MULHER NA POLÍTICA
Programa de Defesa dos Direitos Humanos vai incentivar novas adesões

Reforçar a representatividade da mulher no cenário político é uma das metas e faz parte do planejamento e estratégias do Programa de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) para o ano de 2022.

Comandado pela deputada Lenir Rodrigues (Cidadania), a entidade vai lançar duas cartilhas voltadas para os direitos humanos e cidadania, além de firmar parcerias com instituições, como as da pessoa com deficiência, do idoso e da criança.

Há quatro meses em funcionamento, o Programa, durante este período, preparou a estrutura física e investiu na capacitação da equipe. “Trabalhamos na implantação, fazendo lives, fórum, panfletagem e capacitando a equipe. Fomos aos municípios ouvir as comunidades, além de atendermos idosos, mulheres e crianças, encaminhando todos para a rede de proteção”, disse Socorro Santos, diretora do programa.

A coordenadora do Centro de Incentivo às Mulheres na Política, Antônia Calheiros, informou que a equipe está capacitada para mobilizar as mulheres a entrarem na política partidária.

“Vamos até as líderes de cada bairro, que mobilizam as mulheres para ocupar o que chamamos de espaço vital. Promovemos a formação contínua porque muitas delas não têm conhecimento da realidade, dos espaços políticos que podem ocupar concorrendo a mandatos eletivos”, explicou. “O que fazemos é mobilizá-las para que preencham esses espaços que pertencem a elas e sejam protagonistas da própria história dentro da política”, acrescentou.

Conforme detalhou, a ideia é formar multiplicadoras. “Queremos que essas mulheres empoderem outras, porque nas comunidades existem aquelas que desejam concorrer a um mandato, mas que acham não ser possível por falta de condições financeiras e de conhecimento. As políticas públicas feitas por mulheres são mais sensíveis ao gênero, então, elas entrando na política, com certeza seremos mais assistidas’, enfatizou.

Texto: Marilena Freitas

Foto: Eduardo Andrade / Tiago Orihuela / Marley Lima 

SupCom ALE-RR 

DIA DA VISIBILIDADE TRANS
Leis elaboradas pela Assembleia Legislativa garantem apoio à comunidade

São poucos os transexuais que conseguem atravessar a linha da invisibilidade para assumir um lugar ao sol. Jonathan Kael de Moura, homem trans, professor e farmacêutico, que desde a infância sofreu para assumir quem ele realmente é, faz parte do pequeno grupo de pessoas trans que conseguem se impor no mercado de trabalho. Ele conseguiu se formar numa universidade e leciona numa escola de Boa Vista. Mas nem sempre foi assim.

“Parte da família e amigos não conseguiram aceitar minha vida. O lado paterno da família foi mais difícil de aceitar, porém hoje todos me respeitam”, contou. Jonathan nasceu homem, mas nunca se identificou como tal. “Eu me identifico como ele, gênero masculino. Foi um processo bem longo, não tem como você dormir de um jeito e acordar de outro. Então, você tem que se identificar, como foi o meu caso desde que me entendo por gente”, explicou.

Neste sábado (29), é comemorado em todo o país o Dia da Visibilidade Trans. A data foi criada em 2004 e representa um marco na luta da população LGBTQIA+ por direitos e, principalmente, respeito. A transfobia (aversão ou discriminação contra a população trans) é uma realidade cruel e ainda muito presente na vida dessa parcela da sociedade e que leva as pessoas trans a abandonarem os estudos e enfrentarem dificuldades de inserção no mercado de trabalho. Além do próprio risco de morte.

Apesar de conquistas recentes de cidadania por movimentos do grupo e mesmo com todos os esforços, o Brasil ainda ocupa o topo do ranking de países que mais matam transexuais e travestis. Em Roraima, não existem dados atuais sobre casos de violência desse tipo, porém a diretora financeira da Associação de Travestis, Transexuais e Transgêneros do Estado de Roraima (Aterr), Rebeca Marinho, afirma que o cenário é preocupante, mesmo com alguns avanços.

“Nós temos uma sociedade que, por mais que já tenha um pouco de acolhimento e empatia, ainda é transfóbica, racista, sexista, mas isso vai perdendo a força quando você permite que outras pessoas abram o seu olhar, e as pessoas precisam olhar como profissional, e não como o olhar da minha identidade de gênero e a minha orientação sexual. É o meu profissional que se precisa enxergar, você precisa me contratar para tirar aquela imagem negativa que a sociedade colocou desde que a gente era jovem. Buscamos isso: educar as pessoas”, ressaltou.

A Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), por meio do Centro Humanitário de Apoio à Mulher (Chame), está preparada para auxiliar e acolher as mulheres LGBTQIA+ em situação de violência doméstica, conforme explica a coordenadora do Chame, Eliene Santiago. “O atendimento é o mesmo, humanizado, com respeito e profissionalismo”, afirmou. Mesmo sem ter nenhuma ocorrência de pessoas trans, o Chame já participou de palestras e rodas de conversas em diversos grupos LGBTQIA+ de Roraima.

Política de inclusão

Ao longo dos anos, a ALE-RR vem criando políticas públicas para garantir os direitos dessa comunidade. Em 2013, a Casa Legislativa aprovou a criação do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da População de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais do Estado de Roraima (CEDDP/LGBT-RR). A lei é de autoria do governo estadual e acompanha a execução de políticas públicas para a população LGBTQIA+, destinadas a assegurar à comunidade o pleno exercício de sua cidadania.

Em 2010, a ALE-RR também criou a Lei nº 796, que assegura às pessoas travestis e transexuais a identificação pelo nome social em documentos de prestação de serviço, quando atendidas nos órgãos da administração pública estadual direta e indireta. Uma lei de autoria da deputada Lenir Rodrigues (Cidadania) declarou de utilidade pública, em 2017, a Associação Roraimense pela Diversidade Sexual de Roraima (DiveRRsidade), assegurando direitos e vantagens constantes da legislação vigente.

Conforme documento produzido pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais Brasileiras (Antra), em 2020, o Brasil contabilizou 175 assassinatos de pessoas trans, sendo todas travestis e mulheres transexuais. Em 2021, foram 140. E os números da violência crescem com a falta de oportunidades e com o preconceito, segundo constatou Rebeca Marinho. Ela explica que o poder público deveria ser um aliado no processo de garantia de cidadania para homens e mulheres da comunidade LGBTQIA+ e que políticas de inclusão precisam incluir essa população, tirando da invisibilidade as pessoas trans.

“Sempre buscamos parcerias com instituições que dão suporte ao cidadão, como Defensoria Pública, Ministério Público, OAB, delegacia de polícia, dependendo do grau em que o crime acontece, não deixamos passar impune nenhuma denúncia contra a população LGBTQIA+, mas também buscamos saber a verdade, ou seja, porque essa pessoa foi agredida. É essencial que haja essa parceria, pois esse é o papel das instituições, pois temos demandas que precisam ser atendidas”, destacou.

Documentário: dificuldades e preconceito

Num levantamento feito em 2016 pela ONG Grupo Gay da Bahia, considerando o tamanho da população, Roraima aparece como o estado mais perigoso para LGBTQIA+, com 6,15 mortes para um milhão de habitantes. No documentário produzido pela TV Assembleia “Intolerância que Mata”, foi possível conhecer a dura realidade de quem enfrenta o preconceito todos os dias e luta para ter um espaço digno na sociedade. O filme está disponível no YouTube https://youtu.be/y51bPqQI7nU

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Empatia e acolhimento

A Associação de Travestis, Transexuais e Transgêneros do Estado de Roraima (Aterr) está há 15 anos apoiando e fortalecendo políticas de inclusão no Estado. Nesta sexta-feira (28), ela promoveu atendimentos gratuitos para a retificação do nome de pessoas transexuais e travestis. A ação visa corrigir a documentação do público-alvo. O atendimento foi feito na rua Lindolfo Bernardo Coutinho, 1451, bairro Tancredo Neves, zona Oeste de Boa Vista. O mutirão teve parceria com a Defensoria Pública (DPE-RR) e, devido à pandemia de covid-19, foi obrigatório o uso de máscaras no local.

Texto: Kátia Bezerra

SupCom ALERR

Foto: Marley Lima

SAÚDE MENTAL
Live da Assembleia Legislativa marca encerramento da campanha Janeiro Branco

A Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) fez uma live na noite desta sexta-feira (28) para encerrar a campanha Janeiro Branco. Comandado pelo psicólogo Wagner Costa, o evento foi transmitido pela TV Assembleia, 57.3, e redes sociais do Parlamento (@assembleiarr), e contou com a participação dos psicólogos Marcelo Tito e Mariana Pessoa, de vários internautas e colaboradores da Casa.

Costa reforçou que o Janeiro Branco deve ser um mês de planejamento da saúde mental, para garantir uma vida equilibrada nos demais 11 meses do ano. Mariana Pessoa disse que é importante abordar cada vez mais este tema para esclarecer a população. “Temos que falar para desmistificar, sair da ignorância. Devemos falar de saúde mental o ano inteiro”.

