‘Assembleia ao Seu Alcance’, nesta quinta-feira, 17. A população teve a oportunidade de fazer o uso da palavra e apresentou as reais necessidades que o município precisa com mais urgência.

A professora Mara de Fátima Souza dos Santos, que leciona para alunos da Educação Especial, na escola estadual vereador Francisco Pereira Lima, em Mucajaí, foi uma das moradoras que aproveitou o momento e falou sobre a questão da energia elétrica e sobre a revalidação de diploma. Ela contou que mora no município há 35 anos. “Tempos atrás tínhamos energia até a meia noite e depois era ligado um gerador. Aí disseram que teríamos energia vinda da Venezuela e que não seria mais necessário utilizar o gerador, que era para ficarmos aliviados. Mas apenas trocaram ‘seis por meia dúzia’. Ontem [quarta-feira, 16] faltou energia às 16h e só retornou às 2h da madrugada. E isso é frequente”, contou a moradora.

Mara relatou que enquanto essa questão da energia elétrica não for resolvida, muita gente terá eletrodomésticos queimados, comerciantes perdendo produtos, entre outras situações lamentáveis que a população do Estado tem enfrentado, em razão das frequentes quedas de energia. “Nossa esperança é que seja feita a interligação de Roraima ao resto do Brasil, por meio do Linhão de Tucuruí. Queremos acreditar que isso saia do papel”, disse.

Outra questão levantada pela professora é quanto a revalidação do diploma. Ela comentou que ficou sabendo de um projeto de lei que contempla profissionais venezuelanos que vivem em Roraima, como médicos e professores. “Nós da educação, que somos brasileiros, roraimenses, gostaríamos muito que fosse feita uma emenda a esse projeto, para que sejamos beneficiados também. Eu, a exemplo de vários professores, saio de Roraima para fazer mestrado e pago caro. Muitas vezes deixamos de investir nos nossos filhos, de cuidar da nossa saúde, para pagar os estudos para termos uma titulação seja pelo mestrado ou doutorado, e não somos beneficiados com esse projeto, para termos direito a nossa progressão. É uma injustiça”, lamentou professora Mara.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Jalser Renier (SD), em resposta as demandas apresentadas durante a sessão, explicou que todas serão analisadas. “Recebemos os problemas da população e alguns serão analisados durante a apreciação do orçamento, incorporando dentro do que for necessário, em medidas por meio de indicações e emendas dos parlamentares. Outros serão encaminhados ao Fiscaliza Roraima, que recebe denúncias sobre a má prestação de serviços por parte do poder público, seja nas esferas federal, estadual e municipal”, afirmou.

O Fiscaliza Roraima é um canal entre a população e a Assembleia Legislativa do Estado de Roraima, que funciona como uma ‘ponte’ para a população, que de posse das reclamações busca junto aos órgãos responsáveis solucionar as demandas que afligem a sociedade.

Edilson Rodrigues

SupCom ALERR

Abertas inscrições para curso de Defesa do Consumidor na Escola do Legislativo

Fotos: SupCom ALERR

Comerciantes, vendedores, estudantes e população em geral podem efetuar inscrição no curso sobre o ‘Código de Defesa do Consumidor’, promovido pela Escola do Legislativo. As aulas iniciam na próxima segunda-feira (21), na rua Agnelo Bitencourt, nº 213, no Centro de Boa Vista.

Ao todo, a instituição do Poder Legislativo abriu 40 vagas. Os interessados em aprender sobre a Lei nº 8.078/1990 (CDC) podem confirmar participação na secretaria da Escola do Legislativo até o dia em que se iniciam as aulas. “É um processo que está dentro do chamado princípio da cidadania, saber dos seus direitos com referência, com compromisso”, explicou a diretora Leila Perussolo.

O curso será ministrado pela instrutora Mirthes Jussara, com carga de 20h. Todos os envolvidos receberão certificado de participação. De acordo com Leila, mesmo com a existência de órgãos de defesa do consumidor, a exemplo do Procon Assembleia, muitas pessoas acabam por não conhecer os direitos e deveres dentro da relação de consumo. “Então é um curso de extrema importância hoje na sociedade e que vai beneficiar o comerciante, o comerciário e até mesmo o próprio consumidor”, salientou.

Mais informações, dúvidas ou questionamentos podem ser feitos pelos telefones 98402-3402 e 0800-095-0047. “É um campo do direito com grande aplicação prática na vida da pessoa, um exercício de cidadania”, resumiu a diretora.

Procon – A Assembleia Legislativa dispõe para a população os serviços de atendimento e orientação ao consumidor e fornecedor através do Procon Assembleia, localizado na rua Agnelo Bittencourt, nº 213, no Centro da cidade. Para contato existem os telefones 98401 9465 ou 4009 4820/4822.

Yasmin Guedes

SupCom ALERR

Educar é Prevenir encerra atividades na escola Major Alcides

Fotos: SupCom ALERR

Saber que a violência, abuso ou exploração sexual pode ocorrer dentro de casa, foi o que mais assustou e chamou a atenção da adolescente Karolanny Oliveira, 15 anos, aluna do 1º ano da Escola Estadual Major Alcides, localizada na avenida dos Imigrantes no bairro Asa Branca, zona Oeste da capital. A instituição de ensino foi mais uma das contempladas com o projeto Educar é Prevenir, que iniciou dia 14 e encerrou na manhã desta sexta-feira, 18, nessa escola.

O projeto é desenvolvido pelo Núcleo de Promoção, Prevenção e Atendimento às Vítimas de Tráfico de Pessoas da Procuradoria Especial da Mulher, da Assembleia Legislativa de Roraima, que realiza um trabalho educativo dentro das escolas públicas na prevenção de violência contra crianças e adolescentes, e orienta sobre como identificar o tráfico de pessoas.

Karolanny disse ainda que não tinha ouvido falar ou conversado sobre os temas trabalhados durante essa semana e realmente ficou chocada com os perigos que crianças, adolescentes e jovens podem correr pela falta de informação. “Não imaginava que essas coisas poderiam acontecer dentro da nossa casa e praticada por pessoas que conhecemos. Fico triste, mas ao mesmo tempo agradecida ao Educar é Prevenir e aos nossos professores, por nos deixarem bem informados e orientados sobre esses perigos”, acrescentou a estudante.

O estudante Alerrandro Francisco da Silva, 16, aluno do 2º ano, também afirmou que não sabia nada sobre o tema. “Fui saber no momento da palestra. A coisa é séria e se soubermos de algum caso é preciso denunciar”, observou o aluno.

A gestora da escola estadual Major Alcides, Ana Ilza de Sousa Silva, considerou importante esses dias de atividades. “As informações repassadas podem ser encaradas como advertências para os nossos jovens e adolescentes. É importante que eles tenham essa orientação para que aprendam sobre prevenção e a como fugir desse perigo que ronda a nossa juventude”, enfatizou a diretora.

A coordenadora do Educar é Prevenir, Elizabete Brito, afirmou que a Major Alcides abraçou o projeto. “Eles abraçaram os momentos e toda comunidade escolar participou efetivamente das palestras e demais atividades. A roda de conversa com a Rede de Proteção a Crianças a aos Adolescentes, também foi muito produtiva, pois os alunos fizeram perguntas e esclareceram dúvidas sobre os temas abordados durante a semana”, completou.

Próxima – Na próxima semana, de 21 a 25 de maio, a escola atendida será a Senador Hélio Campos, localizada na rua Francisco Anacleto da Silva, 567 , bairro Doutor Silvio Leite, zona Oeste de Boa Vista.    