Para Marcelo Tito, a campanha “melhorou a visão das pessoas com relação à saúde mental”. Segundo ele, a persistência em tratar do assunto tem levado as pessoas a se envolverem, o que permite um trabalho preventivo.

Mariana e Tito lembraram que ninguém está imune aos problemas emocionais, e que para evitar situações desta natureza fizeram um planejamento de vida.

“Já cuidava da minha saúde fazendo terapia, mas a nossa vida é muito dinâmica. Tive depressão e redobrei os cuidados. Acordar mais cedo, fazer meditação, praticar atividade física e cuidar da espiritualidade são ferramentas fundamentais”, relatou Mariana.

“As pessoas podem pensar que, porque somos psicólogos, não temos problemas. Todos nós passamos por isso. Cuido da minha saúde mental encontrando equilíbrio com meu trabalho. Não trabalhar demais, fazer atividade física, cultivar bons relacionamentos com amigos e familiares, para ter uma rotina com o mínimo de conflitos”, afirmou Tito.

 

 

Quais os primeiros sintomas da depressão? Como se proteger dela? Como evitar gatilhos emocionais? O que fazer numa crise de ansiedade? Como lidar com o luto? Como se manter bem durante a pandemia? Como não se sentir culpado por situações familiares que requerem sua presença e você não pode estar por questões profissionais?

Segundo os psicólogos, a mudança comportamental drástica é um sinal forte da depressão. São sintomas o isolamento social, a apatia, acordar sem prazer, sem motivação para viver. Tito ressaltou que os gatilhos emocionais sempre vão existir, “mas que é preciso se preparar para saber agir quando se depara com eles, trabalhando a emoção que surge antes que ela tome conta de você”.

Costa complementou dizendo que é preciso “viver emoções positivas, praticar atividades que façam crescer sempre”. A psicóloga Mariana deixou claro que a ansiedade não mata e que para viver melhor a pessoa deve repensar a vida, planejando uma rotina saudável.

“Altere sua lista de prioridades de forma que você esteja em primeiro lugar. Aprenda a se perdoar. Gerencie o seu tempo, eleja um lazer, tome um café da manhã com tranquilidade, pratique exercício físico”, recomendou, ao salientar que é preciso se cuidar, e que, se necessitar de ajuda, deve-se buscar atendimento psicológico. O serviço também é oferecido pelo Sistema Único Saúde (SUS).

Wagner Costa chamou a atenção para o que ele denomina de privação voluntária do sono. “Tem muita gente dormindo pouco por iniciativa própria”, citou, ao comentar que durante a pandemia programou o despertador para avisá-lo do horário em que deveria ir dormir. Dessa forma, criou uma rotina saudável, porque quem tem um boa noite de sono, acorda com mais disposição.

 

Texto: Marilena Freitas

Foto: Marley Lima

SupCom ALE-RR

GÁS NATURAL
Deputados esperam avanço do setor energético com inauguração de Jaguatirica II

Deputados representaram a Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) nesta sexta-feira (28) no acionamento das turbinas do complexo da usina de Jaguatirica II (UTE), na região do Murupu, zona rural de Boa Vista. O vice-presidente da Casa, deputado Marcelo Cabral (sem partido), o líder do governo, Coronel Chagas (PRTB), Angela Águida Portella (PP), Nilton Sindpol (Patriotas), Gabriel Picanço (PRTB) e Renato Silva (Pros) participaram da ligação do primeiro motor e comemoraram o investimento estimado em R$ 1,9 bilhão.

A usina irá funcionar com três turbinas, sendo duas a gás e uma a vapor, com capacidade de geração de até 48 megawatts de energia renovável. O vice-presidente do Poder Legislativo afirmou que o evento dá mais segurança energética aos roraimenses.

“Esse é o primeiro parque de geração de energia a gás natural de Roraima para o fim da utilização das termelétricas. Estamos vivendo um marco na história. Vejo esse projeto sendo plantado há quase três décadas e fico feliz pela energia segura que teremos agora”, ressaltou.

 

 

 

O deputado Renato Silva destacou o empenho dos Poderes para a viabilização de melhorias no setor. “Estamos evoluindo e, em três anos, conseguimos realizar coisas que não eram feitas há 30. Aqui estão sendo gerados 50% da energia do nosso Estado e isso só se consegue com muita união no Parlamento e no Executivo para podermos avançar”.

O deputado Nilton Sindpol comemorou. “Estamos felizes pela independência energética do nosso Estado, 30 anos depois, através de uma energia limpa e renovável, que fará o governo do Estado conseguir suprir as demandas para evitarmos apagões”, explicou.