 

Tarsira Rodrigues

SupCom ALERR

IMIGRAÇÃO – Dados mostram que saúde, educação e segurança pública são os mais impactados

Fotos: SupCom ALERR

Abalo na saúde, na educação e na segurança pública, com impactos negativos para a população do Estado de Roraima, são os principais efeitos causados pelo grande fluxo imigratório que chega à região, principalmente vindo da Venezuela, país que faz fronteira com Brasil pelo município de Pacaraima, a 215 km de Boa Vista. Esse foi o diagnóstico apresentado durante a audiência pública realizada nesta sexta-feira, 18, no plenário Deputada Noêmia Bastos Amazonas, pela Comissão Externa da Crise de Imigrantes de Venezuelanos no Estado de Roraima, da Câmara dos Deputados, que tem como presidente o deputado federal Carlos Andrade.

O resultado da audiência, que foi aberta pelo presidente da Assembleia Legislativa de Roraima, deputado Jalser Renier (SD), e contou com a participação de diversos órgãos das esferas municipal, estadual e federal, subsidiará o documento que a comissão encaminhará ao Governo Federal, informando a atual situação do Estado e pedindo a liberação urgente de recursos.

O segmento mais afetado é o de saúde, com registro de grande número de notificação de doenças que já haviam sido erradicadas no Brasil como o sarampo e a difteria. Assim como a malária, que antes se manifestava em pessoas que ficavam expostas ao mosquito em áreas próximas aos rios e igarapés. Agora está presente em todos os bairros de Boa Vista e demais municípios.

“A imigração não é o principal fator causador da crise na saúde, mas agravou bastante todos os problemas que já existiam e criaram outros novos” disse a presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM), Blenda Avelino Garcia, ao mostrar dados do aumento crescentes de imigrantes venezuelanos nas unidades de saúde da Capital como a Maternidade Nossa Senhora de Nazaré, que no ano passado atendeu 1.681 pacientes, enquanto que no quadrimestre deste ano já registrou 1.386. Fato semelhante acontece no Hospital da Criança e tende aumentar com o período chuvoso.

O prefeito de Pacaraima, Juliano Torquato (PRB), disse que o município é um dos mais afetados por conta da proximidade com a cidade de Santa Elena, na Venezuela, que mesmo antes da imigração o setor de saúde já atendia os venezuelanos, e que atualmente a situação apenas se agravou. “Medicamentos que comprávamos para atender a população durante 60 dias, agora só dura 10 dias. No ano passado aumentou em 50% nossa demanda com consultas médicas e em 30% as odontológicas. Antes atendíamos 20 a 30 pessoas por dia, hoje subiu para 100”, disse, ao chamar a atenção para o aumento de DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis), de prostituição e de desavenças culturais entre os índios da etnia Warao e os indígenas do Brasil.

A área de educação, segundo ele, foi também muito afetada e hoje 39% dos alunos atendidos são venezuelanos. “Tínhamos muitos problemas com a segurança pública, mas felizmente reduziu com a presença mais efetiva do Exército e da Força Nacional na fronteira. O que pedimos das nossas autoridades que tenham um olhar diferenciado com o município por hoje ainda sofremos muito com a saúde, pela estrutura que ainda é a mesma para a população que tínhamos a quatro anos, e na educação por conta da infraestrutura para atender as crianças porque temos superlotação e as escolas são precárias”, afirmou.

A deputada Angela Águida Portella (PP), autora do requerimento da audiência pública, que preside a Comissão de Direitos da Família, da Mulher, da Criança do Adolescente do Idoso e de Ação Social, ressaltou que a audiência está mostrando por meio de dados os impactos econômicos, sociais e ambientais que Roraima está vivenciando por conta da crise imigratória.

“A ideia é que ao final desta audiência façamos um documento para encaminhar ao Governo Federal e a quem de fato pode mudar essa realidade do Estado, para que venha dar o suporte necessário para Roraima passar por essa situação sem atropelos, uma vez que está quase insuportável a situação, haja vista que a crise trouxe um número de pessoas que o Estado não pode comportar, sendo grande o impacto na área da saúde, educação e segurança pública”, disse.

Marilena Freitas

SupCom ALERR