 

 

 

Energias de fontes renováveis 

Uma equipe de quase dois mil trabalhadores instalou em tempo recorde a usina termelétrica movida a gás natural. A UTE Jaguatirica II faz parte de um projeto integrado da Eneva, empresa que venceu o leilão para suprimento desse tipo de energia em Roraima realizado em 2019 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

 

 

O governador Antonio Denarium (PP) garantiu que a energia de fonte alternativa vai trazer mais estabilidade ao setor. “É renovável, de qualidade. O consumo em nosso Estado chega a 240 megawatts e, no leilão do qual participei no ano passado, foram contratados 294 megawatts. Isso dará mais segurança à população”, esclareceu.

A presidente da Federação das Indústrias de Roraima (Fier), Isabel Itikawa, disse que a nova usina traz a confirmação de um trabalho seguro e eficaz ao setor secundário “Hoje, Roraima conta com mais de 3,7 mil indústrias, que vão contar com uma energia segura, produtividade e credibilidade, pois nos despedimos de uma energia não confiável para uma renovável”.

 

Em setembro do ano passado, o presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve em Boa Vista para a inauguração simbólica da usina e assinatura da concessão à iniciativa privada de sete aeroportos da região Norte, com a entrega de 12 veículos para atender ao programa Alimenta Brasil, além da transferência de 13 terrenos da União para o Governo do Estado.

Autoridades estaduais, parlamentares da bancada federal de Roraima, empresários e representantes de instituições público-privadas também marcaram presença no evento.

Texto: Kátia Bezerra

Foto: Nonato Sousa

SupCom ALERR

ÚLTIMO DIA
Crianças e adolescentes podem se inscrever para aulas de judô, jiu-jitsu e balé até esta sexta-feira

A dona de casa Rosiane Santos acordou cedo e foi até a sede da Superintendência de Programas Especiais da Assembleia Legislativa para inscrever as filhas Sâmia, de 13 anos, nas aulas de judô, e Safira, de 5, que se matriculou no balé. As inscrições para as duas modalidades e o jiu-jitsu, ofertados pelo Centro de Convivência da Juventude, se encerram nesta sexta-feira (28).

“Elas já queriam muito fazer as aulas. Safira é apaixonada por balé e Sâmia já tinha curiosidade por judô. E como são gratuitas, é uma oportunidade para famílias de baixa renda, que têm filhos em casa e que precisam vivenciar a realidade que a Assembleia oferece”, disse a dona de casa.

Últimas vagas

A busca pelas últimas vagas nas modalidades tem sido grande e o diretor executivo do Centro de Convivência da Juventude, Damosiel Alencar, incentiva os pais ou responsáveis a matricular as crianças ou os adolescentes antes que as vagas acabem.

“Nós temos tido bastante procura dos pais interessados em inscrever os filhos em um dos diversos cursos que estamos colocando à disposição da comunidade. O balé, praticamente, já está com quase todas as vagas preenchidas. Os pais ou responsáveis interessados em matricular as crianças e adolescentes devem procurar o centro o mais rápido possível, assim como para o jiu-jitsu e o judô, para os quais ainda há vagas disponíveis”, disse o diretor.

Requisitos

 

Para garantir uma das vagas, os interessados devem ir até à sede da Superintendência de Programas Especiais da Assembleia Legislativa, na avenida Ataíde Teive, nº 3510, até às 17h. O atendimento será realizado sem intervalos.

Os pré-requisitos para a inscrição em uma das artes marciais é que a criança ou o adolescente tenha entre 7 e 17 anos e esteja matriculado na rede pública ou particular de ensino. As aulas serão gratuitas, incluindo também o material pedagógico e o quimono.

Para o balé, podem se inscrever crianças e adolescentes de 5 a 17 anos e que também estejam matriculadas na escola. As turmas serão divididas de acordo com a idade, para proporcionar um aprendizado adequado.

Pais e responsáveis que quiserem garantir uma das vagas deverão apresentar a versão original e a cópia da carteira de identidade e do CPF, comprovante de residência, declaração de matrícula escolar para os maiores de sete anos e uma foto 3×4.

 

Suspensão

As inscrições seguem na sede da superintendência, mas as atividades ainda estão suspensas por tempo indeterminado em razão do crescimento de casos de covid-19 e de influenza em Roraima, o que vai adiar o início das aulas. Uma reunião está marcada para 14 de fevereiro para definir sobre a retomada das atividades.

Nome: Winicyus Gonçalves

Foto: Eduardo Andrade

SupCom ALE-RR